terça-feira, 15 de julho de 2014

Copa das Copas: No balanço da Copa, governo destaca superação de desafios e ataca pessimismo

Número de turistas ultrapassou 1 milhão, 16,7 milhões passaram pelos aeroportos, mais de 3,42 milhões foram aos estádios e Brasil só fracassou no campo, ao perder de 7 x 1 da Alemanha

O Brasil recebeu durante a Copa do Mundo 1.015.035 turistas estrangeiros e 3.065.397 brasileiros se deslocaram pelo país durante a realização da competição. Os aeroportos registraram a passagem de 16,7 milhões de passageiros. “Os prognósticos eram os mais terríveis: não vai ter Copa e vai ser a Copa do caos. Os estádios não ficariam prontos, não teríamos aeroportos e não teríamos a capacidade de receber os turistas. Nós derrotamos essa previsão pessimista e realizamos, com a imensa contribuição do povo, a Copa das copas”, disse a presidenta Dilma Rousseff hoje (14), em evento em que, com representantes de 16 ministérios, o governo federal apresentou o balanço da competição, realizada entre 12 de junho e ontem.
A presidenta comentou a desclassificação diante da Alemanha na semifinal, quando a seleção brasileira sofreu a maior derrota de sua história, por 7 x 1. “Acredito que tudo é superação. A derrota é a mãe de todas as vitórias”, afirmou. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, avaliou que a seleção “tem todas as condições de se recuperar dessa tragédia futebolística.”
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, também comentou a partida. “Perdemos a taça, mas o Brasil ganhou a Copa”, declarou, sobre o sucesso com que o governo encara a organização e realização do evento. Segundo ele, dados indicam que cerca de 95% dos estrangeiros que vieram ao Brasil pretendem voltar no futuro. O total de público superou os 3,42 milhões nos estádios.
O governo considera que uma das vitórias mais importantes foi a eficiência do sistema de energia do país, que não registrou nenhum incidente no fornecimento aos estádios na realização das partidas. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, informou que houve 200 obras de grande porte para garantir a segurança energética.
Outro ponto considerado fundamental para a boa avaliação da Copa no Brasil por participantes e imprensa estrangeiros, comemorado pelo Planalto, foi o bem-sucedido funcionamento do sistema de transmissão e mídia durante a competição. A Telebrás montou uma rede de 15 mil quilômetros de fibras óticas nos locais onde foram necessárias para a transmissão dos jogos. “Tivemos 517 horas de transmissão, sem interrupções”, festejou Paulo Bernardo, ministro das Comunicações. Segundo ele, o Facebook registrou mais de 3 bilhões de interações sobre a Copa. “Foi o maior evento de redes sociais do planeta.”
De acordo com o balanço, 64% dos ingressos da Copa foram utilizados por brasileiros e 36% pelos estrangeiros. O ministro do Turismo, Vinicius Lages, afirmou que os dados levantados pela pasta dão conta de que 83% dos turistas estrangeiros consultados reconhecem que suas expectativas foram plenamente atendidas e 98,1% avaliaram a hospitalidade positivamente. A segurança pública teve avaliação positiva de 92%, enquanto 90% consideraram positiva a informação turística e 89% aprovaram o transporte público.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o planejamento foi o principal responsável pelo sucesso da segurança. “Começamos a planejar em agosto de 2011.” Ele disse que foram criadas unidades regionais de comando. O planejamento foi baseado em experiências internacionais. Cardozo afirmou que foram investidos R$ 1,113 bi em segurança. "Desses, R$ 900 milhões foram para os estados e o restante para as forças de segurança."
Durante o torneio, atuaram 116.579 homens e mulheres, sem contar as Forças Armadas. No total, o contingente foi de 177 mil homens, fora forças de contingência, que poderiam entrar em ação em situações especiais, o que não foi necessário.
Para Cardozo, o principal legado é a integração entre as forças. “Rompemos a cultura de isolacionismo dos órgãos de segurança do país. Quando todos se sentaram, iniciamos um momento histórico, de romper com esse isolacionismo  causado por questões políticas e corporativas. Iniciamos uma mudança de mentalidade.”
Celso Amorim, ministro da Defesa, foi outro que comemorou a integração. “Se pudesse resumir em uma palavra, é integração, em todos os níveis, federal, estadual e quando necessário também o municipal.”
Segundo o governo, durante cada jogo havia nos céus dois aviões Super Tucanos, um F5 e dois aviões radares. Em cada cidade marítima, uma fragata ou uma corveta ou equivalentes.
Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, o país realizou “o maior investimento em estrutura aeroportuária que o Brasil já viu”. Segundo ele, o período da Copa registrou índice médio de atraso de 7,46 minutos.
O sucesso no atendimento médico foi comemorado pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. Os dados mostram que houve “apenas” 17.042 atendimentos de saúde relacionados à Copa , 7.055 nas arenas, a grande parte casos muito simples. Dos casos nos estádios, 97,3% foram resolvidos nos locais. Foram 613 remoções. “Apenas 0,2% dos turistas necessitaram de atendimento. As estatísticas dão conta de que em média esse número varia de 1% a 2%”, disse Chioro. “Brasil sai muito mais qualificado para trabalhar com eventos de massa.”

Polícia Federal confirma abertura de inquérito contra sonegação da Rede Globo!

Os crimes financeiros da TV Globo nas Ilhas Virges Britânicas foram identificados inicialmente por uma agência de cooperação internacional. A TV Globo usou uma empresa laranja para adquirir, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002

Agora já temos um número e um delegado responsável. É o inquérito 926 / 2013, e será conduzido pelo delegado federal Rubens Lyra.
O chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Fabio Ricardo Ciavolih Mota, confirmou à comitiva do Barão de Itararé-RJ que o visitou hoje: o inquérito policial contra os crimes fiscais e financeiros da TV Globo, ocorridos em 2002, foi efetivamente instaurado.
Os crimes financeiros da TV Globo nas Ilhas Virges Britânicas foram identificados inicialmente por uma agência de cooperação internacional. A TV Globo usou uma empresa laranja para adquirir, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
A agência enviou sua descoberta ao Ministério Público do Brasil, que por sua vez encaminhou o caso à Receita Federal. Os auditores fiscais fizeram uma apuração rigorosa e detectaram graves crimes contra o fisco, aplicando cobrança de multas e juros que, somados à dívida fiscal, totalizavam R$ 615 milhões em 2006. Hoje esse valor já ultrapassa R$ 1 bilhão.
Em seguida, houve um agravante. Os documentos do processo foram roubados. Achou-se uma culpada, uma servidora da Receita, que foi presa, mas, defendida por um dos escritórios de advocacia mais caros do país, foi solta, após conseguir um habeas corpus de Gilmar Mendes.
Em países desenvolvidos, um caso desses estaria sendo investigado por toda a grande imprensa. Aqui no Brasil, a imprensa se cala. Há um silêncio bizarro sobre tudo que diz respeito à Globo, como se fosse um tema tabu nos grandes meios de comunicação.
Um ministro comprar uma tapioca com cartão corporativo é manchete de jornal. Um caso cabeludo de sonegação de impostos, envolvendo mais de R$ 1 bilhão, seguido do roubo do processo, é abafado por uma mídia que parece ter perdido o bonde da história.
Nas “jornadas de junho”, um grito ecoou por todo o país. Foi talvez a frase mais cantada pelos jovens que marchavam nas ruas: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.
A frase tem um sentido histórico. É como se a sociedade tivesse dito: a democracia voltou; agora elegemos nossos presidentes, governadores e prefeitos por voto direto; chegou a hora de acertar as contas com quem nos traiu, com quem traiu a nossa democracia, e ajudou a criar os obstáculos que impediram a juventude brasileira de ter vivido as alegrias e liberdades dos anos 60 e 70.
O Brasil ainda deve isso a si mesmo. Este ano, faz cinquenta anos que ocorreu um golpe de Estado, que instaurou um longo pesadelo totalitário no país. A nossa mídia, contudo, que hoje se traveste de paladina dos valores democráticos, esquece que foi justamente ela a principal assassina dos valores democráticos. E através de uma campanha sórdida e mentirosa, que enganou milhões de brasileiros, descreveu o golpe de 64 como um movimento democrático, como uma volta à democracia!
A ditadura enriqueceu a Globo, transformou os Marinho na família mais rica do país. E mesmo assim, eles patrocinam esquemas mafiosos de sonegação de imposto?
O caso da sonegação da Globo é emblemático, e deve ser usado como exemplo didático. Se o Brasil quiser combater a corrupção, terá que combater também a sonegação de impostos. Se estamos numa democracia, a família mais rica no país não pode ser tratada diferentemente de nenhuma outra. Se um brasileiro comum cometer uma fraude fiscal milionária e for pego pela Receita, será preso sem piedade, e seu caso será exposto publicamente.
Por que a Globo é diferente? A sonegação da Globo deve ser exposta publicamente, porque é uma empresa que sempre viveu de recursos públicos, é uma concessão pública, e se tornou um império midiático e financeiro após apoiar um golpe político que derrubou um governo eleito – uma ação pública, portanto.
Esperamos que a Polícia Federal cumpra sua função democrática de zelar pelo interesse público nacional. E esperamos também que as Comissões da Verdade passem a investigar com mais profundidade a participação das empresas de mídia nas atrocidades políticas que o Brasil testemunhou durante e depois do golpe de 64. Até porque sabemos que a Globo continuou a praticar golpes midiáticos mesmo após a redemocratização, recusando-se a dar visilidade (e mentindo e distorcendo) às passeatas em prol de eleições diretas, manipulando debates presidenciais e, mais recentemente, tentando chancelar a farsa de um candidato (o episódio da bolinha de papel).
O Brasil se cansou de ser enganado e, mais ainda, cansou de dar dinheiro àquele que o engana. Se a Globo cometeu um grave crime contra o fisco, como é possível que continue recebendo bilhões em recursos públicos?

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