Reminiscência da Câmara Temática de Ciências, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS

  Reminiscência da Câmara Temática de Ciências, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS

  No Governo do Estado do RS, entre 2011 e 2012, coordenei a Câmara Temática de Ciências, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Conselho do Governador Tarso Genro. 
  Nesta função estudava as pautas encaminhadas pelo governador ou pelo pleno da Câmara, preparava propostas, projetos, relatório, sínteses, avaliava estágios de políticas propostas, andamento de projetos em execução bem como a interação do setor com órgãos públicos e privados.
  Na Câmara, houve um trabalho magnifico com a participação de conselheir@s de todas  as áreas do conhecimento.
  Lá formulamos propostas, política e estratégias para este setor no estado. Tínhamos o consenso que o conhecimento não deveria ficar restrito a pessoas ou entidades.
  Após o fim do governo, cheguei a confeccionar material para ser publicado, ao qual perdi. Sei que seria de extrema valia para pesquisa e compreensão macro deste setor, assim, resolvi amenizar esta perda, disponibilizando nesta página o máximo do que foi por nós utilizados na CT.

Os documentos abaixo não estarão em ordem cronológica. 




PROPOSTA DE TERMO DE INSTALAÇÃO DA CÂMARA TEMÁTICA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO.

1) Resumo Executivo
            Nas últimas décadas, as experiências de construção democrática brasileira e mundial abriram caminho para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras. A participação da sociedade na gestão pública, o valor estratégico da pluralidade social, do diálogo e da busca de convergências vem modelando o desenho institucional dos projetos mais avançados de democracia. No Brasil, o Governo Federal, a partir de 2003, tomou a iniciativa de criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que se constituiu em um espaço fundamental de debate estratégico e de concertação de uma agenda para o desenvolvimento do país. Os resultados obtidos se materializaram em políticas que garantiram um processo de crescimento sustentado e a redução de desigualdades sociais.
            Baseado na experiência Federal o Estado do Rio Grande do Sul procedeu à formação e instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul, CDES RS, que “será um espaço de amplo diálogo social, negociação, formulação de políticas e busca de consensos mínimos para o desenvolvimento do Estado”, visando a formulação de uma Agenda para um Novo Ciclo de Desenvolvimento do Rio Grande.
            Para operacionalizar o funcionamento do Conselho são instaladas Câmaras Temáticas, com o objetivo de dar celeridade ao processo de discussão. Seus temas são indicados pelo governo e também pelos conselheiros. Este termo trata da instalação da Câmara Temática Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, no dia 15 de junho de 2011.

2) Breve Apresentação do tema:
            Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico são, no cenário mundial contemporâneo, elementos fundamentais para o desenvolvimento, o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e a democratização de oportunidades. Hoje o Brasil é o 6º pólo de atração de investimentos no mundo. Existindo no tecido produtivo nacional, setores que, estão, ou alavancarão o desenvolvimento do país nas próximas décadas.
            A Descoberta do Pré-sal em profundidades que podem superar 7 mil metros,  com uma previsão de 40 bilhões de barris podendo representar um faturamento ao país em torno de 4 trilhões de dólares; ou sermos o segundo país no ranking mundial de produção e exportação de alimentos, são exemplos concretos dos efeitos dos investimentos na base do trinômio Ciência, Tecnologia e inovação.
            Portanto, Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico são elementos decisivos quando tratamos do desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio Grande do Sul. Neste sentido, surgiu a necessidade da criação de uma câmara temática que possa construir diretrizes, apontar caminhos e discussões pertinentes que indiquem possibilidades de crescimento e investimento, além de parcerias para o setor.
            As produções futuras advindas das discussões dessa câmara temática deverão apresentar informações, idéias e propostas concertadas para subsidiar a geração de uma Política Pública que contemple instrumentos, programas e iniciativas de apoio a este segmento.
            Essa câmara temática deverá contar com um conjunto de representações governamentais que subsidiarão estas discussões e fortalecerão a rede interna e externa do governo, tais como: Secretaria de Ciência, Inovação e Tecnologia, Fundação de Ciência e Tecnologia - CIENTEC, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS, Núcleo de Inovação Tecnológica da UERGS e Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento.
            Para tanto, este documento contará com um breve panorama do tema, em âmbito Mundial, Brasileiro e do RS. Estes dados servirão de base para análise e por fim, algumas sugestões e encaminhamentos. 

3) Situação mundial
Em todo o mundo, atividades de CTI estão se intensificando e se expandindo em um número maior de regiões, onde as economias emergentes tornaram-se importantes players e continuam a aumentar seus gastos em P&D.
Apesar da crise econômica recente, vários governos na área da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - organização internacional composta por 30 países, que tem como objetivos, coordenar políticas econômicas e sociais) mantiveram, e em alguns casos até mesmo ampliaram o apoio às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação como meio de promover o crescimento econômico sustentável em longo prazo, especialmente diante da concorrência crescente das economias emergentes.
Importante salientar que nos países da OCDE, indicadores para 2002-2004 mostram existir maior cooperação entre firmas e instituições de ensino superior, do que com centros governamentais de pesquisa. Sendo que as empresas privadas continuam respondendo pela maior parte das atividades de P&D (63% em média no ano de 2008).
No gráfico abaixo, temos uma noção mais clara, das despesas dos principais fomentadores mundiais.

20110114-21.gif
Fonte: OCDE

Inovação: Protagonismo da Empresa
Dispêndio Público e Privado em P&D (% PIB)
                        
        Fonte: MCT

4)    Situação brasileira
As grandes economias emergentes oferecem mercados de grande consumo, novas fontes de idéias e novas oportunidades de colaboração.
O melhor desempenho individual dos países em CT&I é  uma fonte combinada para expandir o estoque global de conhecimento, gerar crescimento e atender aos desafios sociais, em última análise, benefícios globais.
Ao mesmo tempo, contudo, a reorganização  resultante da produção e da pesquisa, força os países a adotarem políticas de suporte à realocação de recursos para novas atividades e de ajuda as empresas na adaptação às novas oportunidades e mercados.

a-    Evolução nacional
Gráfico - Brasil: Comparação - índice real de crescimento do dispêndio total em P&D com o percentual do dispêndio total em relação ao PIB, 2000-2009.

http://www.mct.gov.br/html/objects/_viewblob.php?cod_blob=215767&width=0&height=0
Fonte: MCT

b-   Principal Responsável pela inovação na indústria no Brasil -2006 à 2008

Fonte :IBGE - PINTEC

c-    Repasse de recursos à FAP’s por estado, em valores nominais – 2009

Fonte: FAPERGS


d-   Recursos Destinados das FAP’s à Pesquisa por Estados – R$/Dr – 2009
Fonte: FAPERGS

e-    Recursos Destinados à Pesquisa por Estado, R$/Hab – 2009
Fonte: FAPERGS

5)    Efeito da diferença de P&D (2010)
Para importar uma tonelada de circuitos integrados (US$ 848.871,43), o Brasil precisa exportar: 21.445  toneladas de minério de ferro (US$39,58/ton) ou 1.742  toneladas de soja  (US$ 487,36/ton)

Fonte: Alice Web, MDIC, Brasil, 2010. Consulta em 10/02/2011. Ton/US$ FOB. Circuitos importados. Minério de Ferro e Grãos de Soja exportados.

6)    Aspectos da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico em nível de Brasil:

A melhorar:
a-    Baixa intensidade de P&D no Brasil em comparação com a média da OCDE, embora seja superior a da Índia, África do Sul e Rússia.
b-    Carências em termos de qualificação dos recursos humanos nas áreas de Ciência e Tecnologia.
c-    Pouca produção de patentes (0,3 patentes triádicas por milhão de habitantes em 2008), e artigos científicos.
d-    Reduzido percentual de empresas efetuando inovação de produtos e/ou colaborando na realização de inovação.
e-    Indicadores brasileiros de inovação abaixo da média da OCDE.

A fortalecer:

a-    Crescente produção científica e o número de doutores per capita relativamente elevado.
b-    Programas de incentivo à inovação.

           7) CI&DT no Rio Grande do Sul:
O debate proposto sobre CI&DT ganhou, neste último período, pauta prioritária e passou a ser amplamente fomentado no estado do RS, desde a formalização das propostas, através do Plano de Governo e da Carta aberta aos Gaúchos do projeto vencedor da última eleição, até a abertura de espaços e debates, dentro e fora do Governo , a partir de primeiro de Janeiro de 2011.
Esse tema passou para a ordem do dia, sendo tratado como fator fundamental de um novo modelo de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul.
Tendo como instrumento de trabalho para efetivar tal fim, o fortalecimento e redimensionamento do papel das instituições públicas como a UERGS, FAPERGS, CIENTEC e da própria Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
 Desta forma, retomaremos o desenvolvimento projetado, ampliando as matrizes produtivas locais e colocando o estado na esteira desenvolvimentista nacional,  Linkando o RS às políticas e programas Federais, desta forma, acompanhando o Brasil no crescimento que será garantido através de investimentos e programas como PAC I, PAC II, Pré-Sal, ampliação de financiamento para a Agropecuária, Pólo naval de Rio Grande, complexo Hidrelétrico de Garabi, infra-estrutura e Logística, entre outros, que dialogam diretamente com o RS, e nos quais poderemos agregar valores, conhecimentos e potencializar o desenvolvimento do nosso estado.
            Esta retomada de investimento e discussão abre novas possibilidades de crescimento efetivo e real para o Estado como um todo, tendo em vista os escassos investimentos realizados nos últimos governos estaduais, que resultaram numa despotencialização do setor.
Conforme palestra ministrada pelo Sr. Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,  “Bases do Novo Modelo de Desenvolvimento do Rio Grande”, realizada na reunião-almoço da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra), no dia 1º de março de 2011, onde disse: “O novo ciclo de desenvolvimento do Estado está apoiado em três pilares: maioria política estável, reorganização da relação do Rio Grande do Sul com a União e uma nova relação com a globalização, com o Estado deixando de ser globalizado e buscar ser globalizante.”
Com a defesa de que, para que sejam atraídas novas empresas e empreendimentos, faz-se necessário superar a guerra fiscal, apresentando uma melhoria na educação, capacitação de mão de obra, segurança pública e condições para o desenvolvimento científico e tecnológico.
 Portanto, fica demonstrada assim, a vontade política do governo em aprofundar esta temática e criar as condições necessárias para este crescimento e desenvolvimento. Para tanto o estado possui estrutura fim, com amplo aspecto de atuação.

8)   SCIT - Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.

As atividades de C&T no RS iniciaram nos anos 40, com o Governo investindo nas primeiras pesquisas científicas da área agropecuária. O passo decisivo, neste sentido, foi a criação do Instituto Tecnológico do Estado do Rio Grande do Sul (Iters), em 1942, embrião do que é hoje a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec). O setor da saúde pública também mereceu atenção especial, com a criação do Instituto de Cardiologia, em 1946, e o Instituto de Pesquisas Biológicas, em 1948.
Nos anos 60, o Estado viu nascer a Escola de Saúde Pública (1962) e a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), em 1964. Em 1972 o antigo ITERS (Órgão Metrológico) passa a se denominar CIENTEC. Neste mesmo ano, é criada a Fundação Zoobotânica de Porto Alegre. No ano seguinte, é inaugurada a Fundação de Economia e Estatística (FEE) e, em 1974, o Laboratório Farmacêutico do RS. Juntamente com as instituições criadas pelo Governo Gaúcho, as universidades e os centros de pesquisas da iniciativa privada formaram uma base sólida e privilegiada para o desenvolvimento do RS.
Em 15 de março de 1987, o Decreto 32.517 institucionaliza a área de C&T na estrutura organizacional do Estado, que passa a gerir a CIENTEC e a FAPERGS. Para isso, é nomeado o primeiro Secretário Extraordinário para Assuntos de Ciência e Tecnologia. Três anos mais tarde, em 13 de agosto de 1990, a Lei 9.129 criou formalmente a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SCT).
Abaixo temos dados do total de Recursos para Secretaria de Ciência, Inovação e Tecnologia – total empenhado e valor em investimento.


Execução Orçamentária - Secretaria da Ciência e Tecnologia - Valores Empenhados R$ 1,00
Período
Total
Investimentos
1999
74.331.034
7.682
2000
77.592.020
42.425
2001
92.147.559
139.755
2002
34.858.429
57.217
2003
11.862.298
1.788.250
2004
12.088.826
1.585.397
2005
13.078.264
1.702.742
2006
13.113.720
877.372
2007
12.782.981
66.277
2008
17.315.714
4.249.989
2009
15.767.844
1.997.258
2010
27.439.733
11.052.526
2011*
36.328.073
15.533.873
*Valores previstos, sujeito a alterações. O valor dos outros anos foram os empenhados.


 Orçamento Empenhado por Programas da SCIT em 2010

Ações em execução pela CTI no RS
          Programa RS Tecnópole;
          Edital PGTEC (R$ 12.000.000,00);
          Fortalecimento da FAPERGS;
          Edital FAPERGS (R$ 29.000.000,00);
          Programa Pró-inovação;
          Fundopem;
          Decreto Pólo Naval;
          Revitalização da UERGS.
9)   O RS possui instituições que atuam diretamente na CI&DT:
FAPERGS foi criada em 1964 com a finalidade  de ser uma agência de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico do Rio Grande do Sul, de acordo com as políticas fixadas para o setor. Vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, é mantida por recursos do Tesouro do Estado.
Importante salientar a luta da comunidade científica gaúcha que incluiu na Constituição do Estado de 1989 a vinculação de dotação de 1,5% da Receita Corrente Líquida do Estado para a FAPERGS, cujo ápice foi a execução de 21% deste percentual em 2001, no Governo Olívio Dutra.
Abaixo está um demonstrativo de Repasses Reais à FAPERGS – 1996 à 2010:
Evolução de recursos orçamentários para Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – Orçamento Geral e Investimentos.


Execução Orçamentária - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - Valores Empenhados R$ 1,00
Período
Total
Investimentos
1999
51.746.721
27.326
2000
58.899.465
72.690
2001
69.433.370
99.565
2002
12.419.270
37.900
2003
12.791.694
60.792
2004
20.861.945
145.290
2005
31.751.623
77.410
2006
11.936.205
10.908
2007
16.923.552
60.012
2008
9.359.903
22.290
2009
11.989.132
5.698
2010
38.289.733
44.192
2011*
71.222.541
110.000

* Valores previstos, sujeito a alterações. O valor dos outros anos foram os empenhados.


Também demonstramos a Variação Percentual dos repasses, em valores reais, à FAPERGS  - 1996 à 2010
                                                                                Em Percentual(%)
Fonte: FAPERGS
Nota: Deflator IGP-DI(FGV), base 1996=100.

CIENTEC - Fundação de Ciência e Tecnologia, é uma entidade pública de direito privado, vinculada a Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul. Foi criada pela Lei n.º 6.370, de 6 de junho de 1972, como sucessora do Instituto Tecnológico do Estado do Rio Grande do Sul - ITERS, criado em 11 de dezembro de 1942.
           A CIENTEC atua no mercado realizando prestação de serviços tecnológicos para empresas públicas e privadas, órgãos públicos, associações, entidades e pessoas físicas, através da realização de ensaio, calibração, consultoria, inspeção, pesquisa ,  desenvolvimento, extensão tecnológica e informação tecnológica. As atividades desenvolvidas concentram-se nas seguintes áreas: Alimentos; Engenharia de Edificações; Materiais de Construção Civil; Engenharia Eletro-Eletrônica; Tecnologia Metal-Mecânica; Engenharia de Processos; Química; Geotécnica.
          Também conta com uma incubadora, a qual proporciona um espaço para colocar em prática ações inovadoras de base tecnológica.

No gráfico abaixo, constatamos a evolução orçamentária da CIENTEC. 1996 a 2010




     FEPAGRO - A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - foi constituída, como Fundação Pública, pela Lei nº 10.096, de 31 de janeiro de 1994. Constituiu-se como instrumento fundamental do Governo do Estado para execução da pesquisa agropecuária do Rio Grande do Sul e tem a função de "apresentar soluções para o complexo produtivo agropecuário, gerando e adaptando alternativas tecnológicas, ofertando serviços especializados, capacitação técnica e produtos qualificados às necessidades dos produtores, objetivando a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Abaixo podemos analisar todos os detalhes orçamentários da Fundação de Pesquisa agropecuária, desde o ano de 1996 até 2010.



UERGS - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - foi criada em 2001, pelo Decreto 11.646/01 do governador Olívio Dutra, destinando-se a ser estadual, pública e gratuita, com a responsabilidade de promover o desenvolvimento sustentável da região.
O artigo 2º do referido decreto determina que a universidade forme tecnólogos e engenheiros para atender às necessidades de mão-de-obra qualificada das diferentes regiões do estado.
Com sua reitoria sediada em Porto Alegre, a UERGS está presente em várias regiões do Rio Grande do Sul, onde mantém cursos em unidades próprias ou em convênios com outras universidades. A UERGS reserva 50% de suas vagas para alunos de baixa renda e 10% para portadores de necessidades especiais.

Evolução de recursos orçamentários para UERGS, Orçamento Geral e Investimentos

UERGS - Valores Empenhados R$ 1,00

Despesa Total
Investimentos
1999


2000


2001
2.813.776
1.493.991
2002
14.804.288
5.331.517
2003
18.952.215
876.321
2004
20.899.186
409.614
2005
25.901.109
1.287.715
2006
30.299.262
309.615
2007
24.975.852
92.685
2008
22.578.778
281.856
2009
21.834.604
975.870
2010
21.795.979
336.653
2011*
27.805.423
2.028.431

* Valores previstos, sujeito a alterações. O valor dos outros anos foram os empenhados.


10)              Investimentos Privados
No período compreendido entre janeiro de 2007 e agosto de 2010 foram anunciados investimentos privados no Estado da ordem de R$ 54,7 bilhões, em 217 projetos, representando 69.531 empregos diretos. Os investimentos mais expressivos encontram-se nos setores metal-mecânico, automotivo e indústria naval; energia; celulose, papel e papelão;  químico e petroquímico e borracha que representam cerca de 90% do total, cuja localização pode ser visualizada no mapa abaixo.
E, para finalizar este item, temos abaixo, em gráfico, a quantificação de Doutores no setor público e empresarial no RS, dados de  2010:

Fonte: FAPERGS


11)  Diagnóstico de investimentos.
            Essa retomada está em processo inicial, sendo que os planejamentos estratégicos de cada pasta estão sendo realizados. Para, além disso, assim que for implantada a câmara temática, seja possível aprofundar os desafios que estão colocados e analisar os dados técnicos, bem como definir as prioridades na constituição e no fortalecimento desta rede de pesquisa, inovação e tecnologia.
            Um grande desafio que está posto para o ano de 2011 é trabalhar com um orçamento estruturado pelo governo anterior, tendo uma demanda reprimida, e, por imposição legal, manter os parcos investimentos na área.
No entanto, é fundamental a construção de ajustes, buscando gerenciar a atual situação de tal forma que se mantenha know-how existente, partindo desta situação fática até se encontrar caminhos que levem a ampliar investimentos, captar recursos e projetos, agregar conhecimentos e, desta forma, potencializar o setor.

Importante também é linkar o RS a discussão federal, o qual efetivamente poderá trazer grandes benefícios para o Estado, já que está em implantação o PAC da Tecnologia, prevendo recursos e projetos para os estados, dos quais precisamos estar preparados para recebê-los. Para tanto é de suma importância conhecer a realidade dos investimentos estatais nas principais instituições públicas e privadas do estado do RS. 

 Temos como referência os parques Tecnológicos da VALETEC (Campo Bom), TECNOSINOS (São Leopoldo), CEI-UFRGS (Porto Alegre), TECNOPUC (Porto Alegre) e CEITEC (Porto Alegre), bem como os demais Pólos Tecnológicos existentes, e áreas de atuação em cada região do estado, conforme podemos constatar abaixo:

Região
Nome
Unidade Executora
Área de Atuação
Alto Jacuí
Pólo de Modernização Tecnológica do Alto Jacuí
Fundação Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ
Biologia em agropecuária
Campanha

Pólo de Modernização Tecnológica da Campanha
Universidade da Região da Campanha – URCAMP
Carboquímica e Mineração
Central

Pólo de Modernização Tecnológica da Região Centro

Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

URI Campus Santiago
Agropecuária Industrial, Engenharia e Saúde.
Campos de Cima da Serra

Pólo de Inovação Tecnológica Campos de Cima da Serra

Universidade de Caxias do Sul - UCS
Universidade Estadual do RS - UERGS
 Fund. Est. de Pesq. Agropecuária - FEPAGRO

Agroindústria, Agropecuária, Desenv. Industrial, Turismo e Meio Ambiente
Centro Sul


Polo de Modernização Tecnológica da Região Centro-Sul

Faculdade de Formação de Professores e Especialização em educação.
Faculdade Camaqüense
de Ciências Contábeis e Administração
 Univ. Luterana do Brasil -ULBRA
Agroindústria
Fronteira Oeste

Pólo de Modernização Tecnológica da Fronteira Oeste

Núcleo de Inovação Tecnológica de Alegrete

Pont. Univ. Cat. Do RS - PUCRS
Univ. da Reg. Campanha - URCAMP
Fundação Maronna
 Escola Agrotécnica Federal de Alegrete
Psicultura, Hortigranjeiros com Plasticultura e desenvolvimento da Bacia Leiteira.

Fronteira noroeste


Pólo de Desenvolvimento Cient. e Tecnológico da Fronteira Noroeste

Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS -  UNIJUI
Metalmecânica, Tecnologia de Alimentos, Construção Civil.
Litoral

Pólo de Modernização Tecnológica da Litoral Norte

Univ. Luterana do Brasil - ULBRA - Torres       
Univ. do Estado do RS - UERGS Cidreira                    Univ. Federal do RS UFRGS - Imbé         
Univ. de S. Cruz do Sul – UNISC - Capão da Canoa      Fund. Est. De Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO  Faculd. Cenecistas de Osório - FACOS

Agropecuária, Agroindústria, Indústria de Malhas e Confecções, Ind. Moveleira, Meio Ambiente, Pesca e Aquicultura, TI, Sup. Cient. e Tecnologia ao Turismo
Médio Alto Uruguai

Pólo de Modernização Tecnológica do Médio Alto Uruguai

Fund. Reg. Integrada - FURI                           
Univ. Reg. Integr. e das Missões – URI
Agroindústria, Agropecuária e Mineralogia
Missões


Pólo de Modernização Tecnológica das Missões
Fund. Reg. Integrada - FURI
                                
Univ. Reg. Integr. e das Missões - URI – Erechim
Eng. de Proj. de Produtos, Energia e Meio Ambiente, Processos de Inf. Industrial, Diversif. Agropecuária e Qual. Ind.
Nordeste


Pólo de Inovação Tecnológica da Região Nordeste

Univ. de Passo Fundo - UPF
Univ. de Caxias do Sul - UCS
Univ. Reg. Integradas e das Missões - URI – Erechim
Agroindústria, Agropecuária, Ind. de Transf. e Meio Ambiente
Noroeste Colonial


Pólo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Região Noroeste Colonial

Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS -  UNIJUI

Agropecuária, Eletroeletrônica, Informática, Metalmecânica.
Norte

Pólo de Modernização Tecnológica do Norte

Univ. Reg. Integradas das Missões - URI - Erechim

Agropecuária, Tecnol. De Alimentos, Energia e Meio Ambiente e Desenvolvimento Industrial.
Paranhana Encosta da Serra

Pólo de Inovação Tecnológica do Vale do Paranhana / Encosta da Serra

Fund. Educacional da Encosta Inferior do Nordeste da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração de Taquara
Faculdade de Informática, Educação e Ciências Sociais de Taquara – FACCAT
Meio Ambiente, Automação e Informática.
Produção


Pólo de Desenv. Cient. e Tecnológico em Alimentos e Metalmecânica
Universidade de Passo Fundo - UPF
Alimentos e Metalmecânica.
Serra

Pólo de Modernização Industrial da Região da Serra

Fundação Universidade de Caxias do Sul – FUCS
Mecatrônica e Qualidade, Metrologia e Análise, Móveis, Agroindústria e Plásticos
Sul

Pólo de Modern. Tecnológica do Litoral Sul

Pólo de Modern. Industrial

Universidade Federal de Rio Grande - FURG
Universidade Federal de Pelotas – UFPEL
Universidade Católica de Pelotas - UCPEL

Setor: pesqueiro

Alimentos

Pesqueira, Alimentos, Desenvolvimento Industrial
Vale do Taquari

Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Taquari

Univ. Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior UNIVATES
UFRGS
 Fundação Ciência e Tecnologia – CIENTEC
Qualificação laboratorial, Alimentos, Produção primária
Vale do Rio Pardo


Pólo de Modernização Tecnológico do Vale do Rio Pardo
Univ. de Santa Cruz do Sul – UNISC
Alimentos, Materiais e Meio Ambiente.
Vale do Rio dos Sinos

Pólo de Inovação Tecnológica do Vale do Rio dos Sinos







Univ. do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Univ. Est. do RS - UERGS
                                  Universidade FEEVALE
Centro Universidade LASALLE
Fund. Escola Téc. Liberato Vieira da Cunha
UNILASALLE- TECNOSOCIAL

Automação e Informática, Meio Ambiente e Biotecnologia, Couro e Calçados, Agropecuária e Agroindústria, Design, Energia e Telecomunicações, Social
Vale do Caí


Pólo de Inovação Tecnológica do Vale do Caí

Univ. de Caxias do Sul - UCS
Univ. de Santa Cruz do Sul - UNISC

Cerâmica, Floricultura, Fruticultura, Moveleira e de Combustíveis Renováveis (Carvão Vegetal).
Vale do Jaguarí    (Protocolo de intenções não formalizado)

Pólo de Inovação Tecnológica do Vale do Jaguarí

Núcleo de Desenv. Tecnol. De Santiago

Univ. Reg. Integ. Campus de Santiago - URI

Agropecuária Industrial, Engenharia e Saúde

Metropolitana Delta do Jacuí (Pólo natural - oficialmente não formalizado)

Pólo de Inovação Tecnológica da Região Delta do Jacuí

Univ. Federal do RS - UFRGS
Pontif. Univ. Católica do RS - PUCRS
Hosp. de Clínicas de POA - HCPA
Univ. Fed. Do Rio Grande - FURG - Sto. Ant. Patrulha

Saúde
Alto da Serra do Botucaraí  (elaboração de minuta partícipes)

Pólo de Modernização Tecnológica do Alto da Serra do Botucaraí

Univ. de Passo Fundo - UPF
Alimentos e Metalmecânica.


12) Sugestões de temas para debate relacionados à câmara temática:
a- Definir setores de commoditys potenciais à agregar valores, através da ampliação da política de CI&T no RS;
b- Detectar setores estratégicos de futuro;
c- Aprofundamento do Projeto RS Tecnópolis;
d- Determinação e caracterização das REPOTs (Regiões de Potencial Tecnológico) e definir seus potenciais;
e- Alinhamento com as políticas públicas federais na área de ciência, tecnologia e inovação;
f- Identificação do papel e da vocação da UERGS.
g- Apoio às regiões de potencial tecnológico, ampliando o alcance de programas de Parques Tecnológicos para uma ação mais abrangente, potencializando a descentralização;
h- Diagnosticar mas micros-regiões o tecido produtivo específico, passível de ampliação do desenvolvimento econômico e social, através de novas incubadoras de empresas nas universidades da Região;
i- Fortalecimento e fomento à formação das REDES de pesquisa e inovação tecnológica, reunindo governo, empresas, parques e universidades nas regiões do estado.
j- Diagnosticar setores potenciais e direcionar o foco tecnológico;
l- fazer levantamento das pesquisas aplicadas (não acadêmicas) realizadas pelos parques pólos tecnológicos (Parques tecnológicos: Valetec, Tecnosinos, Cei - UFRGS, Tecnopuc, e Ceitec etc...).
m - Definir política pública de financiamento estável e continuado da C&T no estado, com a dotação constitucional dos 1,5% da Receita Corrente Líquida para a FAPERGS;
n- criação de laboratórios associados à FAPERGS, com financiamento permanente;
o-  Criar um Observatório sobre Ciência, Tecnologia e Inovação com sede em órgão oficial do Governo do Estado.

13) Relação dos Conselheiros inscritos na câmara temática:
Ø  Antonio César Borges,
Ø  Athos Roberto Cordeiro,
Ø  Atílio Ibargoyen,
Ø  Bolívar Baldisserotto Moura,
Ø  Carlos Raimundo Paviani,
Ø  Celso Ricardo Ludwig,
Ø  Celso Schröder,
Ø  Eduardo Rolim de Oliveira,
Ø  Elton Roberto Weber,
Ø  Ivo Cansan,
Ø  José Antonio Fernandes Martins,
Ø  Maria Alice Lahorgue,
Ø  Maria Helena Weber,
Ø  Mercedes Maria Loguércio Cánepa,
Ø  Neuza Canabarro,
Ø  Ney José Lazzari,
Ø  Paulo Vellinho,
Ø  Underléa Miotto Bruscato,
Ø  Valter Souza,
Ø  Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e
Ø Franco Pallamolla.


14) Relação das Secretarias e órgãos de Governo que Integram o CDES RS:
• Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
• Casa Civil
• Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento;
• Secretaria da Fazenda;
• Secretaria Geral de Governo
• Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;
• Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social;
• Secretaria da Economia Solidária e Apoio a Micro e Pequena Empresa;
• Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio;
• Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã;
• Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo;
• Universidade Estadual do Rio Grande do Sul;
• Comitê Gestor da Copa 2014.

15) Relação das Secretarias e órgãos de Governo integrantes do grupo de trabalho, convidados e afins:
• Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
• Casa Civil
• Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento;
• Secretaria da Fazenda;
• Secretaria Geral de Governo
• Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;
• Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo;
• Assessoria Superior do Governador.

16) Proposta de Plano de Trabalho: (EM ABERTO)
  • 15 de junho de 2011: Instalação da Câmara Temática.
  • Realizar visitas aos principais pólos Tecnológicos do RS, visando o diagnóstico da realidade e acúmulo de conhecimentos.
  • Definir as entidades a serem ouvidas sobre o tema.
  • Construir uma agenda de Ciência e Tecnologia & Desenvolvimento Tecnológico para o RS.
  • Debater a realização da Conferência Estadual de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS.
  • Definir os produtos da câmara temática.



CONSELHEIRAS E CONSELHEIROS

Ademar Schardong
Empresário e bacharel em direito, Conselho do Sicredi
Alexandrino Alencar
Executivo – Brasken S.A/Odebrecht
André Bier Gerdau Johannpeter
Empresário - Grupo Gerdau
Antonio César Gonçalves Borges
Professor universitário, médico neurologista, reitor da UFPEL
Antônio Escosteguy Castro
Advogado, Conselho da OAB
Athos Roberto Albernaz Cordeiro
Presidente do Sindicato da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras do RS (Sicepot)
Atílio Ibargoyen
Pecuarista, engenheiro agrônomo e empreendedor do Turismo Rural
Bolivar Baldisserotto Moura
Agenda 2020
Cairo Fernando Reinhardt
Sindicalista, Presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação
Carlos Raimundo Paviani
Executivo - Instituto Brasileiro do Vinho
Carlos Schneider
Consultor tributarista , presidente do Conselho Executivo da Fundação de Estudos Econômicos, Culturais e Históricos do RS
Celso Ricardo Ludwig
Sindicalista, presidente da Fetraf/Sul
Celso Schröder
Professor, jornalista, e sindicalista, preside a Fenaj e a  Fepalc e integra a FNDC e a FIT
Celso Woyciechowski
Sindicalista, presidente da CUT
César Luis Pacheco Chagas
Administrador e sindicalista, preside o Sintergs
Clamir Balén
Agricultor, cooperativista, presidente da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária – Unicafes
Cláudio Augustin
Servidor público e sindicalista,  integra o Fórum dos Servidores do RS
Cláudio Bier
Empresário do setor de máquinas, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas Agrícolas do RS
Cláudio José Allgayer
Médico, presidente da Federação dos Hospitais do RS
Claudir Antônio Nespolo
Sindicalista, integra a direção da Federação dos Metalúrgicos do RS
Cléo de Aquino Ferreira
Agricultor familiar – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor
Daiane dos Santos
Ginasta
Daniel Vieira Sebastiani
Professor e historiador, coordenador do Centro de Professores da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha
Dom Gillio Felício
Arcebispo de Bagé
Dunga (Carlos Caetano Bledorn Verri)
Treinador e ex-jogador
Eduardo Macedo Linhares
Pecuarista
Eduardo Rolim
Professor universitário
Elton Roberto Weber
Agricultor familiar e sindicalista, Presidente da Fetag
Ercy Pereira Torma
Jornalista, presidente da Associação Riograndense de Imprensa
Fernando Antonio Lucchese
Médico cardiologista, escritor.
Fernando Campos Costa
Bioconstrutor, permacultor, integrante da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente
Franco Pallamolla
Empresário e administrador, preside a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios
Frei Sérgio Görgen
Frade franciscano, agricultor, integrante da direção do Movimento dos Pequenos Agricultores
Gedeão Pereira
Pecuarista, diretoria da Federação da Agricultura do RS (Farsul)
Giba Assis Brasil
Cineasta
Gilberto Cardoso de Aguiar
Conselheiro tutelar de Porto Alegre e membro do Conselho das Cidades
Gilberto Picinini
Cooperativista e administrador, presidente da Cosuel
Guiomar Vidor
Sindicalista - Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil
Irineu Boff
Engenheiro, Presidente do grupo Oleoplan e vice-presidente da União Brasileira de Biodiesel
Isaías Vedovatto
Agricultor assentado, integra a direção estadual do MST
Ivo Cansan
Economista, preside a Associação das Indústrias de Móveis do RS
Jacques Távora Alfonsin
Advogado e procurador do Estado aposentado
João Batista Xavier
Sindicalista, presidente da Federação Democrática dos Trabalhadores da Indústria do Calçados do RS
João Ricardo dos Santos Costa
Juiz de Direito, presidente da Associação de Juízes do RS
José Antônio Fernandes Martins
Engenheiro mecânico, empresário do  setor Metal-Mecânico
José Paulo Dorneles Cairoli
Diretoria da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul)
Júlio Ricardo Mottin
Executivo, advogado e cientista social
Lauro Beheregaray Delgado
Produtor rural e advogado, coordenador do Fórum Permanente para o Desenvolvimento de Uruguaiana
Leonardo Monteiro Silveira
Estudante - Direção da UBES
Luís Augusto Fischer
Professor universitário, escritor e ensaísta.
Jorge Francisco da Fontoura
Pastor evangélico
Luiz Fernando Pinedo
Empresário, preside a Associação Gaúcha de Avicultura
Alexandre S. Saltz
Advogado
Maria Alice Lahorgue
Economista, especialista em nas áreas de desenvolvimento regional, C&T, inovação. Coordenou os debates do Rumos 2015.
Maria Berenice Dias
Advogada e desembargadora aposentada, vice-presidente no Instituto Brasileiro de Direito de Família
Maria Helena Weber
Professora universitária e  relações públicas
Mauri Cruz
Advogado, integrante do  Fórum Sul da Associação Brasileira de Ongs.
Mercedes Maria Loguércio Cánepa
Professora universitária e cientista política
Milton Francisco Kempfer
Sindicalista, preside a Federação dos Empregados em Serviços de Saúde do RS
Nadine Tagliani Farias Anflor
Delegada de Polícia, Titular da Delegacia de Polícia para a Mulher de Porto Alegre
Neuza Canabarro
Educadora
Ney José Lazzari
Economista, preside o Consórcio das Universidades Comunitárias
Nilson Luiz May
Médico e escritor, integra a Unimed
Osmildo Pedro Bieleski
Agricultor familiar - Sindicato das Indústrias de Produtores Suínos do RS
Osvaldo Voges
Empresário da área metalúrgica
Paulo D´Arrigo Vellinho
Empresário
Paulo Frizzo
Professor universitário, preside o Fórum dos Coredes
Paulo Roberto Barck
Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Paulo Tigre
Empresário e engenheiro mecânico, presidente da Fiergs e vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias
Pedro Antônio Teixeira
Empresário
Raul Gastão Klein
Empresário, preside o Sindicato das Indústrias de Calçados do RS
Roberto Maisonnave
Empresário
Ronaldo Bolognesi
Empresário da construção civil
Ronei Alberto Lauxen
Cooperativista, preside o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS
Rosane Zimmer
Doutora em Educação, Diretora do Colégio Guajuviras
Rui Polidoro Pinto
Cooperativista, presidente da Fecoagro
Sérgio Miranda
Sindicalista, integra a direção da Central dos Trabalhadores do Brasil
Sérgio Schneider
Professor universitário
Simone Fontoura
Professora universitária.  Instituto de Pesquisa em Acessibilidade (Ulbra), Movimento Gaúcho das Pessoas com Deficiências
Sirmar Antunes
Ator
Telmo Magadan
Empresário e arquiteto
Ubiratan Batista Job
Pastor evangélico
Underléa Bruscato
Doutora em Arquitetura, professora da Unisinos e Unilasalle
Valdecir Luis Folador
Produtor rural, preside a Associação dos Criadores de Suínos do RS
Valter Souza
Trabalhador da construção civil e sindicalista da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Vergilio Frederico Perius
Cooperativista, presidente da Ocergs 
Vilmar Zanchin
Prefeito de Marau – presidente da Famurs
Vitor Koch
Empresário e administrador de empresas, presidente do Sebrae/RS
Walter Fabro
        Trabalhador do setor calçadista, direção  da Força Sindical
Werner Schünemann
        Ator




CÂMARA TEMÁTICA DE CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Conselheiro(a)
Currículo
Conselheiro Técnico
Antonio Cesar Borges




Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em Neurologia e Neurocirurgia pela Universidade de Londres, Inglaterra, mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e doutorando do Curso de Integração e Desenvolvimento Econômico e Territorial da Universidade de León, Espanha.
Foi Secretário Municipal da Saúde do município de Pelotas e, atualmente, exerce a 3ª gestão como Reitor da Universidade Federal de Pelotas.
Maurício Pinto da Silva
Athos Roberto Cordeiro




Engenheiro civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor da empresa STE - Serviços Técnicos de Engenharia S/A. O empresário preside o SICEPOT-RS, entidade que representa a categoria econômica da construção pesada do Rio Grande do Sul, que há mais de 30 anos vem contribuindo decisivamente para o fortalecimento de nossa infraestrutura e pelo desenvolvimento econômico e social do Estado.
Cylon Rosa Neto
Atílio Ibargoyen
Empresário, engenheiro agrônomo, pecuarista e empreendedor na área de turismo.
Luiz Edgar Araujo Lima
Bolívar Baldisserotto Moura




Carlos Raimundo Paviani


Professor e jornalista, licenciado em Ciências e Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Especialista em Marketing do Vinho pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Vinculado ao setor vitivinícola representando entidades tais como: Associação Gaúcha de Vinicultores, Federação das
Cooperativas do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Cooperativa Vinícola Aurora Ltda e o próprio IBRAVIN, onde é o atual Diretor Executivo.

Celso Ricardo Ludwig



Técnico agrícola, agricultor familiar e, atualmente, coordenador geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar dos Estados do Sul (FETRAF Sul). Iniciou no movimento sindical em 1992. Sócio fundador da COOPERHAF, foi coordenador geral durante seis anos. Sua atuação como liderança sempre esteve relacionada à agricultura familiar, às cooperativas de crédito, às associações e aos sindicatos.

Celso Schröder




É jornalista e professor. Preside a Federação Nacional dos Jornalistas e a Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC). Integra a direção da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e coordena o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Além disso, é o representante da Fenaj no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional e continua como diretor do Sindicato dos Jornalistas do RS. Em 2009, foi superintendente de Comunicação Social da Assembléia Legislativa.

Eduardo Rolim de Oliveira




Doutor em Farmacoquímica pela Université Paris XI, é Membro titular do Conselho Universitário da UFRGS, na condição de Representante Docente eleito. É Vice-Presidente do PROIFES (Fórum dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) e do PROIFES-Sindicato (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal). Também é Presidente do Conselho de Representantes da ADUFRGS-Sindical (Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre) e Professor Associado do Instituto de Química da UFRGS.
Paolo Roberto Livotto
Elton Roberto Weber



Agricultor Familiar, atua como líder sindical e cooperativista, iniciando suas atividades como liderança nestas áreas no município de Nova Petrópolis-RS. É Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande
do Sul, FETAG – RS, e vice-presidente da Cooperativa de Laticínios PIÁ.
Airton Jose Hochscheid
Ivo Cansan




Formado em Ciências Econômicas pela UCS. Possui longa experiência no ramo moveleiro, totalizando 31 anos de atuação no segmento. Presidiu a Feira Internacional de Máquinas, Matérias-primas e Acessórios para a Indústria Moveleira. É Diretor Executivo da Eko Ambientes (Multimóveis). Atualmente, é Presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (MOVERGS).
Maristela Cusin Longhi
José Antonio Fernandes Martins




Graduado em Engenharia Mecânica, é membro do Conselho de Administração da Marcopolo S/A. Atualmente, preside o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus e a Associação do Aço do Rio Grande do Sul. É vice-presidente das Federações das Indústrias dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. É também conselheiro do Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
Eduardo Renato Kunst


Maria Alice Lahorgue





Economista, é professora associada da UFRGS, sendo docente da graduação em Ciências Econômicas e da pós-graduação em Economia e em Planejamento Urbano e Regional. É Secretária Regional da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência e Diretora Geral do Instituto Christiano Becker de Estudos sobre Desenvolvimento, Empreendedorismo e Inovação, organização não governamental articulada à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, membro do Conselho Fiscal do Sebrae Nacional e membro do Conselho Consultivo do Fórum dos COREDES.

Maria Helena Weber





É professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Departamento de Comunicação. Professora dos cursos de graduação e pós graduação em Comunicação e Informação. É doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ e mestre em Sociologia pela UFRGS onde se graduou em Relações Públicas, Propaganda e Publicidade. Foi vice-presidente da COMPÓS -Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS.
Christa Berger
Mercedes Maria Loguercio Canepa



Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado em Ciência Política pela mesma Universidade.
Atualmente é professora associada, tendo experiência na área de Ciência Política, com ênfase em instituições políticas comparadas, comportamento político-eleitoral e políticas públicas, atuando principalmente nos seguintes
temas: partidos políticos, eleições, democracia, representação política e instituições políticas e sociais.

Neuza Canabarro


Pedagoga, com Doutorado em Filosofia da Educação pela
Universidade de Santiago de Compostela – Espanha. Foi professora de ensino fundamental, médio e superior. Ex-Vereadora e ex-Secretária Municipal de Educação de Porto Alegre.
Rejane Santos de Toledo

Ney José Lazzari




É formado em Ciências Econômicas, mestre em Gestão Universitária, Reitor do Centro Universitário UNIVATES desde 1999, reeleito em 2000, 2004 e 2008. Atua como Vice-Presidente da Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social (FUVATES), mantenedora do Centro Universitário UNIVATES (Lajeado/RS). Exerce também a presidência do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Taquari (CODEVAT) e a presidência do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas - COMUNG.
Ramon Fernando da Cunha
Paulo Vellinho





Formado em Química Industrial pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul e Fundador e Membro do Conselho da Associação do Aço do RS.
Atualmente, é Diretor Presidente da Paulo Vellinho Consultores Associados, Membro do Conselho Fiscal da Fundação Irmão José Otão, mesário efetivo da Mesa Administrativa da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, conselheiro da KINDER e conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.

Underlea Miotto Bruscato

Arquiteta pela Unisinos, Doutora em Arquitetura na área Comunicação Visual em Arquitetura e Design. Atualmente é professora da UNISINOS, no curso de graduação Arquitetura e Urbanismo. Possui experiência na área de
Arquitetura e Urbanismo, com ênfase na representação gráfica digital e analógica, análise e desenvolvimento de novas linguagens, fabricação digital, plataformas virtuais, técnicas de visualização adequadas para comunicação e
interação dos processos inovativos de projeto de arquitetura e design.

Valter Souza




É presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores Rio Grande do Sul (NCST/RS) e membro do Conselho Nacional da entidade. É presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre
e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Rio Grande do Sul. Atua também como diretor estadual do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE).





Proposta de Plano de Trabalho para a CT de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico

Plano de Trabalho
         1) Objetivo: Construir subsídios para a instalação da Câmara Temática da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural; iniciar a discussão com o Comitê Gestor do Programa de Estruturação, Investimento e Pesquisa em Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do Rio Grande do Sul - PGPIN, instituído pela Lei n....................................., de ........................ de março de 2011, para fins de  desenvolver um sistema de informações que permita o monitoramento e a atualização da execução dos objetivos previstos na referida Lei,  tendo como base a execução das diretrizes e metas estabelecidas pela Câmara Temática de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do Estado do Rio Grande do Sul, a ser instalada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul – CDES.
         2) Produto: Minuta de Termo de Instalação da Câmara Temática da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural.
3) Aspectos estratégicos relevantes a serem analisados:
a)               Identificação de toda a cadeia produtiva do petróleo, gás natural e da indústria naval;
b)               Mapeamento das empresas gaúchas que operam no fornecimento de insumos e serviços afins com a cadeia produtiva da indústria naval, do petróleo e gás natural;
c)                Mapeamento dos estabelecimentos de ensino voltados para a formação profissional técnica de atividades correlatas à industria naval, petróleo e gás natural;
d)               Identificação das linhas de pesquisa existentes, no RS ou fora dele, relacionadas à industria naval, petróleo e gás natural, e apontamento das principais inovações tecnológicas existentes no campo da prestação de serviço e fornecedoras de insumos à cadeia produtiva do gás natural, industria naval e petróleo;
e)                Identificação das linhas de financiamento e demais ações de fomento existentes para as empresas do setor, publico e privadas, em conjunto a estudo da carga tributária das empresas componentes das cadeias produtivas;
f)                 Identificação da oferta de serviço no setor;
g)               Propostas de ampliação da participação das empresas gaúchas no fornecimento de insumos e serviços à Indústria Naval Petróleo e Gás Natural.

4) Metodologia:
a)                Formação da equipe de trabalho;
b)               Levantamento de fontes disponíveis de consulta;
c)                Analise e compilamento dos documentos existentes;
d)               Coleta de dados, informações, documentos, relatórios, termos de referência, estudos, auditorias operacionais e pesquisas da PETROBRAS, SINAVAL, FURG, ABIMAQ, UFRGS, dentre outras;
e)                Definição do calendário de atividades da equipe de trabalho;
f)                 Convite para entidades da sociedade civil, órgãos federais, estaduais, agências reguladoras, frente parlamentar, entre outros, para a apresentação de posicionamentos e propostas relevantes a serem consideradas no estudo;
g)               Definição do calendário de atividades da equipe de trabalho;
h)               Formatação da proposta do Termo de Instalação da câmara temática;
i)                  Apresentação da proposta de criação da Câmara Temática da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural em reunião do Pleno do CDES-RS, dia 05/05/2011;
j)                 Inscrição de Conselheiros para participação na câmara temática, em reunião do Pleno do CDES, dia 05/05/2011;
k)               Instalação da Câmara Temática.

 5) Subsídios iniciais:
a)                Programa de Governo e Compromisso de Tarso Genro de potencializar os benefícios econômicos e sociais que as atividades relacionadas ao petróleo, ao gás natural e à industria naval poderão gerar no território do Rio Grande do Sul, com o fortalecimento da industria gaúcha e a criação de emprego e renda.
b)               Lei estadual n. ...........................
c)                Plano de ação elaborado pelo PROMINP (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), contemplando o fornecimento de bens e serviços do setor e demais diagnósticos relacionados à temática.
d)               Plano de ação proposto pela FURG, “Desenvolvimento e Consolidação do Pólo Naval e offshore”  Relatório Final.

6) Formação da Equipe de Trabalho:
Ø 6.1 Secretárias de Estado do RS:
Comitê Gestor do PGPIN integrado por representantes da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, da Secretaria-Geral de Governo, da Secretaria da Educação, da Secretaria de Infraestrutura e Logística, da Secretaria da Fazenda, da Secretaria do Meio Ambiente, da Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano e da Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Ø 6.2 Órgãos de Governo a serem convidados:
           Fundação de Economia e Estatística – FEE; Fundação de Amparo à Pesquisa  do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS e Universidade do Estado do Rio Grande do Sul – UERGS.

7) Proposta de cronograma de trabalho:
Ø  Data/hora/local – primeira reunião de equipe de trabalho na sala de reunião da SECDES e definição do calendário de trabalho;
Ø   Data/hora/local - reunião da equipe de trabalho com as entidades da sociedade civil, órgãos federais, estaduais, agências reguladoras, frente parlamentar, entre outros;
Ø  Data - apresentação de posicionamentos e propostas relevantes a serem consideradas no estudo (forma apresentação: via e-mail);
Ø  Data/hora/local – reunião da equipe de trabalho para estudo das propostas apresentadas e formatação/elaboração da proposta do Termo de Instalação da câmara temática;
Ø   Data/hora/local – reunião da equipe de trabalho com as entidades da sociedade civil, órgãos federais, estaduais, agências reguladoras, frente parlamentar, entre outros para apresentação da proposta do Termo de Instalação e elaboração do documento de apresentação da câmara temática junto ao Pleno do CDES-RS;
Ø  Dia 05/05/2001 – apresentação da Câmara Temática da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural em reunião do Pleno do CDES-RS, dia 05/05/2011, e inscrição de Conselheiros para participação;
Ø  Data/hora/local – reunião da equipe de trabalho para definir a data de instalação da câmara temática; as secretarias e órgãos de governo que farão parte da mesma; definição quanto ao envio da proposta do termo de instalação aos Conselheiros para contribuições;

Ø  Data/hora/local – reunião de instalação da Câmara Temática da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural.

8) Coordenação da equipe de trabalho:
Ø   Renê Ribeiro
E-mail: rene-ribeiro@cdes.rs.gov.br
Fone:  (51) 3288-6783






Plano de Trabalho da C.I&D.T - II


1) Imediato: Implementar a Câmara Temática C.I&D.T

Data: 15 de Junho de 2011

3) Ações a curto prazo:

1ª reunião da Câmara Temática.
Data: 06 de junho de 2011
Hora: às 09:30
 Pauta:
- Debater e definir data para a realização da conferencia estadual de Ciência, Inovação e Desenvolvimento tecnológico do RS.

4) Ações de médio prazo:

Reuniões/visitas para conhecer os principais pólos tecnológicos do RS

Agenda:

Mês de Julho de 2011:

Mês de agosto de 2011: 






DIÁLOGOS CDES
CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Data:  31 de Agosto – Quarta–Feira - 14 horas
Local: Sala da Secdes (Av. Borges de Medeiros, 1501 – 21º andar).

Programação

v Danilo Giroldo – Pró-reitor  de graduação da Fundação Universidade de Rio Grande (FURG). Apresentação de trabalho científico sobre CI&DT.
v Professora Maria Alice Lahorgue – Apresentação do Projeto Rumos 2015.
v Representante da Fiergs – Apresentação da Agenda 2020. com estratégias e propostas para o desenvolvimento da C&T.
v Reges Antonio Bronzatti - Presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação - (Assespro/RS). Apresentará diagnóstico sobre o setor de T.I no RS.






REUNIÃO COM O MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Sob a Coordenação de organização do ex-vice prefeito de São Borja René Ribeiro, a Câmara Temática da Ciência Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico do Governo Tarso Genro, estará realizando nesta sexta-feira dia 07 de outubro importante reunião/debate com a presença de Ronaldo Mota, Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Representando o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Mota apresentará um panorama dos projetos e programas que estão em andamento na esfera nacional e que podem dialogar com o crescimento do setor no Rio Grande do Sul.
 A atividade é parte da agenda da Câmara Temática Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico que também terá a presença da secretária-adjunta de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS, Ghissia Hauber, que fará um detalhamento das iniciativas que já ocorrem em âmbito estadual.
“A presença de Mota evidencia a intenção de se buscar um alinhamento entre as políticas federais e estaduais. Relacionando demandas e perspectivas dos meios empresarial, acadêmico e governamental, a realização do encontro visa ao estabelecimento de um norte para as ações propositivas da Câmara, de modo a desenvolver o segmento no estado, contemplando as necessidades de todos os atores envolvidos”, adianta o Secretário Executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris.
A atividade ocorre na sede da Secretaria, no 21º andar do Centro Administrativo do Estado.
Estarão presentes todos os setores ligados ao desenvolvimento tecnológico, cientifico e de Inovação do RS, como os pólos de inovação, mundo acadêmico das Universidades e as grandes empresas do ramo.
“Este é mais um passo importante rumo a alinharmos o nosso estado ao desenvolvimento do Brasil, nos tornando competitivos em tecnologias que irão servir como combustível para nosso desenvolvimento pleno, gerando riqueza e trabalho para todos os gaúchos”  afirma o coordenador René Ribeiro
Por decisão dos integrantes do colegiado, a reunião consiste já na segunda atividade com o objetivo de analisar o quadro gaúcho de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. Um mapeamento das necessidades e potencialidades que o Rio Grande do Sul apresenta nesse contexto servirá de subsídio para que se encontrem as melhores direções para os investimentos do setor.
Natural de Santa Maria, Ronaldo Mota possui notória trajetória acadêmica e de administração pública voltada à ciência e tecnologia. Graduado em Física pela Universidade de São Paulo (USP), fez mestrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutorado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-doutorados na University of British Columbia - Canadá e na University of Utah – EUA. É professor titular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desde 1985.
Em 2004, foi cedido pela instituição ao governo federal. Foi então secretário Executivo do Conselho Nacional de Educação, ministro interino da Educação, assessor especial do Ministério de Ciência e Tecnologia, secretário da Educação Superior e secretário Nacional de Educação a Distância, onde contribuiu com tecnologias educacionais inovadoras. Em 2010, Mota foi condecorado, pelo então Presidente Lula, com o título de comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, em razão de sua contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.



Fala de Ronaldo Mota na Reunião da CT Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico

Na condição de me sentir em casa, eu vou falar algumas coisas que são percepções. Na área de informação, é difícil fazer afirmações com total certeza. Então eu posso falar um pouco a sensibilidade que eu tenho do que está acontecendo no mundo e o que está acontecendo no Brasil, e tenho certeza que o RS se alinha na mesma direção. A primeira é que nunca tivemos um contexto em que inovação tivesse a centralidade que tem para o desenvolvimento econômico e social... no mundo e no Brasil . no Brasil, se expressa de uma forma clara , com a consequência posterior a política de desenvolvimento produtivo no Plano Brasil Maior. Seguramente é a primeira vez... a questão da inovação e desenvolvimento tecnológico sempre apareceu dentro dos programas e números do passado. Mas essa é a primeira vez que ele aparece numa condição de centralidade.. de transversalidade. Ou seja, em qualquer setor, a questão de inovação é a questão chave. É como se descêssemos restam poucas dúvidas de que o Brasil crescerá nos próximos anos. Poderão crescer 4% , 5%, mas crescera. A questão a ser respondida, onde não há tanta certeza, é se esse crescimento é sustentável. E a resposta se ele é ou não sustentável depende de um conjunto de fatores. Mas certamente, o absolutamente fundamental é responder qual é a capacidade que nós temos de incorporar inovação nos nossos produtos, nos nossos processos, e sermos capaz de competir no mercado externo e no mercado interno. Essa questão não é simples. Não é simples, e aqui eu vou ser rápido, somos um país manco, um país assimétrico, um país que aprendeu a construir conhecimento num ritmo bastante destacável e que, por outro lado, não conseguiu aprender a transferir conhecimento no mesmo ritmo. O Brasil é um país de contrastes, e estes contrastes estão em todos os lugares. A ciência e inovação refletem o contraste geral do país.
Só pra dar uma medida, nas duas últimas décadas, o Brasil se insere entre os cinco países que mais cresceu na sua produção científica. Graças a uma pós-graduação muito bem estruturada, graças a um conjunto de universidades e de professores bastante produtivos. Graças por temos estudante muito competentes. A verdade é que o Brasil do ponto de vista estritamente de produção científica, ele se destacou, se destaca, ocupa hoje uma 13ª posição mundial. Produz mais de 2,7% da produção científica do planeta. Isso é muito bom, mas, como tudo no Brasil, tem o, porém. Se nós formos trabalhar outros indicadores que não necessariamente são os únicos, nem sei se são os melhores. Mas é tão gritante á diferença, que o contraste é de fácil conclusão. Se alguém fizer a pergunta aqui: estamos em 13 º em produção científica, em que lugar nós estamos em registros de patentes? A resposta é simples... em lugar nenhum! O Brasil simplesmente inexiste do ponto de vista de uma entre as medidas que refletem a capacidade de transformar em negócios o conhecimento.
Em resumo, o Brasil aprendeu a produzir conhecimento e não aprendeu a transferir conhecimento. Como qualquer frase geral ela contem equívocos, porque se pretende como frase geral. Há vários contra-exemplos inclusive em áreas substantivas. A área do agro negócio é um contra-exemplo. É exatamente a onde o Brasil conseguiu aumentar a sua produção científica e trazer esse conhecimento para aumentar a competitividade na produção de um conjunto de alimentos. Podemos destacar a questão de grãos, a capacidade de produzir carne bovina, suína, frangos, produção o de suco... Ou seja, na área rural, agricultura e pecuária, nós não respondemos por 2,7 %, nós respondemos por 5 %. Mas mais do que isso, é uma párea que conseguiu fazer uma ponte muito bem equilibrada entre produzir conhecimento e afetar o setor produtivo. Na última década o Brasil aumentou a produtividade do solo cinco vezes. Isso não é pouco. Quero dizer: é uma área extremamente competitiva e conseguimos ir muito bem.
No entanto, a realidade do setor industrial, como um todo... De novo, há exceções, honrosas exceções... Mas não se trata de uma área típica em que a inovação se caracterizou como sendo central. Há vários motivos. Eu posso destaca três deles, mas certamente omitirei outros. Mas eu diria que são três principais:
Primeiro: uma falta de cultura de inovação nas empresas. Do que decorre disso? É absolutamente natural que um país que até dez ou quinze anos atrás não tinha uma política macroeconômica econômica estável, não tinha estabilidade econômica, não tinha política de responsabilidade fiscal no setor público, o processo inflacionário era completamente fora de controle, que tinha uma moeda bastante depreciada... Naquele momento dizer para um empresário para ele investir em inovação (diga-se de passagem: inovação é risco), certamente seria pedir para ele se suicidar. Houve empresários no Brasil que investiram em inovação, mas lastimo informar que naquela época a maior parte deles não teve bons resultados. Se lembrados, na maior parte das empresas, os seus lucros maiores ou menores a partir de uma boa decisão da aplicação financeira, e menos da questão da produtividade e da qualidade do serviço prestado. Bom, ou seja, não é só no Brasil, mas em qualquer país, a condição para que você estimule o empresário a investir é você ter uma estabilidade econômica no país. Você precisa ter elementos da macroeconomia razoavelmente resolvidos, você precisa ter um processo de inflação sob controle, você precisa ter uma política de austeridade fiscal, você precisa ter um conjunto de elementos sem o qual não se tem a base mínima para que o empresário possa investir. Passamos a ter isso.
Segundo: o Brasil tem um marco regulatório extremamente recente. Nos estamos nas preliminares daquilo que todos os países que inovaram têm,que é em que medida o Estado compartilha os riscos associados aos processos inovativos. Salvo a Lei da Informática, que é um processo mais antigo e muito setorial, de fato a primeira experiência que tivemos em marco regulatório surge em dezembro de 2004, anteontem, consequentemente no ano seguinte tivemos a Lei do Bem, que começa falar em você dar a isenção tributária para empresários inovadores. Se falarmos que a Lei é de 2004 e 2005, começa o processo de aplicação em 2006. Portanto, são muito recentes. E os resultados são impressionantemente bons.
É verdade que fotograficamente nós inovamos pouco, mas é verdade que o processo está num ritmo bastante acelerado e muito positivo. Em 2006, somente 130 empresas declarantes do núcleo real ousaram a se submeter a Lei do Bem e fizeram uma aplicação da ordem de 2 bilhões. O ano passado, em 2010, esse número saltou para 870 empresas e o valor associado A mais de 10 bilhões. Nós estamos falando de algo que é 0,3% do PIB, então falamos de valores substantivos. Mais do que isso... Nós começamos a trabalhar a concepção de que essa cultura passa a estar impregnada em todos os setores. Queremos dizer, nós começamos a mudar um cima que pode propiciou no bojo desse movimento a ideia do poder de compra. O que é o poder de compra? O poder de compra é o instrumento todos países usam há muito tempo, e nós não tínhamos. Os EUA tem a American Buy Act(?), que é exatamente “compre a América”. Nós começamos a ter recentemente, estamos falando na semana em que está sendo regulamentado isso, quando há um processo licitatório de qualquer nível, federal, estadual, municipal,... Atendida a 8666(?)... a partir de agora, se você faz uma licitação de um produto de qualquer natureza e se elencados as propostas em ordem decrescente de menor valor, se houver uma empresa que se caracterize como inovadora e que o produto seja inovador, mesmo que o preço atinja o limite superior de 25% a mais, ela poderá ser justificadamente escolhida. Veja, começa a ter um conjunto de elementos que justifica as empresas a apostarem em inovação. Temos a questão da subvenção.. a subvenção é decorrente da lei de Inovação... e que permite fortemente o estado, a fundo perdido, apostar em projetos bem estruturastes e bem qualificados das empresas. Portanto, o primeiro item é cultura empresarial. A cultura empresaria está mudando, precisa mudar ainda mais, CNI, através do movimento MEI (mobilização dos empresários pela inovação), é um movimento que tem feito um trabalho fantástico, mas tem muito a ser feito. Vejam, mudar cultura não é um de um dia pra noite. Então o primeiro elemento é cultura empresarial.
Segundo é a questão de políticas governamentais mesmo. Quero dizer de certa forma, aquilo a que o Sec. Prodanov se referiu essa capacidade de orquestrar a coisa, seja no nível de estado, de município, de nível federal. Elas estão mal articuladas ou estavam mal articuladas ou, ainda, se quiserem, pra ser mais sincero, há muito ainda a ser feito. Só pra dar um padrão: o Ministério de Ciências e Tecnologia, que agora também chama “e inovação”. Isso não é ao acaso, Ele reflete uma mudança de cultura intragovernamental. O Ministério foi criado em 85 e a gente fez questão de tentar averiguar historicamente quantas vezes o ministro de ciências e tecnologia, em 20 anos de ministério, até chegar em 2005, ele havia se reunido com o Ministério da Indústria e comércio, que era o antigo Desenvolvimento, de Indústria e Comércio do Exterior. A resposta é simples: zero. se você perguntasse quantas vezes ele reuniu com o da educação, dezenas e centenas. Ou seja, nós criamos um Ministério de Ciência e Tecnologia no país que nasce profundamente ligado à educação. Ele incorpora em seu nascimento, em 85, CNPq, que vinha toda uma tradição das universidades, a Finep, que também tinha laços de apoio institucional com as universidades, e muito pouca base de acoplar o que se faz em ciência e tecnologia, perguntando o que a indústria demanda. É um fato recente. Pode parecer curioso que nos não tenhamos percebido isso no passado, mas, na prática, quando se formulava uma política científica e tecnológica, ela podia ser boa, mas era desacoplada duma outra, que poderia ser igualmente boa, que seria uma política industrial. Isso não se admite mais. Nós temos que acoplar a nossa política científica e tecnológica em linha e , em vice versa, com uma política industrial , de comércio exterior, e de política de competitividade. Então esse é o segredo. Primeiro: cultura empresarial, segundo: questão de sincronização de políticas.
E a terceira, que eu acho que não é menos importante do que as outras, nós não sabemos formar recursos humanos aptos a lidarem com o cenário da inovação. Quero dizer o nosso processo educacional, em todos os níveis, é um processo que passa ao largo. Ele se quer tangencia uma questão central de que o que significa formar alguém apto a enfrentar esse cenário da inovação. Na verdade, até parece que nós cristalizamos um modelo que é avesso a isso. Quero dizer, é como se educássemos para não estimularmos o processo inovativo. Dentro disso, se insere a questão de que você precisa estabelecer pontes entre o que se faz na academia e aquilo que fazem nossos empresários. Curiosamente temos dois atores, cada um com as suas qualidades e seus defeitos, mas com características muito positivas, mas que falam muito pouco entre si. Q quando a gente fala que falam muito pouco entre si, deixa eu tratar aquela questão que eu comecei elogiando. 0 Brasil conseguiu chegar onde chegou na produção científica porque estabeleceu uma excelente pós-graduação. Essa excelente pós-graduação tem um rebatimento no RS que é mais enfático ainda. O RS tem uma excelente estrutura de pesquisa, uma notável academia, cursos qualificados nos mais altos padrões, agora como eles se estruturaram, eles se estruturaram a partir de doutores muito competentes. Doutores competentes que tinham uma linha de pesquisa. Ao ter uma linha de pesquisa, formaram novos doutores nas suas linhas de pesquisa. E na sua linha de pesquisa, qual era a missão que eles tiveram? Alarga a linha de pesquisa. Ou seja, aqui está o estado da arte, como ele era competente, ele juntava os estudantes com experiência e ia além do estado da arte. E assim fomos crescendo. Qual era o problema disso? Nenhum! no ponto de vista do passado somos um sucesso, mas agora dos pontos de vista do presente e do futuro: essa concepção como regra, não como ação individual, pode nos levar a uma saturação inclusive na capacidade de produzir ciência. Pelo fato de que quando a inovação toma o centro da produção do conhecimento, a maneira com que se produz ciência altera-se radicalmente. Infelizmente nós ainda trabalhamos poucos a radical idade dessa mudança. Deixa-me tentar ser explícito porque isso é sério. Tem um modelo clássico que diz assim: primeiro você produz a ciência, pura ou aplicada. Ela pode dar origem a uma tecnologia e essa tecnologia pode dar origem a uma inovação, que é um produto, um processo, uma nova funcionalidade de um mesmo produto, que vai ao mercado, porque é o mundo dos negócios. Esse era o modelo linear. Quero dizer: eu produzo uma ciência e essa ciência gera uma tecnologia, eventualmente. E essa tecnologia eventualmente gera um produto que vai ao mercado. Isso era visto de uma forma linear. Qual é a novidade, extremamente recente que vários países , me refiro aqui a instituições acadêmicas e empresárias, perceberam.. Isso que era uma linha se transformou em um círculo. Um círculo aonde, de fato, a ciência é a base, sem ela não se faz tecnologia, muito menos uma boa inovação. Mas a inovação é como se a cobra começasse a cabeça a morder o rabo. A inovação passa a ser o elemento indutor da pesquisa. É ela que é o elemento regulador, não único, mas é um dos lementos balizadores da definição de quais são os programas de pesquisa. Quando eu faço isso, aquela figura clássica do professor que tendo uma linha de pesquisa, porque nela fez seu doutorado, porque nela ele é competente, porque nela ele tenta e o faz com competência alargar a área de conhecimento não é suficiente. É preciso trabalhar o elemento que nós trabalhamos muito pouco que é o elemento demanda. Os países que estão melhor trabalhando inovação têm na definição de seus principais programas de pesquisa, a pergunta central: qual é a demanda? E são a partir da demanda que você conecta quais são os principais programas. Nem sempre: nós acabamos de ver no prêmio Nobel a Expansão acelerada do Universo, isso não precisa der uma demanda de ninguém, isso será é sempre uma ciência de mais alto nível. Mas como regra geral, há um forte estímulo a se pensar: quais são os programas de pesquisa a partir de quais são as demandas. Veja: é uma inversão absoluta de tudo aquilo que nós costumamos pensar. As universidades gostam de se proclamar como ensino, pesquisa e extensão. Na maior parte das vezes, de uma forma explícita ou não, entendem por extensão uma coisa limitadíssima e paupérrima, que é : eu produzo conhecimento e vou levá-lo até a sociedade. Esse modelo não existe! A interação com a sociedade se dá exatamente quando é a partir dela que você capta quais são os problemas que iluminam a produção do seu conhecimento. Só para dar um padrão que pro RS eu sei que é muito caro, no bom sentido. Se nós pegarmos como a Alemanha traduz isso hoje... a Alemanha tem o anti-ideal do nosso professor universitário. Sem prejuízos das universidades acadêmicas tradicionais alemãs, que são boas, mas o que é fortemente estimulado é que esse professor parte de seu tempo, essa parte cada vez maior, ele gaste, além dos compromissos formais que ele tem com sua própria instituição acadêmica, ele gaste dentro do instituto tecnológico. Ele vai ao instituto tecnológico para conhecer quais são as demandas que a sociedade tem a apresentar, pode ser empresário, pode ser demanda de uma instituição pública, pode ser da prefeitura, do governo. E, através de escutar as demandas, ele retorna e ilumina o seu programa. Qual é a consequência disso? Ao ter como referência principal, não mais a sua linha de pesquisa exclusivamente, mas ter com referência também as demandas, os problemas que vêm como demanda são de natureza complexa. E ao ser de natureza complexa, eles são praticamente intratáveis, ou insolúveis do ponto de vista de uma linha de pesquisa. Por isso, aquilo que o sec. Cleber falou, a ideia de aprender a trabalhar em rede, aprender a trabalhar em equipe. É uma questão até de natureza comportamental. E é o que está acontecendo no mundo. Hoje, já que eu citei a Alemanha, eu poderia citar a Coréia, ou outros.. Isso é fortemente estimulado. Exatamente isso que nós não temos no Brasil. Eu , ontem, estive na Usp, na Fapesp.. Agora saiu um ranking: a nossa melhor instituição é a USP... Vamos supor que isso é verdade: USP é a nossa melhor instituição.. O Instituto tecnológico, temos vários, mas se alguém falar que o IBT é o melhor instituto universitário também acertou,... há uma rua que separa. Quantos professores da Usp, que são 5 mil e 400, militam parte de seu tempo dentro do IPT? Quantos entre os 3mil e 500 técnicos já de alto nível, com doutorado, mestrado, no IPT, trabalham orientando ou dando aula na USP? A resposta é zero. Senão 1,2 ou 3, em geral nem falado nos dois.
Aqui, no estado, nós temos o Cientec, Né? Que deveria ser uma base para você construir uma metrologia, definir uma normalização e não cabe.. a questão do tempo... não tem o pessoal... ora, nós temos as melhores universidades sediadas aqui, gente extremamente competente. Precisa mudar a cultura de que deve se estimular fortemente esse hábito. Eu não sei como foi que terminamos aqui a questão do Parque Tecnológico aqui da UFRGS, mas havia a hipótese de colocá-lo , pelo que eu lembro, junto à Fiergs, em Cachoeirinha.. não sei se isso chegou a ser discutido, mas eu não quero entrar em discussão interna, mas assim.. dando um palpite geral: sai um pouco, é preciso , nós precisamos criar o hábito de que essa interação tem que se materializar. Se nós fizermos isso, novos elementos, a gente começa a conectar, a estabelecer pontes. Eu tenho certeza disso. Qual é o cenário futuro do Brasil? DEPENDE DE INOVAÇÃO. Inovação vai depender do que? Da capacidade de você articular esses dois atores: empresários competentes, inovadores, dispostos a investir. Pois as demonstrações são videntes... o número é ainda reduzido. Precisamos crescer mais, mas nós não podemos deixar de usufruir daquilo que nós criamos. Que não é pouco. Não percebam, eu tentei não falar isso, mas às vezes é mal entendido. Nós não tomamos caminho errado nenhum. Nós criamos uma base científica sólida e consistente, sem uma base científica sólida e consistente, não se produz inovação. O problema, e é esse o problema manco do Brasil, que só uma base científica competente, não deriva daí necessariamente inovação. Nós estamos no ano internacional da química. É curioso observar alguns países que foram líderes na produção de ciência na química, como é o caso da Polônia, e que não geraram processos industriais algum. A própria Índia teve uma base científica enorme, um leque amplo e profundo, sem conseguir gerar com isso nenhuma revolução industrial. Ou seja, sem boa ciência não se produz inovação; só com boa ciência, não há nenhuma garantia sequer da capacidade de você continuar crescendo os seus elementos. Por fim...
Eu acho que a maior riqueza que nós temos aqui no RS, de novo, estou falando de percepção, é que nós temos, além de termos bons acadêmicos e de termos bons empresários, é olhar para o aspecto juventude. Se a gente não perceber o que está vindo... a pergunta não é o que seremos. O que seremos é aquilo que for decorrente daquilo que nós valorizarmos em nossos jovens. Nós temos aqui, três aqui, que acabaram de ganhar vários prêmios... Prêmio Santander, Prêmio Ibero-americano na área “infobio”... informática aplica às ciências biológicas... veja: ou nós criamos uma cultura em nossos jovens, como um todo, de que não é perspectiva para eles todos imaginarem que serão funcionários públicos e passarem a moldar suas carreiras em função de se preparar para um concurso público, mas dizer a eles que eles podem e devem pensar em abrir suas empresas. Como que eu crio uma outra expectativa. Cada estudante nosso é em potencial uma empresa e um grupo deles, que se articula em equipe, é uma grande empresa. Se nós criarmos esse espírito empreendedor dessa natureza a gente muda o cenário. Agora, se eles continuarem saindo da universidade, os mais hábeis e os mais competentes, com maiores habilidades, e continuarem todos pensando que vão virar servidores públicos e preferencialmente ficar na própria universidade, nós não vamos pra lugar nenhum. Alguns deles, raros, conseguirão seus pretextos sucessos, mas enquanto modelo isso não funciona. Então desculpe falar da questão cultural, mas eu acho que é um estado que tem todas as condições de dar um salto do ponto de vista cultural, daquilo que nós queremos daquilo que nós vamos valorizar. E aí o estado tem que fazer campanha mesmo. Vocês devem ter lido a Veja de três semanas atrás, colocaram na capa os nossos ídolos, os nossos jovens estudantes eram aqueles que passaram em concurso público. É um absurdo você colocar como ídolos da juventude brasileira pessoas que dedicaram... primeiro, se cria uma falsa ilusão de que há espaços pra todos. Definitivamente não há. Segundo, isso não é , nem deve ser promovido como espaço de elogio pra ninguém. Estou citando uma revista, mas essa revista teria a obrigação de colocar na capa quem são nossos jovens que estão empreendendo, estão furando espaços, estão criando novos negócios... isso é fundamental. Esta concepção é crucial. Ou nós criamos essa concepção de cultural e acho que , potencialmente, nós temos todas as condições para fazer isso, que significa, dentro das universidades, das empresas, há uma figura central que é o gestor de Inovação. Essa figura é alguém que atuando junto à empresa conheça o sistema acadêmico, tenha uma sólida formação científica, ou seja, nós temos muitas coisas pra fazer. É dentro dessa perspectiva que nós temos estruturado toda nossa atuação, que envolve o papel das incubadoras, papel dos parques tecnológicos. Eles são cruciais. Ou seja, não é algo marginal a participação de um estudante dentro de um parque tecnológico, ou de uma incubadora de empresa. É algo essencial isso ser incorporado ao regime acadêmico. Nós precisamos ter um processo de estímulo de outra natureza. Obviamente há ações de natureza interna e estamos trabalhando. O motivo pelo qual vários pesquisadores ficam em suas linhas de pesquisa e pouco arriscam trabalhar especialmente atendendo as demandas, é porque o modelo é estruturado para isso mesmo. Ele sabe que se ele arriscar sair da linha de pesquisa que ele tradicionalmente domina a chance de ele sofrer consequências negativas, como perder uma bolsa de produtividade.. o programa da Capes que tem nível X cai pra X-1 se ele sair de uma área que ele já domina para uma área que ele não domina mas que tem uma natureza de atendimento de demandas... nós vamos propor isso... vai ser discutido pelos comitês assessores no final de novembro... você ter uma espécie de sursis(?)
..........ou coisa do tipo... o programa diz: “eu sou bom no que faço, mas quero fazer muito mais, quero ampliar esse leque e sei que ao ampliar eu vou ter num indicador típico, que é a produção científica, eventualmente, alguma diminuição; eu quero saltar uma avaliação.. eu quero que vocês me avaliem mas eu quero ..” (isso é bem da academia... quem não for da academia talvez tenha mais dificuldade em entender) se você não produzir X papers por ano, você é prejudicado... o que nós estamos dizendo, isso não é mau, isso é bom.. foi assim que nós crescemos... mas criar um espaço em que ele diga assim: eu sou avaliado a cada 3 anos, ou a cada 4 , 5 , eu quero saltar uma , de antemão, não depois que eu publiquei... eu quero entrar numa outra área que o Brasil não faz, que o Brasil precisa fazer.. e quero sim ser avaliado. Bom.. há momentos de indução em que o Estado pode ter , mas não acreditem muito no Estado, nem em federal , nem em estadual, ... tem limites. Por mais que a gente tente fazer coisas, é algo que de brotar dentro da própria sociedade.. ou há um convencimento muito grande que, ao definir que inovação é centralidade, levar isso muito a sério... que vai desde o processo EM que se dá a educação.. eu não vou falar muito sobre isso aqui .. mas de como você estrutura a produção do conhecimento.. só falo isso com essa ênfase porque que sei que o estado tem um enorme potencial, mas é preciso que isso seja enfrentado – acho eu – de uma forma muito direta.


1:20 – 1:28
É curioso que, do ponto de vista de Executivo, nós temos que fazer tudo ao mesmo tempo .. primeiro perceber que tem mudança de cultura, mas você não pode ficar esperando a cultura mudar, você tem que ter ações. Segundo, existe o marco regulatório, que demandas modificações como essa .. porque elas classificam as ICTs erradamente, erroneamente.. elas nasceram como sendo, por definição pública não teria porque ser isso. Tanto que há um consenso de se reverter.. é curioso mesmo..
Mesmo com a existência da lei, você tem o aparato jurídico hoje agindo dentro do Estado que se nega a cumprir a Lei.. de fato a Lei de Inovação e a lei do bem, elas são relativamente avançadas, modernas , contemporâneas. As cabeças querem interpretar como não sendo. Agora elas não são suficientes. É preciso fazer novas modificações. Deu entrada no congresso nacional uma proposição que é da SBPC, é da Academia Brasileira de Ciências, que propõe um código regulatório específico de ciência e tecnologia, mas ela traz questões que vão ser meio polemicas, como a 8666 ter um dispositivo especial pra compras nesse setor. É correto que , há uma boa base de apoio, mas leva tempo. Na Lei do Bem, que são as isenções tributárias pras empresas, ele propõe estender não só pra lucro real, mas também pras de lucro presumido, que multiplicaria por dez, por vinte, o número de empresas que poderiam ser atendidas. Não é fácil. A Receita, (só fazendo uma analogia para quem não conhece exatamente ... ) quando você vai declarar seu Imposto de Renda, você pode passar do azul, pro verde, o tempo todo, mas ao migrar, mudam os descontos, é como se estivéssemos pedindo pra você fazer pelo verde, que é o simplificado, e poder descontar médio (?).. é uma luta até correta , mas vai ser uma luta árdua e e longa. Então nós temos que ao mesmo tempo criar mecanismos dentro do atual marco legal. Eu talvez não tenho tempo pra falar disso aqui, até me disponho em outra oportunidade... nós estamos cirando uma empresa, junto com CNI, a Embrapa (i) – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial . Por que junto com a CNI? Porque é legal a gente gosta deles, mas é porque sem você ter um controle gestor privado, você não consegue driblar o aparato e ficar só no corpo do próprio estado. Ela é uma consequência e se insere no Sibratec – Sistema Brasileiro de Tecnolgia. O Sibratec é muito bem-intencionado, em alguns lugares ele deu bons resultados, mas ele é amarrado como corpo do próprio Estado, a burocracia é quase que intransponível. Nesse novo modelo Embrapa, um instituto tecnológico, ou uma universidade pública ou privada, poderá aderir na área de sua expertise e ter uma dotação global, que sempre quisemos no Sibratec e nunca conseguimos. Ou seja, a instituição conveniará , através de um acordo de negociação, e será examinado predominantemente pelo produto, pelo resultado e não pelo processo. Ou seja, nós estamos com três modelos-pilotos em curso , o IPT , instituto tecnológico de São Paulo, que é uma S.A com 90 % das ações com o governo do estado, o INT, pra simular um ente federal, que é o Instituto de Tecnologia do Rio, e o Senai/Simatec(?) da Bahia, que é o melhor Senai da rede Senai, é a que mais faz inovação. Então nós vamos trabalhar já como que nós vamos funcionar. Será repassado um recurso legalmente pra CNI, e que nesse momento vai simular a futura Embrapa. O Congresso Nacional está acompanhando passo a passo . Tivemos Audiência Pública já no Congresso Nacional. E se isso der certo permitirá que um instituto tecnológico em uma determinada área.. vamos supor .. couro calçadista , vamos pegar Ibetec.. eles são os melhores na área... ele será a Embrapii couro-caladista do Brasil.. eles vão receber uma dotação de vários anos onde eles só podem utilizar o recurso controlado pela CNI ou pela Embrapa a medida em que ele encontra uma empresa que banque um terço do custo do projeto de inovação. Se a empresa banca um terço, governo federal banca um terço e o instituto tecnológico banca um terço, cedendo seu pessoal, equipamentos, etc. esse modelo simula o que são os institutos Frau Hoffeu(?), da Alemanha. Tem tudo pra funcionar, e dentro do atual Marco legal, a não ser que alguém nos processe... Agora há sim uma questão cultural. Nós temos um modelo especialmente em nossas universidades públicas que interpreta mal e quer dedicação exclusiva. Essa interpretação equivocada de dedicação exclusiva é uma batalha interna e pode ser ganha. Rigorosamente alguém diria assim.. com dedicação exclusiva você não pode ter bolsa de pesquisa do Cnpq .. por que ninguém comprou essa briga.. Porque a nossa comunidade científica corretamente é forte e venceu essa barreira.. falou sim “tenho orgulho disso e não abro não”.. se isso valeu pra quem faz ciência, e eu concordo, tem que valer pro sujeito falar assim “ eu quero fazer tecnologia e vou ganhar de forma transparente” veja, são ciclos que você deve começar a interromper.. não é abrir não do conceito , mas é reconceituar aquilo que nós estamos tendo..
A Camecs (?) foi o acompanhamento da exportação brasileira.. 2011 é um ano especial... o Brasil aumentou suas exportações em 30%. Ou seja, a notícia boa: aumentamos nossa exportação em 30%. O ruim: aumentamos nossas importações em 30%.. h[a uma dinâmica no mundo, e essa dinâmica está começando a fazer com que nos sintamos cada vez mais um país exportador de produtos que tem tecnologia, mas o Brasil deve continuar a ser extremamente competitivo em alimentos e em minérios, mas não pode se reduzir a isso. Ou seja, quando essa dinâmica muito forte no mundo é hora de o país ter uma estratégia.. nós queremos ser bons nisso, nós queremos disputar espaço em TI em softwares, mas não vamos abrir mão de nada , queremos destaque na indústria Farmacêutica, etc.. esse é o desafio, é pensar esse global. Por isso que o eixo estruturante – entendo eu – é a questão da inovação.. ou nós conseguimos firmar um conceito de que isso não é o único mas é elemento definidor ou então fica difícil competir internacionalmente mesmo..


2 – 2:13
Nem de longe eu teria a capacidade de responder tudo... Foram perguntas muito boas, eu que sou limitado para atender todas as possibilidades. O conselheiro Vellinho faz uma pergunta muito pertinente: que é situar como está o RS em relação aos outros estados. Eu não tenho os dados finais deste último ano, mas no ano passado o RS teve uma participação menor do que Santa Catarina. Isso não é realista. Eu acho que nós temos um enorme potencial e penso que nós ainda não exploramos devidamente ele. A Lei do Bem deve ser melhor conhecida, melhor explorada. Há um detalhe: você pode debitar automaticamente, ela é uma lei ultra moderna, desburocratizada, tudo que se aplica em equipamentos de P e D e contratação de tecnólogos, engenheiros químicos, mas eu, conhecendo a cultura gaúcha, o sujeito tinha que colocar ali no formulário se a pessoa está integralmente em P e D, senão não podia descontar. Agora, esse o sujeito é um empresário honesto, ele falava “bom, eu não vou por “, porque dificilmente alguém está em P e D , nem deve. É raríssimo ter as circunstâncias, então isso fazia com que o empresário se inibisse de fazer uso da Lei do Bem. Nós conseguimos esse ano que agora vai de acordo com a Rise(?), se eu contrato alguém pra P e D, ele também precisa entrar na produção. Então caberá ao empresário, dentro do que ele declara na Rise(?), metade ou um terço. Acho que isso, pra empresário que dão valor ao que escrevem, agora ele vai poder não mentir . Então eu acho que a gente tende a crescer mais significativamente.
Nós participamos de um evento em Houston muito importante, muito bom... e ali , eu vejo a oportunidade do Rio Grande do Sul enorme, em vários aspectos. Eu não sei o quanto que todo mundo sabe. Estamos discutindo os royalties do petróleo, e é bom que se discuta, mas tem um outro dado que é tão relevante como esse: hoje, fotograficamente, mais de 90 % dos produtos e serviços associados ao pré-sal não podem ser atendidos por empresas brasileiras. Ou seja, a gente sabe que 90% dos produtos e dos serviços serão por expertise necessariamente de empresas internacionais, sediadas no Brasil ou não. Fotograficamente, isso não precisa ser verdade sempre. Para o empresariado gaúcho e para o restante dos estados, é uma oportunidade única de você entrar forte nisso, conseguir espaço. Dos dez por cento, há empresas gaúchas, que entram na área da automação, etc. então é uma oportunidade incrível. Primeiro: acho que o RS pode entrar forte nisso. Segundo: até 2014, a cadeia de gás e petróleo demandará mais 200 mil profissionais, engenheiros e tecnólogos. Significa que se todos os engenheiros, tecnólogos, químicos e físicos que nós vamos formar no futuro se direcionassem à área de petróleo e gás, não seria suficiente. Poucos estado têm uma cadeia de universidades públicas , não estatais, privadas, como nós temos aqui. Temos uma capacidade enorme instalada para formarem profissionais e formar bem. Se nós tivermos uma rede de formação de profissionais, coisa que nenhum outro estado fez, nós poderemos ser inéditos em alavanvar. Quero dizer, nem todos têm todas as expertise, mas você pode associar essa rede de universidades comunitárias que nós temos, que tem , em tese, uma boa possibilidade de se associar com as universidades públicas, você tem centros de universidades, de faculdades... acho que se a gente se dedicar em formar pessoas para a cadeia de petróleo e gás, não faltarão espaços. Seria uma oportunidade.
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Uma proposta a ser construída... eu acho assim... uma coisa é a verba estatal que a gente tem já congelada, nesse ano não vai acontecer nada. Mas faz o seguinte o modelo... eu posso errar os números aqui, imagine que 100 empresários do RS decidem que inovação é o centro. Se 100 empresários, cada um de um carro simples, 100 mil, nós teremos 10 milhões . com 10 milhões, se nós estimularmos os jovens a fazerem proposição de empresas obrigando que jovens , universitários , de pós graduados, pós graduandos, e fizéssemos uma proposta de que eles tivesses um seed(?)money , de 10 mil, nós poderíamos financiar mil equipes aqui no estado, com a obrigação de que eles, desde o nascer da empresa, fosse uma empresa social, que ele destinasse 10% para alguma atividade filantrópica no estado. Acho até que se for pela Fapergs, é excelente, mas se não for pela Fapergs, também .. dizer com orgulho, é todo dinheiro privado.. isso não tem problema nenhum. Significa apontar o seguinte: o caminho são as equipes jovens mesmo, orientadas por acadêmicos experientes, mas eu acho que isso sinaliza pro resto do país que o Estado enxergou algo diferente. Você ter 1000 equipes de empresas espalhadas pelo estado. Eu tenho certeza que esse valor inicial é irrelevante perto do algumas que se tornarão grandes empresas . Então há iniciativas que podem ser feitas, em conjunto com o Estado e que essa estrutura depende fortemente de um apoio privado. Como fazer isso? Não é inviável. Ah não conseguimos 100 empresários, conseguimos 50. em vez de termos mil grupos , vamos ter 500 grupos. Eu acho que o Estado sinaliza pra aquilo que pode ser o seu maior potencial. Sinceramente Eu sou professor aqui há muito tempo, e isso não significa nenhum demérito , claro que não. Mas o que nós temos de melhor são os nossos estudantes. A matéria-prima nossa é fantástica. Nós criamos uma cultura anterior em que o estudante chega às nossas universidades com uma qualidade que eu acho acima da média e com um espírito empreendedor.
..
É difícil.. a gente não pode ficar recriando a roda não. Esse ano eu fui três vezes a China .. temos acompanhado muito a China, a Coréia... não há nenhum programa nacional de inovação na China . Os programas são municipais, provinciais. Inovação exige uma resposta que qualquer programa centralizado é impossível de dar. Eu não acredito em programas nacionais, a não ser de induções gerais. Mas se uma decisão como essa tem que chegar a Brasília, e passar pelo Rio , mesmo a subvenção, na qual um empresário competente, com um bom projeto, submete a um edital.. se tudo correr bem, ele for contemplado, São 18 meses no mínimo entre ele fazer a proposta e ... quem conhece inovação : um ano e meio depois , a inovação é outra. Os modelos, e aí que entra a Embrapa, têm a ideia de encontrar uma resposta imediata. O Empresário chega hoje e alguém da ponta tem que tomar a decisão, e tem que ter o dinheiro disponível. Esse é o sonho. Os modelos que nós construímos até hoje, eles são de uma velocidade que eu acho incompatível com a Ciência. Mas a ciência aprendeu a sobreviver. Você manda um projeto , espera, depois a você manda um relatório, mudando um pouco... a inovação deve ser direta, online, rápido, é algo que não temos o direito de ter um tempo tão grande.
O que o Ministro disse pra Unisinos, que eu participei, porque naquele momento o Secretário da área, o Virgílio, não estava lá. Foi o seguinte: não dá para ter um projeto com a dimensão que a Unisinos pretende em paralelo com o Cientec. Ou seja, é preciso fundir. É preciso explorar o limite superior de você harmonizar duas ações que tem muita complementaridade.

Agora eu não quero passar uma impressão pessimista. Eu fui a um evento na China, há duas semanas, dos Brics, Brasil, Índia, Rússia, China ... a gente deve imaginar, que a gente fica lá tentando... eu entendo, a Índia é excelente na indústria farmacêutica, na ind. De softwares.. mas se vocês ouvisse o que a Índia diz do Brasil, se diria que “não estão falando do meu país”. Porque eles acham a gente o máximo. Eles dizem assim: que legal que vocês já superaram todos os desafios de liberdade, espaço, harmonia, ... veja, na China é proibido o Facebook. Explicar para o jovem nosso que é proibido..você não tem acesso. nos melhores hotéis o sinal é fraquíssimo . não é porque eles não têm tecnologia, é porque eles têm medo dos movimentos sociais que poderão usar as redes mesmo. A China e , em alguma medida, a Índia passarão por questões trabalhistas, sindicais... são etapas que nós já superamos , nós temos um processo de harmonia social, embora seja um processo que muitas vezes não está muito bom. Mas indica que nós temos indicadores de explorar a ideia da inovação em condições melhores do que eles. Entre os países do Brics, nós somos o único que cresce com diminuição de desigualdade social. Essencialmente não é fácil. O Brasil sabia como crescer, mas não sabia como diminuir desigualdade. Nos últimos seis anos a renda familiar no Brasil cresceu 31% (dados do Ipea).. dos 20% mais ricos, cresceram 15 .. dos 20% mais pobres cresceu 51. Quando você vai olhar a realidade da China .. Claro que a China cresce a um ritmo superior ao nosso. Mas a desigualdade é brutal. Aquilo vai chegar a um ponto de estresse que vai acontecer alguma coisa. Nós temos preocupação ambiental, bom , em suma, estou dizendo não o que eu acho, mas o que vem deles. Eles nos veem com muita admiração . claro que , se a gente não fizer nada , não acontece nada . mas temos um potencial grande . e o RS , em especial, eu acho que tem “n” oportunidades , e esse Conselho aqui ta no bom caminho e o governo está no bom caminho. Eu estou à disposição no que puder ajudar. É um grande prazer vir aqui. Muito obrigado!  





NOTA TÉCNICA

NOTA SOBRE OS TRABALHOS DESENVOLVIDOS NA CÂMARA TEMÁTICA DA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO


Objetivos: Formular propostas para subsidiar uma Política Pública que contemple instrumentos, programas e iniciativas de apoio e potencializarão a este segmento objetivando servir de alavanca ao desenvolvimento do estado.
           
Instalação: Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico são elementos decisivos quando tratamos do desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio Grande do Sul. Neste sentido, surgiu a necessidade da criação de uma câmara temática que possa construir diretrizes, apontar caminhos e discussões pertinentes que indiquem possibilidades de crescimento e investimento, além de parcerias para o setor. Sendo assim, após sua instalação, a Câmara Temática, focou no acumulo de conhecimento e um diagnóstico geral da área. Para tanto, a CT implementou pauta visando ouvir todos os setores envolvidos, academia, empresários, e estados. Após esta fase, que ainda esta em andamento, será implementado um planejamento estratégico, objetivando as prioridades na constituição e no fortalecimento do setor, visando potencializar o desenvolvimento do RS.
A Câmara foi instalada em 15 de junho de 2011, contando com a presença dos conselheiros (as) titulares e técnicos, Eduardo Rolim, Ronald Krummenauer, Antônio Cezar Gonçalves Borges, Maria Alice Lahorgue, Mercedes Maria Loguércio Cánepa, Paulo D`Arrigo  Velhinho, Underléia Bruscato, Renato de Oliveira. 

Dinâmica dos Trabalhos: A Câmara Temática de C.I&D.T desenvolveu, a partir de sua instalação uma dinâmica, proposta pelo Conselho Gestor (Antônio César Borges, Eduardo Rolim de Oliveira, Maria Alice Lahorgue, Mercedes Maria Loguércio Canepa, Paulo Vellinho,Undérlea Miotto Bruscato e Valter Souza) e esta em franco andamento, reuniões “diálogos”, visando diagnosticar o setor, buscando ampliar os conhecimentos sobre deficiências existentes e projetos que podem ou já estão em andamento, tanto na academia, empresas e estatais.

Reuniões realizadas (datas e pauta):
-15 de junho de 2011: PAUTA - Instalação da Câmara Temática;
18 de julho DE 2011: PAUTA - Reunião da Câmara Temática Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para Aprovação do Termo de Instalação com as contribuições dos Conselheiros.
09 de agosto de 2011: PAUTA - Reunião do Comitê Gestor da Câmara Temática Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para sistematização das propostas de temas para debate apresentados pelos Conselheiros e Conselheiras;
31 de agosto de 2011: PAUTA - O Diálogos CDES organizado pela CT Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico conta com a presença de palestras  especialistas na  área C&T,  e tem por objetivo expor ao governo e à sociedade civil um diagnóstico das necessidades e perspectivas sobre o tema no âmbito estadual.

Reuniões e atividades previstas:
07 de 0utubro de 2011: PAUTA - A presença do Sr. Ronaldo Mota, Secretário Nacional de  Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência Tecnologia, o qual fará uma apresentação dos programas e projetos prioritários que tramitam junto a referida Secretaria e dialogam com o Estado do Rio Grande do Sul.
Na mesma oportunidade, contaremos com a apresentação da Secretaria Estadual de Ciência , Inovação e Desenvolvimento Tecnológico sobre o Programa RS Tecnópole.

Comitê Gestor da câmara temática:
Conselheiros (as) : Antônio Cesar Borges, Eduardo Rolim de Oliveira, Maria Alice Lahorgue, Mercedes Maria Loguercio Canepa, Paulo Vellinho, Underlea Miotto Bruscato e Valter Souza. Governo: Beatriz Carlejo – SGG, José Jr. (Junico) – SDPI, Cleber Prodanov – SCIDT, Rodrigo Oliveira – CASG e Ghissia Hauber – SCIDT.

Conselheiros Participantes:
Antonio Cesar Borges, Eduardo Rolim de Oliveira, Ney José Lazzari, Paulo Vellinho, Underlea Miotto Bruscato, Valter Souza, Franco Pallamolla, Mercedes Maria Loguercio Canepa e Maria Alice Lahorgue.
Conselheiros Técnicos Participantes:
Ronald Krummenauer (Cons. Bolívar Baldisserotto Moura), Paolo Roberto Livotto (Cons. Eduardo Rolin de Oliveira), Renato de Oliveira (Cons. Franco Pallamolla ).
Conselheiros Titulares:
Antonio César Borges, Franco Pallamolla, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Valter Souza, Underlea Miotto Bruscato, Paulo Vellinho, Ney José Lazzari, Neuza Canabarro, Mercedes Maria Loguercio Canepa, Maria Helena Weber, Maria Alice Lahorgue, José Antonio Fernandes Martins, Elton Roberto Weber, Eduardo Rolim de Oliveira, Celso Schröder, Celso Ricardo Ludwig, Carlos Raimundo Paviani, Bolívar Baldisserotto Moura, Atílio Ibargoyen e Athos Roberto Cordeiro.
Conselheiros Técnicos:
Ramon Fernando da Cunha (Cons. Ney José Lazzari), Rejane Santos de Toledo (Cons. Neuza Canabarro), Christa Berger (Cons. Maria Helena Weber), Eduardo Renato Kunst (Cons.José A. Fernandes Martins), Airton Jose Hochscheid (Cons. Elton Roberto Weber), Paolo Roberto Livotto (Cons. Eduardo Rolin de Oliveira), Ronald Krummenauer (Cons. Bolívar Baldisserotto Moura), Luiz Edgar Araujo Lima (Cons. Atílio Ibargoven), Cylon Rosa Neto (Cons. Athos Roberto Cordeiro) ,  Maurício Pinto da Silva (Cons. Antônio César Borges) e Renato de Oliveira (Cons. Franco Pallamolla ).

   Renê Ribeiro
Coordenador




Corredor Bioceânico Sul (Acesse o Link)


Pesquisas e estudos técnicos destinados à avaliação técnica, econômico-financeira e jurídico-regulatória de soluções destinadas a viabilizar o sistema logístico ferroviário de carga entre os portos no sul/sudeste do Brasil e os portos do Chile.






NOTA TÉCNICA
RECUPERAÇÃO DA FAPERGS

A FAPERGS, Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul, fundada há quase 50 anos, é um importante instrumento de desenvolvimento científico e tecnológico que muito contribuiu para o crescimento do Estado. Através dela, gerações de pesquisadores gaúchos foram contemplados com bolsas de iniciação científica, de estágios e de pós-graduação.
Além disso, é importante ressaltar que os seus financiamentos serviram para montar laboratórios e realizar atividades de pesquisa que levaram ao desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos, à formação de recursos humanos qualificados e a criação de muitas Universidades no interior do Rio Grande do Sul.
A FAPERGS, inclusive, já foi uma das mais importantes FAPs do país, refletindo a importância do Estado natemática Ciência e Tecnologia. Isso fez com que a comunidade científica gaúcha se mobilizasse,convencendo a sociedade riograndense a incluir, na Constituição Estadual de 1989, a determinação de que o governo deverepassar à FAPERGS, a cada ano, 1,5% da receita líquida do Estado.
Nesse princípio constitucional a FAPERGS, em nenhum momento pós 1989,atingiu ao valor determinado. Constitucionalmente, o melhor ano para a Fundação foi 2001, onde alcançou-seapenas 21% dos valores correspondentes aos 1,5% constitucionais.
Os anos que se seguiram foram fazendo com que a FAPERGS perdesse a credibilidade com as Instituições que nela acreditavam. As dotações foram diminuindo, os Editais foram escasseando e vários artifícios foram sendo criados, para incluir nas contas dos repasses, os valores advindos do Governo Federal. Destaca-se que em termos de valores repassados, a Fundação encontra-se, nos dias de hoje, entre os últimos colocados em um ranking das FAPs estaduais.
A pesquisa científica e tecnológica no Estado está mais viva que nunca, mas isso não se deve ao governo estadual e à FAPERGS; deve-se à capacidade que a comunidade científica gaúcha tem para captar recursos federais, de agências internacionais e na colaboração com o mercado produtivo. Mas apesar disso, principalmente se compararmos com o que se vê em outros estados da Federação, os pesquisadores gaúchos têm sido muito prejudicados. Os jovens pesquisadores praticamente não têm mais projetos tipo "enxoval", que permitem sua inserção na carreira, o que sempre foi uma das prioridades da FAPERGS; e isso ocasiona a fuga de pesquisadores jovens para outras unidades da Federação.
Não temos tido a oportunidade de realizar Editais voltados às necessidades regionais do Estado, algo que é, naturalmente, da vocação de uma FAP. A característica principal dos programas federais é que eles costumam ser voltados para grandes projetos, contemplando, majoritariamente, grandes grupos ou grupos consolidados, levando a uma concentração dos financiamentos, o que vai em sentido contrário ao enorme crescimento do número de professores e pesquisadores nas universidades, uma realidade nos dias de hoje.
Ou seja, temos um enorme aumento no sistema de pesquisa, mas esse processo faz com que grande número dos pesquisadores, os jovens em particular, não tenham financiamento. E é responsabilidade da FAPERGS ampliar a democratização dos recursos, via balcão, contribuindo para aumentar a eficiência do sistema e garantir que a pesquisa científica e tecnológica possa se refletir no desenvolvimento econômico e social do Estado.
Além disso, após a eleição do Governador do Estado, o Exmo. Sr. Tarso Genro, a comunidade científica e tecnológica gaúcha espera que seu governo marque a retomada da priorização da Ciência e Tecnologia no Estado, o que se coaduna integralmente com o programa que a sociedade elegeu, que prevê o crescimento do Estado em consonância com o crescimento do Brasil.
Nesse sentido, a discussão apresentada na Câmara Temática de Ciência, Tecnologia e Inovação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Rio Grande do Sul, destacou que a recuperação da FAPERGS será um dos principais pontos a serem apresentados na Carta de Concertação, pois foi elencada como um dos principais projetos estratégicos: a reestruturação da FAPERGS e o cumprimento do Estado no repasse de 1,5% da receita líquida do Estado.
Esperamos que seja possível abrir no governo um processo de crescimento dos repasses progressivamente, apontando para que em um horizonte finito essa meta histórica seja atingida.

QUADRO DE EVOLUÇÃO DAS RECEITAS/ REPASSES A FAPERGS:

PERÍODO
RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS DO ESTADO (R$)
1,50% (R$)
REPASSES REALIZADOS À FAPERGS (R$)
REPASSES REALIZADOS EM RELAÇÃO AOS PREVISTOS NA LEI (%)
PERCENTUAL DA RLI, EFETIVAMENTE APLICADO PELA FAP
1995
2.668.937.140
40.034.057
5.020.000
12,54
0,19%
1996
3.065.730.586
45.985.959
10.500.000
22,83
0,34%
1997
3.109.668.519
46.645.028
13.028.031
27,93
0,42%
1998
3.330.220.781
49.953.312
13.644.293
27,31
0,41%
1999
3.120.142.535
46.802.138
7.987.307
17,07
0,26%
2000
3.764.534.274
56.468.014
11.662.572
20,65
0,31%
2001
4.509.082.052
67.636.231
17.872.240
26,42
0,40%
2002
4.950.575.152
74.258.627
11.840.538
15,94
0,24%
2003
7.595.580.840
113.933.713
12.230.910
10,74
0,16%
2004
8.123.131.374
121.846.970
16.749.343
13,74
0,21%
2005
9.386.965.752
140.804.486
22.245.240
15,8
0,24%
2006
9.862.520.607
147.937.809
6.080.848
4,11
0,06%
2007
10.443.716.110
156.655.741
8.216.181
5,24
0,08%
2008
12.546.596.533
188.198.948
4.722.678
2,51
0,04%
2009
13.061.172.688
195.917.590
8.963.780
4,58
0,07%
2010
16.163.184.457
242.447.767
23.890.327
9,85
0,15%

PROPOSTA – QUADRO DE EVOLUÇÃO DAS RECEITAS/ REPASSES A FAPERGS:

PERÍODO
RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS DO ESTADO (R$)
1,50% (R$)
REPASSES REALIZADOS À FAPERGS (R$)
REPASSES REALIZADOS EM RELAÇÃO AOS PREVISTOS NA LEI (%)
PERCENTUAL DA RLI, EFETIVAMENTE APLICADO PELA FAP
2011
PREVISÃO
16.301.661.619
244.524.924
30.580.000
12,51%
0,19%
2012
PREVISÃO
16.953.728.084
25430592126%
78.413.000
30,83%
0,46%
2013
PREVISÃO
17.631.877.207
264.478.158
110.246.000
41,68%
0,63%
2014
PREVISÃO
18.337.152.295
275.057.284
121.080.000
44,02%
0,66%
2015
PREVISÃO
19.070.638.387
286.059.576
146.656.000
51,27%
0,77%
Atendendo as necessidades financeiras do Estado e da Sociedade, identifica-se que essa elevação seja gradual. Assim, apresenta-se uma proposta de estudo para recuperação dessa tão importante Fundação, para que a mesma passe a financiar não apenas Instituições de Ensino Superior e ciência, mas tenha a oportunidade de oferecer Editais voltados a inovação e às necessidades regionais do Estado. 





O Estado Brasileiro exerce, na forma da lei, as funções de planejamento, sendo determinante para o
setor público e indicativo para o setor privado. Na área energética, cabe ao Conselho Nacional de
Política Energética – CNPE a formulação de políticas e diretrizes de energia para o desenvolvimento
nacional equilibrado.
O Ministério de Minas e Energia – MME, responsável pela implementação das políticas para o Setor
Energético e coordenação do planejamento energético nacional, apresenta à sociedade brasileira o
Plano Decenal de Expansão da Energia – PDE 2019. A publicação periódica do PDE representa um
componente fundamental do processo de planejamento energético.
O PDE incorpora uma visão integrada da expansão da demanda e da oferta de recursos energéticos
no período decenal, definindo um cenário de referência, que sinaliza e orienta as decisões dos agentes no mercado de energia, visando assegurar a expansão equilibrada da oferta energética, com
sustentabilidade técnica, econômica e ambiental. O planejamento decenal constitui uma base sólida
para apoiar o crescimento econômico, dado que a expansão do investimento produtivo requer a oferta
de energia com qualidade e confiabilidade.
Desse modo, o Ministério de Minas e Energia agradece a colaboração recebida de entidades da
sociedade civil, órgãos governamentais, empresas e agentes do setor energético, a qual possibilitou o
aprimoramento desta atividade de planejamento, assim como a inestimável parceria com a Empresa
de Pesquisa Energética, responsável pelo desenvolvimento dos estudos que subsidiaram a elaboração do Plano. O esforço contínuo deste Ministério em prol do desenvolvimento nacional se efetiva
plenamente no presente PDE 2019, proporcionando uma visão ampla e prospectiva para o setor
energético brasileiro.





QUESTIONÁRIO AS INSTITUIÇÕES DE  C I & D T  DO RS

Por definição da Câmara Temática da Câmara Temática  Ciência
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, do CEDES/RS, segue abaixo, uma séria de questões que tem a finalidade de fazermos um diagnóstico nas instituições ligadas ao governo do RS, na a área de C.I & D.T.

Os questionamentos respondidos servirão para subsidiar a Câmara
Temática nos encaminhamentos ao  Exmo. Sr. Governador, sobre as políticas para a área.

Importante salientar, que após o questionário ter sido respondido, cada questão será agrupada para que, somadas possamos criar um resultado por grupo e termos um diagnóstico individual e outro geral.
  
Questionamentos:
01- Quais os investimentos atuais viabilizados por esta instituição  na área de C.I & D.T (Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnologia)?

02-  Qual a fonte de recursos para estes investimentos em C.I & D.T?
03- O que está sendo desenvolvido em C.I & D.T, qual o processo de decisão que levou a sua escolha?
04- Existe interação de sua instituição com os projetos e programas federais em C.I & D.T?

05- Quais são as pesquisas estratégicas definidas por sua instituição?
06- Existem diretrizes da instituição para a área de C.I & D.T?
 07- No sentido de aproveitamento de oportunidades de programas de financiamento estaduais, federais e outras, qual seria a necessidade de sua instituição no que se refere a pesquisa básica?
 08- Existem linhas de atuação visando capacitar os agentes regionais de sua instituição no que se refere a pesquisa aplicada nas fases de bancada ou testes, desenvolvimento tecnológico em fase de transferência, entre outros? Quais ? desde quando?
 09- Quais  os investimentos federais em C.I & D.T destinados a sua instituição, detalhando os recursos competitivos (editais), sem retorno, recursos de encomenda sem retorno e por fim os recursos com retorno?  

10- Apresente, de forma hierarquizada,  as principais dificuldades que a instituição enfrenta no que se refere C.I & D.T?

REUNIÃO BRASIL - COREIA: EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 

Senhoras e senhores, uma boa-tarde a todos. Antes de começarmos, gostaríamos de dar a informação de que, nos fones que os senhores receberam, no Canal 01 está em português, o Canal 02 em coreano e no Canal 03 em inglês. Na presença de Sua Excelência, o Senhor Governador do Estado, Tarso Genro, damos início a Reunião Brasil-Coreia: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação. Também prestigiam esse ato as seguintes autoridades: Senhor Vice-Ministro de Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, Dong-Geun Seol; Senhor Embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Edmundo Sussumu Fujita; Senhor Ministro Conselheiro da Embaixada da Coreia do Sul no Brasil, Hee Chul Kim; Senhora Representante da Assembleia Legislativa, Deputada Ana Afonso; Senhor Representante da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Ronaldo Zülke; Senhor Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Alexandre Neto – em seu nome saudamos todos os reitores, pró-reitores e representantes de universidades públicas e privadas presentes neste ato – Senhora Representante da Procuradoria-Geral do Estado, Roselaine Rockenbach; Senhor Cônsul-Geral da Coreia do Sul no Brasil, Sang Shik Park; Senhores Secretários de Estado: Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber  Cristiano Prodanov; Educação, José Clóvis de Azevedo – em seus nomes, saudamos aos Senhores Secretários de Estado; Senhor Coordenador René Ribeiro e através dele os conselheiros; Senhora Chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Rio Grande do Sul, Camile Felipose; Senhora Diretora do Instituto Nacional para Educação Internacional do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da República da Coreia, Yong Shu Kun – em seu nome, saudamos toda a comitiva da Coreia do Sul aqui presente –; Senhores Deputados Estaduais, Alexandre Lindenmeyer e Miriam Marroni; Senhor Presidente da CAPES, Jorge Almeida Guimarães; Senhores Prefeitos Municipais, senhores representantes da imprensa; senhoras e senhores.
                Esta reunião tem como objetivo discutir temas relacionados com a cooperação educacional, científica e tecnológica entre o Rio Grande do Sul e a Coreia em áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Pretende ainda realizar uma exposição com as universidades mais prestigiadas da Coreia sobre as oportunidades de intercâmbio acadêmico no âmbito do Programa Ciências sem Fronteira do Governo Brasileiro.
                Passamos a palavra a Sua Excelência, o Senhor Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov.
Sr. Cleber  Cristiano Prodanov
                Boa-tarde a todos. Gostaria de saudar o nosso Governo do Estado, o Governador Tarso Genro, e, em seu nome, todas as autoridades citadas pelo protocolo, todos os participantes desse primeiro encontro Brasil-Coreia, dizer que receber essa importante e expressiva comitiva, Senhor Governador, principalmente a partir de uma iniciativa sua e do Governo do Estado que, no início do ano, desenvolveu uma missão bastante audaciosa e bastante profícua à distante Coreia, distante do ponto de vista geográfico, mas muito próxima do ponto de vista dos interesses científicos, tecnológicos, educacionais e de negócios. Conforme a sua determinação, Senhor Governador, nós deveríamos, pali pali, rapidamente, organizarmos município seminário, um meeting, uma reunião que não fosse apenas algo protocolar, fosse uma reunião de trabalho onde os temas da ciência, tecnologia, inovação fossem centrais e pudéssemos oferecer resultados à sociedade gaúcha e brasileira ainda neste ano.
                Então, Senhor Governador, com muita vontade e com muito trabalho, apoiados pela nossa estrutura de Governo, pela nossa Secretaria, demais Secretarias, pela Embaixada Brasileira em Seul, o Embaixador Fujita e a sua equipe, com o apoio da Assembleia Legislativa, da Câmara de Deputados, de todos aqueles que acompanharam e vibraram com essa primeira missão, estamos hoje cumprindo a sua determinação e o nosso compromisso de realizar esse primeiro meeting, esse primeiro encontro, muito mais felizes ainda porque isso acontece durante a Semana Nacional e a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia do Brasil e do Rio Grande do Sul. E esse evento se insere muito perfeitamente nessas atividades que nós realizamos, mais felizes ainda porque contamos com a presença do Ministério de Educação e Cultura, especificamente da CAPES, e hoje alguns acordos Brasil-Coreia, o Professor Jorge Guimarães, nosso amigo, vai proceder a assinatura e dando andamento, ratificando ainda mais essa aliança que se estabelece entre o Brasil e a Coreia, entre o Rio Grande do Sul e a Coreia, e muito mais satisfeito ainda porque nós teremos hoje, a nossa FAPERGS, a nossa Fundação de Amparo à Pesquisa, anunciando e lançando um edital juntamente com o Instituto Pasteur-Coreia, proporcionando e viabilizando a ida já no início do ano que vem, de jovens estudantes graduados para um estágio de 12 meses no Instituto Pasteur, consolidando uma aliança, num primeiro passo – não é, Lúcio – que vai fortalecer esse intercâmbio científico e tecnológico e, acima de tudo, profissional. Acho que é importante fazer esse resgate, Senhor Governador, para que todos esses atores que estão envolvidos hoje, as empresas, as universidades, o Poder Público em todas as esferas, as prefeituras, o Poder Público Federal e Estadual, os reitores, os pró-reitores que estão aqui hoje, tenham ideia de que esse gesto ousado de Vossa Excelência está se concretizando.
Fazer negócios é aproximar culturas, aproximar culturas é aproximar pessoas, e aproximar pessoas e fazer de fato um movimento inovador. Então, esse primeiro encontro marca, sela esse compromisso, a vinda do Vice-Ministro de Educação Ciência e Tecnologia Coreano é uma marca absoluta desse compromisso e esperamos que esse acordo, essa comunhão se prolongue, prospere e frutifique para as sociedades coreana, brasileira e rio-grandense.
Parabéns por sua determinação e obrigado por ter dado a esta Secretaria de ser um dos viabilizadores deste encontro. Então, um bom encontro, bons negócios, boas amizades e pali pali a todos.
Mestre de Cerimônia
                Com a palavra Sua Excelência, o Senhor Secretário de Estado de Educação, José Clovis de Azevedo.
Sr. José Clovis de Azevedo
                Governador Tarso Genro, Vice-Ministro de Educação Ciência e Tecnologia Dong-Geun da Coreia. Por meio dele, saúdo a delegação coreana aqui presente e aproveito a oportunidade para falar das minhas impressões, de algumas impressões da minha estada na Coreia. Primeiro, pela cordialidade, pela amabilidade, pela forma carinhosa com que  a nossa delegação foi recebida na Coréia; segundo, pelo impacto do desenvolvimento tecnológico e educacional daquele país, e também pela admiração, pela capacidade de mobilização do povo coreano em função de determinados objetivos. E dentro desses objetivos, encontramos, além da ciência e tecnologia com um desenvolvimento extraordinário, a educação como base de todo um desenvolvimento da sociedade coreana e isso nos impressionou muito. Algumas, coisas dentro da educação, marcaram-me, algumas falas.
Nós visitamos uma escola técnica naval que é um modelo de formação técnica, capacidade técnica, capacidade de formação integral do ser humano, que muito nos incitou, muito nos desafiou a pensar inclusive o que estamos fazendo hoje aqui em termos de reforma curricular, de reestruturação curricular do nosso ensino médio. Mas eu, visitando uma outra escola, com toda a nossa delegação presente, onde nós fizemos perguntas ao diretor da escola, essa escola tem alguns títulos, como, por exemplo, lá estudaram alguns Presidentes da Coreia, é um dos status da escola, e chamou-me a atenção uma questão: geralmente a gente se impressiona por aquilo que sensibiliza mais e quando perguntaram ao diretor como é que se ensinava empreendedorismo naquela escola, o diretor disse: Não, aqui não se ensina empreendedorismo, aqui se ensina cidadania e ciência, e o empreendedorismo é uma decorrência natural desse ensino. Eu achei extremamente sábia e extremamente pertinente essa afirmação. Depois, visitando o Vice-Ministro, ele fez uma fala que também me identificou muito com a sua afirmação, quando ele diz que temos que desprender mais a educação de testes e vestibulares e preocupar-nos com as vocações do sujeito e com uma formação humanística no campo da cultura, da história, que permita que nós possamos formar cidadãos globais competentes, e, de fato, essa é um afirmação que muito nos identifica e que nos deixou muito felizes porque nós também entendemos a educação dessa forma, com uma formação integral do ser humano, onde competência técnica e competência cidadã se articulam por meio de uma base humanística, articulada com a base técnica, e essa é a nossa reforma estrutural hoje do ensino médio que estamos desenvolvendo.
Espero que possamos fazer muitas trocas, muitas cooperações e uma troca de experiência permanente com o povo coreano, com o Estado coreano e com suas instituições. Muito obrigado. (Palmas.)
Mestre de Cerimônia
                Com a palavra o Senhor Presidente da CAPES, Jorge Almeida Guimarães.
Sr. Jorge Almeida Guimarães
                Excelentíssimo Governo Tarso Genro; autoridades que acompanham a delegação coreana; caro Vice-Ministro, é um prazer muito grande recebê-lo aqui para essa festividade e para este encontro produtivo de negócios e de ações concretas na área da educação, ciência e tecnologia.
Nós tivemos a ocasião de comparecer, visitar as instituições coreanas. Infelizmente não pudemos acompanhar a delegação do Governo do Estado, mas, em seguida, a CAPES e o CNPq estiveram presentes, e vislumbramos um conjunto muito grande de oportunidades de realizarmos ações concretas nesses dois segmentos. Acho que expressou muito bem o nosso Secretário de Educação a importância do cidadão completo que nós vimos ocorrendo lá na Coreia como um todo. Visitamos várias das principais universidades e hoje estaremos assinando dois acordos, em nome da CAPES, que servirão basicamente ao Brasil todo, mas, em primeiro lugar, destaco essa iniciativa importante da Unisinos de trazer para o seu campus esse seminário tão bem identificado com as nossas necessidades atuais de avanço na área de inovação. Parabéns à Unisinos por essa iniciativa, parabéns ao Governo do Estado, que teve a possibilidade de perceber a importância de uma associação mais estreita com essas instituições que fizeram avanços importantes nos últimos 50 anos, tanto no campo educacional como no campo científico e sobretudo tecnológico e de inovação. É um prazer muito grande a CAPES participar desse evento. Trago aqui a palavra de conforto também do Ministro Fernando Haddad, que infelizmente não pode comparecer, mas que seguramente endossa todo o esforço que foi feito e elogia a iniciativa que foi feita neste instante. Parabéns a todos, muito obrigado, bom trabalho. (Palmas.)
Mestre de Cerimônia
                Com a palavra Sua Excelência, o Senhor Vice-Ministro de Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, Dong-Geun Seol.
Sr. Dong-Geun Seol
                Senhor Tarso Genro, Governador do Rio Grande do Sul, obrigado por proporcionar esta oportunidade tão importante. A Coreia foi o primeiro país que o Senhor Governador visitou depois de tomar posse, e, na ocasião, ele expressou forte desejo de transformar o Rio Grande do Sul pela educação, ciência e tecnologia, e agora nós estamos vendo os frutos dessa iniciativa, o que me deixa muito feliz. Foi falado sobre a potencialidade e a importância da competitividade da ciência e tecnologia, e agradeço profundamente a iniciativa do Governador. Principalmente, estão presentes o Cônsul-Geral da Coreia do Sul no Brasil, o Vice-Ministro Conselheiro da Embaixada da Coreia do Sul no Brasil que estão presentes,  está aqui o Senhor Marcelo Aquino, Senhor Reitor da Unisinos, o Senhor Che Chan Mo, que é o Presidente da empresa na área de tecnologia, os representantes da KAIST, POSTECH e Universidade de Yonsei, que são capazes de explicar e mostrar sobre as universidades tecnológicas coreanas que estão aqui juntos conosco. São instituições que podem receber as inteligências mais proeminentes do Rio Grande do Sul para estudarem lá e trocar experiências e conhecimentos.
                Esta oportunidade de hoje, em que estão reunidos os representantes coreanos e brasileiros do Rio Grande do Sul na área de educação, ciência e tecnologia, eu acho que só tenho a parabenizar a iniciativa do Senhor Governador Tarso Genro. Muito obrigado. (Palmas.)

Mestre de Cerimônia
                Pedimos a gentileza de que os senhores permaneçam em seus lugares. Em alguns minutos reiniciaremos os trabalhos com a apresentação do primeiro painel desta tarde com o tema: Políticas Coreanas de Educação e o Papel da Educação no Desenvolvimento da Indústria, apresentado pelo Vice-Ministro de Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, Dong-Geun Seol.
                Com a apalavra, o Senhor Vice-Ministro Dong-Geun Seol.
Sr. Dong-Geun Seol
                Muito obrigado Senhor Governador. Boa-tarde, sou Dong-Geun Seol, Vice-Ministro da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia. Eu tenho a certeza  que a experiência coreana de construir um desenvolvimento baseado na educação, tecnologia e ciência terá muito a contribuir para este momento do Rio Grande do Sul. As experiências, a nossa estratégia e o nosso passado que pretendo falar hoje, gostaria que esses pontos pudessem contribuir para a inovação tecnológica do Rio Grande do Sul. Novamente eu me sinto muito honrado e feliz de poder falar sobre o papel da educação, ciência e tecnologia no processo de desenvolvimento econômico e social da Coreia. O Senhor Governador Tarso Genro é que nos fez vir para cá, foi o fervor do Senhor Governador que nos fez vir para cá.
                Neste momento, eu gostaria de falar sobre os resultados da educação, da ciência e tecnologia da Coreia no desenvolvimento e sua força motriz, a nossa estratégia da Coreia na era globalizada e também queria falar sobre parcerias possíveis nessa área entre o Brasil e a Coreia.
                Agora, vamos relembrar que em 1950 nós tivemos a Guerra da Coreia que pode mostrar como um país pode se modificar por meio dessa determinação de desenvolvimento pela educação. Então, vamos ver rapidamente o vídeo que mostra a Coreia na Década de 50, logo após a guerra. (Projeção do vídeo.)
                Senhoras e senhores, há 60 anos a Coreia era a miséria em pessoa, nós não tínhamos nada, só tínhamos gente. Em 60 anos, a Coreia hoje, Senhor Fujita, Embaixador do Brasil na Coreia, progrediu de uma forma inacreditável. Em 2009, nós nos tornamos fornecedores da ODA e, em 2010, presidimos a Cúpula do G20, tornando-se um país que se torna o centro das atenções do mundo. Todos os países do mundo estão atentando para o fato de que a Coreia é um modelo de um país que conseguiu progresso por meio da educação. Assim, nós superamos as ruínas da guerra e construímos um país forte, e a força para tal foi a educação, a ciência e a tecnologia. Hoje, nós somos o sétimo maior país exportador e nós temos uma tecnologia de informação de nível mundial. Por exemplo, a Anamicrow, cujo Presidente está aqui presente, é um representante de pessoas que conseguiram estar à frente desse desenvolvimento coreano baseado na tecnologia. Em pouco tempo, a Coreia alcançou a educação gratuita e obrigatória e 80% de avanço dos secundaristas para a faculdade. Agora, em 2009, nós registramos e primeiro lugar em matemática e terceiro lugar em ciências, PISA da OECD. Em 2010, nós investimos 3,74% do GVP em P & D e nós estamos em 11º lugar mundial na apresentação de teses em ciência e tecnologia e nós estamos no quarto lugar em competitividade mundial em ciência e tecnologia. Na última olimpíada internacional funcional, realizada em Londres, nós conseguimos a 17ª vez em primeiro lugar. Hoje, das 100 maiores empresas do mundo, quatro são coreanas: Samsung, Hyundai, LG e SK.
                Qual é a força motriz desse desenvolvimento da educação coreana? Primeiro, nós tivemos uma reforma do sistema educacional do plano quinquenal do Governo de Desenvolvimento Econômico. Na Década de 60, nós priorizamos a educação básica; na Década de 70, o ensino ginasial e ensino profissionalizante; na Década de 80, nós priorizamos o ensino superior. Assim, nós fomos cultivando recursos humanos, baseados em sua época, respeitando a época e a era pela qual a Coreia estava passando. Até o Presidente Obama cita frequentemente o fervor dos pais coreanos para educar seus filhos. Nós temos uma grande cultura de prezar a educação. Tem até um dito popular que diz que nós nem pisamos na sombra do professor, mostrando o respeito que temos pelo professor. Professores até do ensino médio têm aposentadoria a partir dos 62 anos, e das universidades dos 65 anos. Os nossos melhores estudantes querem se tornar professores. Aqui estão os coreanos para testemunhar, para dizer que, na Coreia, ser professor é uma aspiração da juventude. Assim  nós temos escolas normais, escolas de pedagogia de quatro anos para cultivar, para formar professores de grande qualidade, e somente aqueles que têm a melhor qualidade de ensino podem ensinar as crianças.
E o governo faz a sua pare, investindo incessantemente em P & D e na educação uma grande parcela de seu orçamento para estabelecer a infraestrutura básica em P & D, o Governo Coreano instituiu em 1977 a KIST. O Senhor Governador também esteve na KIST, que é uma instituição de ensino de ciência e tecnologia. Foram criadas também a KAIST, que é o ensino avançado em ciência e tecnologia, e outras instituições para formar pessoas com um conhecimento específico em ciência e tecnologia. Assim, com o resultado desse processo, hoje nós estamos enfrentando um novo desafio, que é a era global, globalizada, a era do conhecimento. Nessa era a importância das pessoas, da  inteligência humana e o mais importante; hoje em dia já não é mais uma simples inteligência, precisamos de pessoas inteligentes e criativas globalmente. E, por isso, nós estamos buscando uma nova estratégia de tecnologia, ciência e educação para buscar e poder educar pessoas mais criativas, mais globalizadas. Então, estamos tentando fugir um pouco daquele sistema de vestibular em que toda educação é feita para passar nos vestibulares. Então, estamos buscando novos sistemas em que as crianças possam buscar a sua verdadeira vocação e para desenvolverem as suas próprias potencialidades e buscar os seus sonhos fora desses sistema puramente de passar nos vestibulares, enfim. E essa nossa estratégia é também uma estratégia para diminuir os altos custos que as famílias pagam para oferecer aulas particulares ou aulas fora da escola para as suas crianças. Assim, nós temos a consciência de que o âmago do desenvolvimento da educação, da ciência e tecnologia é o cultivo de seres humanos criativos que possam aliar em si a matemática, a ciência e a arte, então,  nós chamamos isso chamamos isso de Educação do STAM, que alia ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática, é o nosso sistema. É parecido com o MIT, da Alemanha, mas nós demos um passo a mais, além do MIT alemão. Além disso, para fortalecer a capacidade do professor, nós temos um sistema no qual os professores mais destacados são recompensados. Então, para os professores do ensino médio e do fundamental também é dado um ano sem dar aula para que eles possam aperfeiçoar os seus conhecimentos e também diversas oportunidades para continuarem os seus estudos para melhor ensinarem as crianças. Além disso, nós estamos tentando criar um modelo de graduação com competitividade e com diferenciação.
Nessa nossa estratégia, as universidades locais e as indústrias locais desempenham um papel importante porque eles se tornam a base para o cultivo de pessoal especializado e diferenciado, ou seja, as universidades locais e as indústrias locais se dão as mãos para uma educação mais específica e diferenciada para criar um desenvolvimento regional. Assim, a KAIST, a GIST, DEGIST, UNIST e a POSTECH também, enfim, são essas instituições que representam esse tipo de iniciativa, e eles têm ambições não só regionais, mas em nível nacional, de criação e de mão-de-obra, de autoconhecimento. Nós estamos buscando o fortalecimento das universidade com aulas de nível mundial.
Também fiquei sabendo do Programa do Governo do Estado de Ciências sem Fronteiras, que consiste em apoiar as grandes universidades e os alunos mais inteligentes. A Coreia também tem GKS, que é um sistema de bolsas para estudantes globais. Por meio desse programa, o Governo Coreano apóia estudantes coreanos que querem estudar fora ou estudantes estrangeiros que querem estudar na Coreia. Na USP ou outras universidades estaduais, podem ser convidados a estudar na Coreia por meio desse programa. Para que essas atividades, esses empreendimentos possam gerar frutos, nós gostaríamos de que, a partir dessas trocas de pessoal, trocas de estudantes mais destacados dos dois países, esse tipo de iniciativa pode trazer uma grande contribuição no desenvolvimento tecnológico dos dois países. A Coreia, baseada na tecnologia da informação de alto nível, conseguiu estabelecer em todas as escolas internet de velocidade muito alta, em todas as escolas e universidades, é o que chamamos de smart learning, “aprendizagem inteligente”, em que as tecnologias de informação mais avançadas vêm para dentro da sala de aula. Eu acredito que esse modelo seja um dos mais avançados do mundo. O Brasil tem dimensões continentais e, por isso, eu tenho certeza de que o Brasil também está prestando muita atenção em educação à distância, por meio da internet, em virtude de suas dimensões territoriais. Então, eu acho que há muito campo para integração e intercâmbio dos dois países.
A partir e 2007, a Cidade de Busan, na Coreia, enviou professores de ciências e matemática para Chicago, Estados Unidos. Além disso, tem enviado professores para Inglaterra e Canadá para ensinar matemática e ciências. Então, eu acho que também é um outro campo de intercâmbio, de troca de professores, de intercâmbio de professores também na área de esportes e na área de língua portuguesa. Então, eu acho que podemos ter programas de intercâmbio de professores, o Brasil providenciando professores de português e de esportes, por exemplo.
                Enfim, a Coreia hoje busca uma segunda arrancada na área de tecnologia e ciências, com objetivo de construir um país feliz, e nós gostaríamos de compartilhar a experiência do desenvolvimento coreano, baseada em ciência e tecnologia, e também gostaríamos de aprender com o mundo lições importantes, comunicando-nos com todos os outros países do mundo. Nós queremos compartilhar o futuro, então, vamos ver um vídeo relacionado a isso. (Projeção de vídeo).
Obrigado por terem me ouvido até agora. Assim finalizo a minha apresentação. Obrigado. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                Neste momento, nós teremos a apresentação do segundo painel. O nome do painel é Oportunidades de Cooperação com as Universidades Coreanas. Para que os senhores entendam, nós teremos as considerações de três pessoas, uma delas, do Instituto Avançado do Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, uma segunda pessoa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, da Coreia do Sul, e posteriormente a Universidade de Yonsei da Coreia do Sul.
                Começamos escutando as considerações do Senhor Donsu Kim.
Sr. Donsu Kim
                Eu estou muito honrado por apresentar a nossa Universidade de KAIST, diante de vocês. Eu sou Donsu Kim, faço parte da delegação da KAIST, estamos aqui para a cooperação do Projeto da KAIST, como parte do Programa Ciência sem Fronteiras.
O objetivo da nossa colaboração é para que o Brasil e a Coreia juntos melhorem o nosso mundo. Ambos os países vão se beneficiar dessa colaboração, vão ampliar os intercâmbios acadêmicos, disseminar a colaboração entre as universidades e fortalecer os laços entre os dois países. Para a KAIST, será uma oportunidade para colaborar com base nos nossos campi. Por que KAIST é um bom local para os brasileiros? KAIST quer dizer Korea Institute of Science and Technology, Instituto Avançado da Coreia para Ciência e Tecnologia, ela cria programas para ciência e tecnologia. Aqui nós temos um pequeno filme com o histórico da KAIST, ele tem dois minutos e 23 segundos. (Projeção do filme).
                “Em 71, KAIST foi estabelecida como uma universidade orientada para as pesquisas, para a sociedade de engenheiros da Coreia. KAIST já qualificou mais de 33 mil formandos, com 25% da mão-de-obra da Samsung e mais de 10 dos professores de engenharia trabalhando nas universidades da Coreia. Ela estabeleceu os alicerces para a ciência da Coreia e também fez o milagre econômico na Coreia. Hoje 3.300 alunos de graduação e 4.400 de pós-graduação estão sendo qualificados para se tornarem cientistas e líderes mundiais. O Centro de Ciência e Tecnologia, casa de inovadores, tecnólogos e cientistas, ele é o passado, o presente e o futuro da KAIST. As bolsas dos alunos de formação da KAIST estão no nível das universidades americanas. Os alunos de graduação da KAIST vêm dos top, 1% dos alunos de graduação. As nossas competências centrais são o nosso quadro de docentes, líderes mundiais que desenvolvem pesquisas de alta qualidade. Com inauguração da Presidência Dong Seol Pior, em julho 2006, a KAIST está avançando para se tornar a universidade focada em pesquisa na liderança mundial. A sua prioridade é transformar a KAIST em uma das universidades orientadas para pesquisa de melhor qualidade do mundo, com mais de 1 bilhão de dólares de financiamento, assegurando o quadro de docentes de alta qualidade, e esse é o caminho que está sendo trilhado pela KAIST para se tornar uma universidade líder mundial”.
                Eu acho que vocês já aprenderam com o filme, mas uma questão especial com relação à KAIST é que ela começou com programas de pós-graduação em 71, com mestrados e doutorados. Na época, não tínhamos graduação, só pós-graduação. Na década de 70 a Coreia precisava muito de cientistas e engenheiros com uma boa qualificação, então, a Universidade KAIST foi inaugurada com a missão governamental de qualificar engenheiros e cientistas. Então, a graduação foi acrescenta em 86, e a KAIST tem programas especiais de MBA, chamado Techno MBA, que é a Faculdade de Administração associada com a de Tecnologia, e a maiores dos alunos vêm de escolas de ensino médio com alto rendimento escolar.
                Onde está KAIST no mapa? A Cidade De Jong, onde fica KAIST, fica no meio da Coreia do Sul, com uma população de 1 milhão e meio de habitantes, é muito próxima à Capital, Seul, menos de uma hora com o trem expresso, e é próxima também da capital administrativa que está sendo construída. O nosso programa de MBA é no campus de Seu.  Em De Jong, temos algo chamado de TDOC, Complexo TDOC, TDOC Inópolis – Inópolis significa a cidade da inovação. Existem muitos institutos de pesquisa em Inópolis e muitos star ups de alta tecnologia, de high tech.
Aqui temos os rankings e os resultados da KAIST. A KAIST é a número 01 como universidade coreana desde 2008 até 2011, por quatro anos consecutivos, por um dos jornais mais importantes da Coreia, Juank. De acordo com o ranking de universidades mundiais, ela ocupa o lugar no 27 em engenharia, ITI, e no 57 e ciências naturais.
Quais são as vantagens da KAIST? Ela oferece bolsas totais, os nossos professores falam inglês, os alunos podem atender seus requisitos curriculares com aulas em inglês, nós temos um quadro de docentes de alta qualidade e também instalações de alta qualidade e pesquisas de ponta. Mais de 60% dos alunos vêm da ciência, de escolas de ciência, e a KAIST tem um sistema de graduação muito flexível e ambientes internacionais no campus da KAIST. A KAIST oferece várias oportunidades acadêmicas fora de sala de aula, temos vários programas de intercâmbio com 77 universidades de 26 países e temos programas de graduação conjunta com outras universidades no mundo todo. A KAIST tem seis escolas: ciências, engenharia, entre outros, e uma escola de negócios, que é a faculdade de administração. Essas faculdades e programas incluem a ciência fundamental e toda a parte de engenhara e de tecnologia. A pós-graduação da KAIST também tem laboratórios e investe nisso como a espinha dorsal do seu crescimento: 25% dos eletrônicos da Samsung e da sua P & D vem de lá e 11% dos professores de engenharia da Coreia estão lá. A KAIST não só tem pesquisas fundamentais, mas também ela desenvolve tecnologias e pesquisas de ponta. EEWS significa energia, ambiente, água e sustentabilidade. OLEV quer dizer online eletric vehicle, veículo elétrico online, ROBO é robótica, e Earth Observing Satellite, Satélite de Observação da Terra.
Para os alunos, ou para os pais dos alunos agora, todos os alunos lá moram em dormitórios de estudantes. Há muitas atividades acadêmicas, temos muitas instalações desportivas cobertas e abertas. Também temos o centro médico no campus para os colaboradores e alunos; quando eles têm algum problema de saúde eles podem se dirigir a esse centro médico. Existem várias atividades extracurriculares no campus e fora, e também perto da Cidade, principalmente para as comunidades internacionais. Os alunos podem ser um kaistiano, um cidadão da KAIST durante um ano.
Nós temos brasileiros na KAIST. Na verdade, nós temos 10 alunos brasileiros no momento: cinco estão matriculados em programas regulares e um dos alunos está aqui, não está? Onde ele está?
A KAIST busca excelência acadêmica e valoriza a liderança e o potencial de crescimento, e todos os nossos professores dão aulas em inglês, então, nós exigimos a proficiência em inglês como um critério de seleção.
Para os ingressos de alunos em 2012, aqui nós temos as datas, os prazos para as missões de pedidos de ingresso para graduação e pós-graduação.
Há dois meses, nós fizemos um memorando de entendimento com o CNPq. De acordo com esse memorando de entendimento, a KAIST vai ter o ingresso de até 10 alunos, 10 de mestrados, 10 de doutorados e 10 de graduação por ano. Acreditamos que esse acordo é um novo patamar de colaboração entre o Brasil e a Coreia. Mediante esse acordo, a nossa projeção é que a KAIST é uma universidade globalizada. Em torno de 5% dos nossos alunos e nossos professores vêm do exterior. A KAIST quer aumentar esse proporção. Atualmente, como eu já disse, existem 10 estudantes brasileiros lá. E, na verdade, os sul-americanos têm uma representação minoritária.  Queremos ter em torno de  100 alunos brasileiros em 2014.
Aqui nós temos os planos dos alunos brasileiros para criar uma base de dados das melhores escolas de ensino médio e universidades brasileiras. Nós queremos também ter um contato regular com professores brasileiros, ter também um representante de ingressos internacionais no Brasil, disponibilizar informações sobre ingressos e ter o feedback dos alunos brasileiros.
Se vocês quiserem mais informações, vocês podem visitar a nossa página na internet, pegar o nosso catálogo lá fora e entrar em contato posteriormente. Muito obrigado por sua atenção. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                O Programa Ciência sem Fronteiras, lançado no dia 26 de julho de 2011, é um programa do Governo Federal que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira, por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O projeto prevê a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos.
                Ainda dentro do Painel Oportunidades de Cooperação com as Universidades Coreanas, ouviremos o Senhor Taihyun Chang, da Pohang University of Science and Technology, Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, da Coreia do Sul.
Sr. Taihyun Chang
                Boa-tarde, sou Vice-Reitor da POSTECH. Estou muito feliz de poder estar aqui dirigindo essa palavra para apresentar a POSTECH para os senhores. Devem conhecer bem, mas a Coreia fica muito longe do Brasil. Podemos voar para o leste ou para o oeste para virmos para o Brasil, mas não tem nenhum diferença em termos de tempo; nós viemos pelo oeste, por meio  de Doha.
Pohang fica a 370 quilômetros de Seul, a sudeste de Seul e logo abaixo da Cidade de Ulsan, que é a cidade industrial mais importante da Coreia. Em Ulsan está a Hyundai Motors, também o Complexo Petroquímico de Ulsan, também a Hyundai, Indústria Pesada, além da Hyundai Indústria Naval. Podemos dizer que a Coreia do Sul é a Número 01 em indústria naval, celulares e também a indústria petroquímica está entre as cinco maiores do mundo. A indústria mais importante em Pohang é a Posco, que é a siderurgia. Nós iniciamos as atividades na década de 70 com 1 milhão de toneladas de ferro, de aço na época. Em 25 anos, estamos produzindo 35 milhões de toneladas e nos tornamos a 3ª maior siderúrgica do mundo. Na época em que a Posco foi construída, todo mundo disse que era um projeto maluco. Há 25 anos, a Posco tem uma ideia muito diferente: a Posco sentiu, há 25 anos, que havia limitações em crescer com um indústria local, e, por isso, a Posco criou uma universidade local, que se chamou POSTECH. Ela também é um representante da cultura do pali pali, da rapidez coreana característica, e, muito rapidamente foi destruída uma montanha para construir essa universidade. Em dezembro, a POSTECH comemora 25 anos.
Podemos ver nesse slide que o objetivo da POSTECH é cultivar seres humanos globais. Como a universidade foi erigida por uma iniciativa de uma empresa, por isso a base do espírito da POSTECH está com uma tecnologia voltada para a indústria tecnológica e em cultivar mão-de-obra especializada para a indústria tecnológica e também em cultivar professores especializados em indústria tecnológica. Esses são os nossos objetivos para cultivar alunos e professores capacitados e criativos para a indústria tecnológica.
O que faz da POSTECH diferente e importante? Primeiro, ela é uma universidade muito nova, tem 25 anos, e é muito pequena, tem apenas 3 mil alunos e 260 docentes, mas a universidade está crescendo na sua busca da excelência e buscando ser uma universidade de aulas de nível mundial, esse é o nosso lema. Bom, nós estamos mantendo um corpo docente destacado, e também, da mesma maneira, os estudante do mais alto nível. E também damos todo o suporte financeiro necessário para poderem estudar sem dificuldades financeiras e um ambiente de vivência muito agradável. O nosso forte é uma cooperação entre a academia e a indústria, e também, para uma educação mais globalizada, nós oferecemos aulas bilíngues, em coreano e em inglês. O nosso programa acadêmico tem 10 cursos bem ortodoxos, nós temos seis habilitações em engenharia, e recentemente nós acrescentamos uma habilitação chamada tecnologia criativa, e nós temos agora 11 programas e também temos um programa de pós-graduação, bem como uma faculdade de humanidades.
Qual é o aluno mais importante para nós? Nós temos 1.300 alunos de graduação, eles são aqueles que ocuparam os primeiros lugares no ensino médio, e depois o restante, são os de pós-graduação. E 80% dos nossos mestres fazem doutorado e temos um nível muito excelente no nível de doutorado. Deles, 260 seguem o caminho acadêmico, de se tornarem professores, e outros 300 são mais voltados para o mercado. Eu acho que nós prevemos 20% de aumento nos próximos cinco anos. Como a nossa universidade é pequena, nós temos uma boa razão, uma proporção entre o número de professores e alunos, que é o nosso forte. Nós temos 1 bilhão de dólares de um fundo de bolsas para os alunos.
Assim, os nossos alunos de graduação e de pós-graduação, como é que eles partem para a vida profissional após a universidade? Nós vemos aqui a distribuição. Nós gostaríamos que mais doutorandos se concentrassem na área de pesquisa. Nós estamos concedendo 160 milhões de dólares em bolsas para os doutorandos. Com base nisso, na avaliação da POSTECH no exterior, vamos ver, estamos ocupando o ranking 53 nas universidades mundiais. É uma universidade nova, com poucos alunos, pois pouco conhecida no mundo. Por isso, nós estamos tentando buscar mais reconhecimento internacional. No ranking das citações, estamos melhor colocados, no 39º, primeiro em termos de Ásia.
O que nos deixa ainda descontentes é que a Posco, que é a entidade que nos suporta, é uma empresa que cresceu fulminantemente em 35 anos, mas nós não conseguimos tal crescimento fulminante como a própria Posco. Então, essa é uma fonte do nosso descontentamento, mas, enfim, nós estamos buscando um desenvolvimento ainda maior. O nosso maior motivo de orgulho, dentro das nossas instalações, é o laboratório de acelerador. Então, nesse prédio redondo é uma unidade que aproveita as radiações que são geradas nesse acelerador. Em um segundo, a luz gerada nesse acelerador gira 1 milhão de vezes nesse espaço redondo. É o nosso motivo de orgulho, que esse acelerador ter sido montado com a tecnologia puramente coreana, e a luz gerada nesse acelerador está dando contribuições muito grandes no desenvolvimento da ciência e tecnologia coreanas. Isso foi construído há 15 anos, foram investidos 2,5 bilhões de dólares, e no ano assado foram investidos mais 1 bilhão de dólares para melhorar ainda mais essas facilidades, e ainda instalações adicionais ao lado desse acelerador. A luz gerada aqui é 100 milhões de vezes mais forte do que a luz que nós utilizamos no dia-a-dia. Depois, nós temos um centro de tecnologia de nanomateriais que também recebeu apoio do Governo. São desenvolvidos materiais de nanotecnologia, nanomateriais, novos materiais para desenvolvimento tecnológico nessa área. Depois, nós temos a Biblioteca Kedium, biblioteca digital. Tudo está online, digitalizado, não há nem a necessidade de visitar fisicamente a biblioteca, ali nós temos 7 mil jornais científicos.
Além disso, o que atrai a atenção dos estudantes estrangeiros é que tudo é bilíngue na universidade, as aulas, o material e todas as habilitações, bem como a graduação e a pós-graduação são feitas em coreano e em inglês. Além disso, nós ensinamos coreano e cultura coreano para os estrangeiros que vêm estudar na POSTECH. Mais uma coisa: temos o centro ISSS, que é o centro de serviços de bolsas internacionais, que é um centro que oferece todos os serviços relacionados a bolsistas estrangeiros. Aqui, é sobre o alojamento estudantil, então, vou passar. Nós temos alojamentos para estudantes casados, inclusive. E também temos uma parte do alojamento estudantil em que os estrangeiros que falam inglês vivem junto com coreanos, para que os estudantes coreanos possam aprender melhor o inglês. Essa unidade está sendo ampliada porque há muitos alunos coreanos querendo estudar melhor o inglês, morando com alunos que vêm de fora. E também há várias atividades de lazer que podem ser desenvolvidas, como piscinas, academias. E pertinho de Pohang está a Kang Ju, que é uma cidade tombada, histórica pela UNESCO como patrimônio histórico mundial, onde tem inúmeras relíquias e sítios históricos, está há 30 minutos de ônibus de Pohang. E Pohang é uma cidade portuária, portanto há uma riqueza de frutos do mar para se comer.
Assim, eu fiz uma apresentação muito breve sobre a POSTECH. Nós não estamos contentes ainda, nós queremos nos desenvolver ainda mais, queremos trazer estudantes talentosos do mundo todo para melhorar ainda mais o ensino na POSTECH e da Coreia. Por isso, estamos recomendando fortemente para que estudantes brasileiros também venham estudar na POSTECH, ficarei feliz em recebê-los. (Palmas.)
Mestre de Cerimônia
                Ainda dentro do Tema:  Oportunidades de Cooperação com as Universidades Coreanas, ouviremos o representante da Universidade de Yonsei, da Coreia do Sul, Senhor Dongno Kim.
Sr. Dongno Kim
                Boa-tarde. Eu sou Dongno Kim, Chefe da Secretaria de Admissões da Universidade de Yonsei. Eu estou muito feliz e honrado de poder participar desse encontro tão significativo. Agradeço ao Senhor Governador, ao nosso vice-Ministro e a todos que permitiram este acontecimento. Sobre a Universidade Yonsei eu vou dar uma explicação muito breve.
                A Universidade Yonsei é a universidade mais antiga da Coreia. Como podem ver nesse slide, foi fundada em 1885. O espírito de fundação da universidade vem da Bíblia. A última sentença diz: Você saberá a verdade e a verdade te libertará. Essa é uma oração bíblica que traduz o espírito de criação, de fundação da universidade. Essas fotos mostram a universidade, a estátua de um missionário americano, Underwood, que fundou a universidade em 1885, um missionário norte-americano que veio à Coreia. Alguns dados importantes podem ser observados nesse slide. Por meio desses números os senhores podem ver que, em relação à KAIST e à POSTECH, é uma universidade muito maior. Nós recebemos 3 mil alunos somente na graduação. O número total de alunos é de cerca de 40 mil, e o número de alunos estrangeiros também ultrapassa 3 mil. É a universidade coreana com o maior número de alunos estrangeiros da Coreia. O que isso significa é que a universidade Yonsei sabe como cuidar de estudantes estrangeiros. Quando eles vêm à nossa universidade podem ser muito bem tratados pela nossa longa experiência. Nós temos também 200 professores estrangeiros. Esse número está aumentando muito rapidamente e a perspectiva é de que aumente ainda mais. E isso mostra o nível de financiamento de pesquisas que estão no nível da POSTECH e da KAIST.
                Como falei agora há pouco, a universidade de Yonsei é uma universidade grande. Há 17 faculdades com mais de 50 departamentos e na pós-graduação temos 16 programas de faculdades,e quase todos os departamentos existentes nas melhores universidades norte-americanas estão na Yonsei: medicina, humanidades, direito, música, enfim, todos os departamentos-chave da pós-graduação são gerenciados pela universidade.
Sobre a globalização, hoje, neste lugar, eu acho que a Universidade de Yonsei e o Rio Grande do Sul estão enfrentando um momento de globalização, tanto a Universidade de Yonsei quanto o Governo do Rio Grande do Sul. Esse slide mostra como a nossa universidade busca ativamente a globalização. Um grande número de estudantes vai para fora, tanto quanto muitos estudantes procuram a universidade. E 30% das nossas aulas são feita sem inglês. Por isso, quando os estudantes estrangeiros vêm, não sofrem tanto problema linguístico. A Yonsei também tem um programa de ensino de língua coreana para estrangeiros mais antiga do país. É claro que nós estamos falando de ciências e tecnologia hoje, mas é claro que, nas nossas conversas de cooperação entre a Coreia e o Brasil, a ciência e a tecnologia vão estar na ponta, mas o verdadeiro intercâmbio entre duas culturas está no intercâmbio de língua e da cultura, do espírito e da filosofia, é assim que eu acredito. Como todos sabemos, o Brasil é o país com o melhor futebol do mundo; a Coreia também está tentando, está meio longe de se chegar lá, nós temos muito a aprender nesse campo, mas a Coreia tem o melhor taekwondo do mundo, por isso, algum dia, acredito que nós podemos ensinar taekwondo e receber ensinamentos de futebol.
Ontem, eu tive um pouco de tempo, então, fui a um museu em São Paulo. Lá, eu vi muitas pinturas europeias. Eu pude ver a influência da cultura europeia sobre o Brasil, mas a Ásia tem uma história de 5 mil anos. Se o Brasil puder aliar as influências europeias com as da Ásia, eu acredito que o Brasil possa chegar a um nível de criatividade muito maior do que antes. Para isso, eu acho que o aprendizado da língua, da cultura e da filosofia asiáticas é um ponto muito importante. O centro de língua coreana para estrangeiros da nossa universidade ensina não somente a língua, mas a história e a cultura coreana para os estrangeiros. Esse programa ainda que não venha estudar na Coreia, não é preciso ser aluno da universidade para frequentar esse curso de língua coreana.
Agora, falando um pouco sobre as instalações da universidade, eu falei agora há pouco da POSTECH e da KAIST que ficam em regiões distantes de Seul; Yonsei fica em Seul. Seul foi a capital da Coreia por 600 anos, então, Seul possui muitos castelos que são patrimônio histórico da Coreia, e dentro do campus temos um pequeno palácio antigo. Agora, esse prédio, que é o mais moderno da universidade, é a biblioteca, que foi erigida com uma grande contribuição dada pela Samsung Eletrônica. É claro que por fora parece bonito, mas por dentro é ainda mais impressionante. Essa biblioteca da Samsung é um prédio que oferece tantas atividades que não somente o estudo, então, existem várias atividades que acontecem dentro da biblioteca. Esse prédio é o alojamento para estudantes estrangeiros. Muitos estudantes estrangeiros que vivem aqui se sentem totalmente satisfeitos. A Universidade de Yonsei, como falei agora há pouco, fica em um bairro chamado Ching Chong Nun, em Seul. Tem esse campus principal, e, no ano passado, abrimos um novo campus na Cidade de In Chong, que é a cidade onde fica o aeroporto internacional, fica há 30 minutos do aeroporto, e chamamos esse campus de campus global, porque nesse campus todas as sulas são dadas em inglês, para que os estudantes estrangeiros possam estudar sem o problema da língua. Nesse slide estão as fotos do campus global.
Como a universidade seleciona os seus alunos? Provavelmente, não deve diferir de outras universidades: excelência acadêmica é o critério mais importante, mas tão importante quanto é a sua personalidade e a sua mentalidade. A avaliação sobre o talento do aluno é o quanto é criativo. Este é um dos pontos mais importantes: o seu espírito de cidadania e também o seu talento para liderança globalizada, são alguns quesitos que exigimos para selecionar os alunos. Aqui, sobre o currículo, acho que não deve interessar tanto os senhores, mas aos alunos da graduação, durante o ano inteiro, nós selecionamos alunos o ano inteiro, exceto setembro, outubro e novembro. Na avaliação é exigida documentação a respeito da sua vida acadêmica. Quantos alunos de graduação selecionamos em um ano: 3.400 novos alunos são selecionados, mas, em geral, 90 mil alunos inscrevem-se para essas 3.400 vagas. Por isso, eles estão entre 1% top acadêmico da Coreia. Os alunos de pós-graduação são selecionados duas vezes ao ano, diferentemente de outros países, por exemplo Estados Unidos, na Coreia o ano acadêmico começa em março, por isso, nós selecionamos para o mês de março e selecionamos também em setembro. O que é exigido para isso? Há uma exigência de língua coreana, mas a competência de língua coreana logo agora será transformada em requerimento para a conclusão e não para a entrada no programa de pós-graduação.
O sistema de avaliação é muito semelhantes às demais universidades do mundo: o quão excelente academicamente ele é. Para que um aluno possa obter um título de mestre, ele precisa de 30 créditos – em número de aulas, são 10 disciplinas – e ele tem que manter uma média de notas. Para doutorado são necessários mais 30 créditos.
Quanto aos valores, um ano custa cerca de 10 mil dólares, as mensalidades. Eu não conheço bem as condições do Brasil, mas em comparação a universidades americanas é um valor bem mais baixo. Boa parte dos alunos de graduação recebem bolsas parciais ou integrais. Eu acho que principalmente estudantes estrangeiros, então, acho que o problema das mensalidades não é tão importante.
Esse é o nosso slogan: O primeiro e o melhor. Então, primeiro é um fato, porque nós somos a primeira universidade coreana, e o melhor é o nosso lema. Agora, nós ouvimos da KAIST e da POSTECH, eu compreendo que as duas universidades são também universidades de excelência, por isso, eu acho que tenho que corrigir isso para: O primeiro e município dos melhores, já que as duas universidades também são de excelente qualidade.
Na Coreia, além dessas três universidades, existem 200 universidades coreanas de grande excelência acadêmica, e todas elas desejam manter intercâmbio com universidades brasileiras. Então, acredito, desejo que daqui para a frente esses intercâmbios se intensifiquem muito mais. Hoje, nós assinamos documentos muito importantes. Eu representando a universidade, em nome do nosso Reitor e de todos os alunos, comprometo-me a cumprir todas as cláusulas desse acordo assinado hoje. Eu desejo que os estudantes brasileiros possam vir à Coreia e à nossa universidade, que está de portas abertas para vocês. Obrigado. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                Chegamos agora ao nosso Terceiro Painel: Plano de Capacitação para Inovação Regional no Rio Grande do Sul. Para isso, ouviremos do Instituto de Políticas de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, o Senhor Yongsuk Jang.
Sr. Yongsuk Jang
                Eu acho que sou o último. Eu sei que agora vocês já estão cansados, então, eu vou tentar encurtar um pouco, o máximo possível para dar um intervalo à nossa tradutora do coreano, eu vou apresentar em inglês.
O que eu vou tentar apresentar a vocês hoje é uma proposta, é para o Banco de Desenvolvimento Interamericano. Provavelmente, é um programa de uns 10 anos, 2 milhões de dólares por ano – provavelmente estou falando, muito provavelmente. Esse é um programa que nós submetemos ao comitê, esperamos uma resposta para o começo do ano que vem. Mas antes disso, eu vou tentar explicar por que nós estamos tentando dar início a esse programa. Mas antes disso eu tenho que dizer que sou do STEPI – está escrito ali embaixo –, que é um Instituto de Políticas de Ciência e Tecnologia, que é um círculo de reflexão, então, somos diferentes das outras entidades, que são universidades.
Eu sei de onde eu venho e eu sei onde estou. Estou aqui no Brasil, certo? Nós admiramos muito sua terra com dimensões continentais, a enorme quantidade de recursos naturais, e eu acho que vocês sabem onde fica a Coreia, certo? É  um paizinho pequeno, e mesmo esse paizinho pequeno é dividido em dois, e é claro que viemos do sul, lógico. Essa terra era o segundo país mais pobre do mundo depois da Segunda Guerra Mundial. No ano passado, nós nos tornamos a 11ª maior economia do mundo. O que aconteceu? Eu gosto de argumentar que a ciência e a tecnologia estiveram por trás disso, desse desenvolvimento, e a educação foi o pilar da ciência e da tecnologia. Muitos slides já foram referenciados pelo nosso Vice-Ministro, então, eu vou pular todos esses que já foram falados.
Muito bem, a rede global, a colaboração global apoiou o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na Coreia, assim como as políticas industriais e econômicas. Como isso aconteceu? Deixe-me mostrar. Como o Vice-Ministro explicou, a Coreia empreendeu quatro estágios básicos. O primeiro foi na década de 50 até a década de 70, o início da década de 70, em que tentávamos imitar os países e economias avançados. Muito bem, depois de construir um pouco de nossa capacitação, tentamos alcançar os países avançados com a nossa ciência e tecnologia. Na década de 90 e depois, no ano 2000, tentamos passar a inovar, e, nessa época, a Samsung, a LG, a Hyundai, todas as empresas surgiram. E agora, estamos realmente tentando fazer o quê?  Fazer inovação endógena. O que estamos tentando realizar é criar a nossa própria tecnologia, como a Apple. Até o ano passado, nós éramos destinatários, digamos assim, de todos os recursos de países avançados. No ano passado, nós entramos para o Comitê de Desenvolvimento Mundial. Isso significa que nós nos tornamos doadores, nós passamos a conceder esses benefícios, foi o primeiro país que se tornou o cedente. Ela passou de um lado para o outro dessa equação e chegou a hora de retribuir a comunidade global, portanto. Há muitas demandas dos países em desenvolvimento.
Como a Coreia pode realizar esse milagre? Nós fazemos bentmarketing, nós estamos dispostos a partilhar essas informações com vocês, nós investimos muito no nosso trabalho para trabalhar com a comunidade global, com a África, com o Sudeste Asiático e até mesmo com a América Latina, com a região do Caribe e todos os seus países, temos que partilhar essa experiência. Por isso, nós, como círculo de reflexão de políticas de ciência e tecnologia, queremos dar início a esse programa.
Muito bem, o programa, a visão geral do programa. Ele tem como propósito ajudar, dar assistência aos países em desenvolvimento para construir a sua capacitação para inovação regional. O escopo é América Latina e países caribenhos. Deixe que os próprios países façam com as suas mãos, essa é a proposta, mas como? Estamos tentando fazer um tio de coaching, uma orientação com algumas pessoas-chave. Vamos capacitar algumas pessoas em relação a como nós, coreanos, pensamos, refletimos e abordamos a construção de uma grande estratégia de ciência e tecnologia que pudesse durar 50, 60 anos, como no nosso caso. Então, o produto final será um círculo de reflexão regional, com a capacidade de desenvolver a sua própria estratégia e os seus próprios programas. E o resultado final será apoiado também pelo Governo Coreano. A outra questão é que não haverá só países selecionados, mas vamos tentar ligar os países para que se ajudem mutuamente, para promover a sua inovação regional. Estas são as duas atividades focais: coaching, uma orientação, e também as redes interregionais de inovação. Estamos agora tentando construir esse programa de 10 anos, mas dividido em três fases. Nos primeiros dois anos vamos tentar criar uma grande história de sucesso e, nos próximos oito anos, vamos tentar ampliar essa história, essas melhores práticas para os outros países, e, nos últimos dois anos, vamos tentar avaliar tudo isso, revisar e ver; se tiverem sucesso, vamos ampliar mais, se não houver sucesso, vamos tentar analisar quais foram as questões. E, como hoje já disse, é uma proposta, estamos submetendo à IEDB, estamos solicitando recursos, e eles já disseram que isso não acontecerá, mas estamos negociando, vamos ver o que podemos fazer.
O programa tem um marco conceitual, uma referência, um referencial. O Governo Coreano gosta muito desse conceito para abordar outros países. Então, para criar e criar a capacitação para um desenvolvimento autossustentável, isso é muito importante, não só dar o peixe, mas, sim, dar a vara de pesca e ensinar como pescar. Essa é a capacidade para um desenvolvimento autossustentável, e, para isso, existem três elementos essenciais. O primeiro, é claro, vocês precisam de grandes universidades, institutos de pesquisa, instrumentos, equipamentos, tudo isso. Essa é a parte do hardware, das ferramentas, é claro que vocês precisam dela, mas só se vocês tiverem recursos humanos que possam lidar com todo o hardware... Aqui está o software, os recursos humanos. Essas duas partes têm que trabalhar juntos, e não de forma separada, esses dois elementos têm que ser combinados com apoio mútuo par aa estrutura total, mas existe um último elemento que é muito importante, que é a estratégia, ou seja, como você vai combinar o hardware e o software. Se você colocar Windows no 386 não funciona, mas se você tiver um computador atual com DOS também não funciona. Você precisa fazer a correspondência perfeita entre o software e o hardware, você precisa analisar as suas condições contextuais, seus pontos fortes e fracos, as suas oportunidades, fazer todo esse mapeamento, e, a partir daí, tentar encontrar a estratégia mais adequada. Por isso, a estratégia é uma parte essencial desse marco. Com isso em mente, eu gostaria de argumentar que a Coreia pode ter muito sucesso com esse tipo de estratégia implementada. Então, com base nesse marco conceitual, eu fiz o design desse programa com base nesse referencial teórico.
Esse programa propõe criar um círculo de reflexão como o STEPI, o Instituto de Políticas de Ciência e Tecnologia, ele precisa ter as pessoas-chave, como os defensores, os representantes locais. Então, nós estamos tentando discutir com esses representantes, não vamos tentar discutir só uma vez, mas durante todo o processo vamos ter uma orientação contínua para analisar os seus próprios sistemas regionais de inovação e criar seus próprios círculos de reflexão para tentar desenvolver as suas próprias estratégias e, a partir daí, identificar os melhores planos de ação e programas. E, durante todo esse processo, nós vamos oferecer um coaching, uma orientação. Claro que tem os financiamentos IADB, mas claro que vários recursos locais também entrarão no jogo. Durante esse processo, os grupos internacionais de aconselhamento, grupos locais, autoridades locais e públicos locais e internacionais vão se reunir, e, ao longo desse processo, vamos ter uma inovação real e, se isso for bem sucedido na fase piloto, vamos tentar ampliar em outros países da América Latina e do Caribe.
Aqui nós temos o cronograma do programa total. Então, teremos três fases. Os primeiros dois anos são a fase piloto. Essa fase piloto tem que ser feita com muito cuidado, ela precisa ter grande potencial para você ter um sucesso. Então, provavelmente o Brasil, principalmente o Estado do Rio Grande do Sul, é um dos grandes potenciais. E, se tiver sucesso, então, vamos tentar expandir esse programa em outros países, mas os representantes locais aqui devem participar com outros países, pois este Estado pode ser um líder de todos e de toda a inovação regional da América Latina no futuro.
Atualmente, a IADB está trabalhando nesse projeto. Eles estão otimistas, mas disseram que isso nunca acontecerá. Então, esperamos que eles estejam errados, que o orçamento seja aprovado, mesmo que reduzido, mas eles disseram que estão positivos, então, pelo menos metade está garantida. Mas a questão é que o financiamento que estamos tentando homologar também é coreano, porque a Coreia está investindo muito na IADB. E esse fundo especificamente é para ajudar também a América Latina com sua inovação, então, seria uma correspondência perfeita, um casamento perfeito. Mas a questão mais importante: tentem agregar outros recursos locais, mas também os fundos coreanos da IADB, assim, esse programa vai conseguir ter a ignição necessária para dar a partida nesse motor da inovação na América Latina.
Muito obrigado por sua atenção. Infelizmente, o Senhor Governador teve que sair, infelizmente. Então, quem estiver interessado, por favor, repasse essa ideia para o Governador, Sua Excelência, e para os outros representantes. E no Panamá, no mês que vem, haverá um encontro de Ministros de Ciência e Tecnologia de toda a América Latina, e lá eu apresentarei uma palestra semelhante, porque existe uma série de países que estão apoiando essa iniciativa. Então, se o Brasil apoiar esse programa, ele será uma grande ideia. Muito obrigado por sua atenção. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                Chegamos agora ao momento do Edital FAPERGS do Programa de Bolsas de Estudo do Instituto Pasteur da Coreia do Sul. Ouviremos agora a Senhores Themis Reverbel da Silveira, presidente do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul.
Sra. Themis Reverbel da Silveira
                Boa-tarde. Eu quero, em primeiro lugar, saudar, evidentemente, os integrantes da delegação coreana e, de uma maneira muito especial, o Diretor do Instituto Pasteur da Coreia do Sul.
                Senhores, a FAPERGS, a nossa Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, foi criada há quase 50 anos, em 1964, e é a nossa agência de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico aqui do Estado. Ela é vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia. A FAPERGS não realiza pesquisa, e, sim, ela apoia projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. É uma entidade consolidada, ela é mantida por recursos do Tesouro do Estado, provenientes também de convênios e de outras parcerias. O apoio da FAPERGS se efetiva por meio da concessão de bolsas, recursos para aquisição e para manutenção de equipamentos, insumos para a pesquisa, formação e treinamento de recursos humanos, auxilia a realização e mesmo a participação em eventos.
                Esse Edital 08/2011 do programa de bolsas de estudo no Instituto Pasteur da Coreia do Sul, que nós estamos lançando agora, é disso um exemplo magnífico. O instituto coreano é uma instituição de pesquisa ligada ao Instituto Pasteur francês e que tem um renome internacional. Ela é considerada líder, a instituição, no desenvolvimento, entre outras coisas, de fármacos que utilizam tecnologia de ponta e inclusive análise automatizada de imagens. Alunos de graduação nas áreas de ciência biológica, que inclui farmácia, bioquímica, biologia e ciências biomédicas, nas áreas de ciências exatas, que são química, ciência da computação e ainda engenharia química e de materiais, de instituições de ensino superior nossas, tanto públicas quanto privadas, esses alunos poderão se inscrever, desde que essas instituições tenham sede aqui no Rio Grande do Sul. Alunos, então, com capacidade muito acima da média poderão se candidatar a uma bolsa que terá a duração de um ano, desde que atendam as exigências, evidentemente, do nosso edital, que será apresentado posteriormente, e que tenham, eu friso, um rendimento acadêmico acima da média. O prazo para a postagem dos documentos e das solicitações é até 05 de dezembro do corrente, a divulgação será no início de janeiro de 2012.
                Eu quero dizer que iniciativas como esta que nós estamos aqui discutindo, essas iniciativas deverão influenciar, e positivamente, o desempenho dos nossos universitários, deverão modificar a realidade hoje no Brasil de que menos de 5% dos alunos de graduação se orientam para os programas de pós-graduação, menos de 5%! Essa decisão que agora se toma é mais uma iniciativa que torna, acredito eu, o ano de 2011 um marco na história da FAPERGS. Nós estamos desenvolvendo também novas modalidades de apoio em áreas consideradas essenciais, e entre muitas iniciativas que estamos tomando na FAPERGS algumas eu quero citar. Em primeiro lugar, o edital criativo, inovador, o edital de doutor na empresa, edital esse que contempla mestres e doutores e que é uma estratégia inovadora e que deve estimular uma saudável integração universidade-empresa. Há uma outra iniciativa que me parece extremamente interessante também, que é o nosso Programa Biota, Biota do Rio Grande do Sul, Biota FAPERGS, e que vai permitir ampliar enormemente o conhecimento da biodiversidade do nosso Estado, do nosso País, que é quem tem no mundo a maior biodiversidade, mas nós não conhecemos toda a biodiversidade do nosso Estado, e isso a FAPERGS vai estimular.
                Atualmente, o nosso País e o nosso Estado vivem momentos decisórios que eu considero muito importantes; então, há iniciativas por parte dos Governos, tanto federal quanto Estadual, e que mostram a clara disposição de encaminhamento de projetos como esse, que promovem o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e muito especialmente da inovação.
O Brasil está revendo os seus métodos de avaliação de pesquisa. Nós não queremos mais só considerar o número de papers que são publicados em revistas de alto impacto. Isso deve ser revisto. Cada vez mais, valoriza-se a conexão ao redor do mundo da pesquisa, pesquisa em rede, é isso a ciência sem fronteiras, é isso, é muito mais do que a análise simples do mérito de um projeto. Finalmente, eu quero comentar que, mesmo com a alocação de mínimos recursos, parcos recursos, insuficientes recursos, a FAPERGS continua, ela segue inovando com as formas de investimento e mesmo no acompanhamento das ações que apoiamos e vai continuar contribuindo para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia do nosso País. O estímulo do Instituto Pasteur da Coreia do Sul para a execução de projetos científicos nas áreas de ciências exatas, biológicas e engenharia fortalece-nos e, ao mesmo tempo, amplia a nossa responsabilidade. Mas nós estamos prontos. Obrigada. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                Ouviremos agora o Diretor do Instituto Pasteur da Coreia do Sul, Senhor Lúcio Freitas Júnior.
Sr. Lúcio Freitas Júnior
                Muito obrigado. Só uma correção: eu sou Diretor do Centro de Doenças Negligenciadas. No Instituto Pasteur da Coreia você tem o Instituto Pasteur da Coreia organizado em centros, eu sou responsável, então, pelo Centro para Desenvolvimento de Drogas Para Doenças Negligenciadas.
                Eu fiquei realmente espantado com a visita da comitiva do Rio Grande do Sul, porque a visita ao Instituto Pasteur não estava programada, foi uma visita de última hora, mas o Secretário viu ali a oportunidade. Nós já temos estudantes de graduação. E é importante falar que o Instituto Pasteur, no momento, é o Instituto que mais tem estudantes de graduação do Brasil. Nós temos dez agora, e esse edital é uma oportunidade para mais seis alunos aqui, do Rio Grande do Sul. E o Senhor Secretário pode, então, conversar com os alunos e ver o efeito que faz o aluno estar inserido realmente em um projeto competitivo em nível mundial. Esses alunos, alunos de 22, 23 e 24 anos, nós temos dez de graduação no momento, são estudantes que estão trabalhando em projetos de altíssima competitividade mundial e projetos que são súper importantes para o Brasil. Nós somos líderes mundiais em desenvolvimento de drogas para leishmaniose, Doença de Chagas, dengue, nós estamos brigando por essa posição para a malária, então, realmente são projetos competitivos, e os alunos não vão aprender só ciência; os alunos vão vivendo uma sociedade em ebulição e fazendo parte dela, e foi isso que eu aprendi na Coreia. Eu moro na Coreia há sete anos e tenho a Coreia dentro do meu coração, porque, na Coreia, você vê que não existe limite para tudo que você pensa e tudo que você quer, tudo é possível na Coreia, e esses alunos vão fazer parte desse momento, desse ambiente, desenvolvendo algo que é extremamente relevante para o Brasil, não só para o Brasil, mas para muitos outros países. Então, realmente eu estou muito animado. Obrigado ao Governo do Rio Grande do Sul, Senhor Secretário, FAPERGS, pela iniciativa, realmente algo fantástico. E eu só espero poder aumentar isso agora com estudantes de graduação, no futuro, quem sabe, com estudantes de pós-graduação seria importantíssimo para expandir essa parceria que só vai trazer bons resultados para os dois lados. Muito obrigado. (Palmas.).
Mestre de Cerimônia
                Gostaríamos de agradecer a presença dos senhores e estamos encerrando os trabalhos no dia de hoje. Ao tempo que convidamos a todos para o jantar que ocorrerá às 19 horas em homenagem ao Vice-Ministro de Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul e sua comitiva. Será no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, local que leva o nome e a decoração típica desta região. Muito obrigado e uma boa-noite a todos. (Palmas.).



REUNIÃO PARA DISCUTIR A REESTRUTURAÇÃO DA FUNDAÇÃO DE AMPARO E PESQUISA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - FAPERGS

No dia 21 às 14 horas no CDES-RS,  houve reunião organizada para tratar da reestruturação da FAPERGS (Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul).
Na Câmara Temática da Ciência Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, esta sendo discutido o investimento de 1,5% das receitas corrente liquidas para a FAPERGS conforme apregoa a Constituição do estado do RS.
Este índice é constitucional e representaria um aporte de 240 milhões a Fundação.
Historicamente, somente no governo Olívio Dutra chegou a aproximadamente 40% deste percentual.
Nos últimos governos este percentual praticamente foi somente para manutenção.
Este debate esta sendo pautado na Câmara Temática e é coordenada pelo Ex-Vice-Prefeito René Ribeiro junto com o secretário da Ciência e Tecnologia do Estado do RS, Cleber Prodanov.

Nesta reunião estavam presente, além de René Ribeiro, e o Secretário Prodanov, o Secretário Marcelo Danéris do CEDES-RS, Odir  Tonollier secretário da Fazenda e o secretário do Planejamento João Motta.





CÂMARA TEMÁTICA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO FINALIZA RELATÓRIO


Propostas para o relatório final da Câmara Temática Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico foram apresentadas em reunião, nesta quarta-feira (05), pelo coordenador Rene Ribeiro, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS). Criada para subsidiar uma política pública que contemple instrumentos, programas e iniciativas de apoio e fortalecimento ao setor para alavancar o desenvolvimento do Estado, a Câmara foi instalada em 15 de junho de 2011.

Diagnosticar a situação dos órgãos públicos de pesquisa e buscar meios de relacionar de forma mais sistemática a produção científica com o empreendedorismo para estimular a inovação integram as atividades do colegiado. Houve consensos, como o papel protagonista do Estado no fomento ao setor, observou a conselheira Mercedes Cânepa.

A Câmara realizou atividades para ouvir todos os setores envolvidos - academia, empresários e Estado - para acumular conhecimento e ter um panorama geral da área. Há unanimidade de que o RS possui uma excelente estrutura, com universidades qualificadas e um grande número de doutores trabalhando em diferentes linhas de pesquisa. Também houve consenso de que não há possibilidade de haver desenvolvimento econômico e social sustentável se ele não estiver ancorado em inovação.

Entre as recomendações propostas no relatório, estão:

a) Valorização do Programa RS Tecnópole e ampliação do comitê gestor do Programa;

b) Fortalecimento da governança e articulação de políticas de apoio aos parques tecnológicos;

c) Criação de centros de qualificação em engenharia e TI nos Polos de Inovação:

d) Apoio às incubadoras tecnológicas;

e) Criação de centros urbanos de inovação ou cidades tecnológicas;

f) Criação de um Observatório de Políticas de Ciência e Inovação Tecnológica, ligado ao Conselho de CI&DT e à SCIT, com sede e sob coordenação da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;

g) Popularização da ciência a partir da integração com escolas de ensino fundamental e médio, em especial as escolas técnicas e universidades;

h) Recuperação da Fapergs e ampliação dos repasses de forma progressiva, com o objetivo de atingir o percentual constitucional de 1,5% até 2018;

i) Incentivo à Indústria Criativa no RS;

j) Promover a articulação e alinhamento com as políticas federais de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação, incluindo Finep, CNPq e Capes;

k) Priorizar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, aproveitamento de recursos naturais, matérias-primas oriundas de fontes renováveis;

l) Mudança da matriz produtiva do Estado do RS, inserindo o desenvolvimento de produtos e serviços com alto valor agregado, com base tecnológica e derivados das atividades de CT&I;

m) Dedicar especial atenção do setor às pesquisas que beneficiem a área da Saúde.

Também participaram do encontro os conselheiros Ronald Krumennauer, Eduardo Rolin, Cylon da Rosa, Alexandrino Alencar e Antônio César Borges. Integrou o encontro a secretária-adjunta da Scit, Ghissia Hausser, pasta que acompanha  e subsidia permanentemente os trabalhos do colegiado.


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