quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Eleitor elege raposa pra cuidar do galinheiro

Tempos estranhos... 


A maioria dos deputados e senadores brasileiros caçaram o mandato da Dilma, sem que ela tivesse cometido crime algum. Este mesmos representantes do povo, atuam para proteger Temer e Aécio, criminosos notórios, de provas cristalinas. Mas esperar o quê de um parlamento majoritariamente composto de bandidos. 
Seria cômico se não fosse triste, mas a culpa não é deles, é dos eleitores que os elegeram. 
Se você elege a raposa para cuidar o galinheiro, com certeza ela comerá as galinhas. É de sua natureza. Você não pode reclamar, era previsto...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Suicido do reitor pelo estado policialesco-midiática

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina se suicidou ontem. 
Se jogou do alto de prédio. Esse é reflexo d época que vivemos. O estado policialesco-midiático prende condena e executa sem que haja o devido processo legal. Independente de ser culpado ou não, ninguém deveria ser exposto da forma que vem acontecendo. Todos são inocentes até a condenação final, sem que haja mais recurso. O Professor-reitor foi “esculachado” em uma operação precipitada da Policia Federal, a pedido de um MPF “sequelado” e um judiciário omisso e covarde. Este é um dos tantos que foram condenados a morte e executado pelo sistema. Até quando?

para pensarmos ...

ÚLTIMA CARTA DO REITOR da UFSC que cometeu o ato extremo.

"Não adotamos qualquer atitude para obstruir apuração da denúncia
A humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — há uma semana não tem precedentes na história da instituição. No mesmo período em que fomos presos, levados ao complexo penitenciário, despidos de nossas vestes e encarcerados, paradoxalmente a universidade que comando desde maio de 2016 foi reconhecida como a sexta melhor instituição federal de ensino superior brasileira; avaliada com vários cursos de excelência em pós-graduação pela Capes e homenageada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Nos últimos dias tivemos nossas vidas devassadas e nossa honra associada a uma “quadrilha”, acusada de desviar R$ 80 milhões. E impedidos, mesmo após libertados, de entrar na universidade.
Quando assumimos, em maio de 2016, para mandato de quatro anos, uma de nossas mensagens mais marcantes sempre foi a da harmonia, do diálogo, do reconhecimento das diferenças. Dizíamos a quem quisesse ouvir que, “na UFSC, tem diversidade!”. A primeira reação, portanto, ao ser conduzido de minha casa para a Polícia Federal, acusado de obstrução de uma investigação, foi de surpresa.
Ao longo de minha trajetória como estudante de Direito (graduação, mestrado e doutorado), depois docente, chefe do departamento, diretor do Centro de Ciências Jurídicas e, afortunadamente, reitor, sempre exerci minhas atividades tendo como princípio a mediação e a resolução de conflitos com respeito ao outro, levando a empatia ao limite extremo da compreensão e da tolerância. Portanto, ser conduzido nas condições em que ocorreu a prisão deixou-me ainda perplexo e amedrontado.
Para além das incontáveis manifestações de apoio, de amigos e de desconhecidos, e da união indissolúvel de uma equipe absolutamente solidária, conforta-me saber que a fragilidade das acusações que sobre mim pesam não subsiste à mínima capacidade de enxergar o que está por trás do equivocado processo que nos levou ao cárcere. Uma investigação interna que não nos ouviu; um processo baseado em depoimentos que não permitiram o contraditório e a ampla defesa; informações seletivas repassadas à PF; sonegação de informações fundamentais ao pleno entendimento do que se passava; e a atribuição, a uma gestão que recém completou um ano, de denúncias relativas a período anterior.
Não adotamos qualquer atitude para abafar ou obstruir a apuração da denúncia. Agimos, isso sim, como gestores responsáveis, sempre acompanhados pela Procuradoria da UFSC. Mantivemos, com frequência, contatos com representantes da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Estávamos no caminho certo, com orientação jurídica e administrativa. O reitor não toma nenhuma decisão de maneira isolada. Tudo é colegiado, ou seja, tem a participação de outros organismos. E reitero: a universidade sempre teve e vai continuar tendo todo interesse em esclarecer a questão.
De todo este episódio que ganhou repercussão nacional, a principal lição é que devemos ter mais orgulho ainda da UFSC. Ela é responsável por quase 100% do aprimoramento da indústria, dos serviços e do desenvolvimento do estado, em todas as regiões. Faz pesquisa de ponta, ensino de qualidade e extensão comprometida com a sociedade. É, tenho certeza, muito mais forte do qualquer outro acontecimento".