"Por favor, envie a Presidenta Carmen Lúcia... isso externa minha indignação com a "tripudiação" a uma presidenta covardemente atacada de todos os lados!"
Central do Cidadão STF
“Prezado (a) Senhor (a)
RENE RIBEIRO,
Sua Mensagem foi recebida pela Central do Cidadão
e registrada sob o nº: 358865.
Mensagem:
Por favor,
envie a Presidenta Carmen Lúcia... isso externa minha indignação com a
tripudiação a uma presidenta covardemente atacada de todos os lados!
“A
grosseria gratuita de Carmen Lúcia. Por Paulo Nogueira
O que levou a ministra Carmen Lúcia a ser tão deselegante,
tão impiedosa e tão maldosa exatamente no dia em que foi eleita para suceder
Lewandowski no comando do STF? A única resposta que me ocorre é uma combinação
letal de ódio no coração com ignorância presunçosa. Dizer que quer ser tratada
como “presidente”, tudo bem. Mas afirmar que quer isso por ser “amante da
língua portuguesa” é ao mesmo tempo uma crueldade com Dilma e um disparate
linguístico. Presidenta é uma forma absolutamente correta. Ao contrário de
Carmen Lúcia, o português é uma língua generosa: em várias situações, admite
mais de uma escolha. Dilma optou por presidenta para reforçar o ineditismo de
ser a primeira mulher a ocupar o Planalto. A mídia jamais a tratou como ela
desejava não por amor ao português castiço ou coisa do gênero. Foi uma decisão
meramente política. A Veja tratou Isabelita Peron como presidenta da Argentina
nos anos 1970, para ficar num caso. Presidenta figura no Aurélio desde a edição
inicial, em 1975. No âmbito da Academia Brasileira de Letras, o imortal Merval
Pereira não usa presidenta, mas o imortal Machado de Assis usou em Memórias
Póstumas de Brás Cubas. Chega? Isabelita era presidenta da Argentina para a
Veja Isabelita era presidenta da Argentina para a Veja Negar a Dilma o título
escolhido por ela fez parte do jornalismo de guerra que as grandes companhias
de mídia adotaram contra ela desde o primeiro dia de seu primeiro mandato.
Dilma teve 54 milhões de votos. Carmen Lúcia teve um: o de Lula, que a levou ao
STF em mais uma de suas escolhas desastradas. Mesmo assim, Carmen Lúcia se acha
no direito de sapatear em cima de Dilma. E exatamente quando Dilma enfrenta um
drama épico, seu afastamento por um crime que não cometeu. As mulheres de hoje
têm uma palavra para expressar a fraternidade feminina: sororidade. O que
Carmen Lúcia fez é o exato oposto de sororidade. Se não bastasse tudo, o
comentário infeliz vem num momento em que uma parcela expressiva dos
brasileiros nutrem total desconfiança em relação à lisura da Justiça e,
especificamente, do STF. A mesquinharia gratuita de Carmen Lúcia apenas vai
reforçar essa desconfiança. Numa tirada antológica, Sêneca escreveu que ao se
lembrar de certas coisas que dissera invejava os mudos. A nova presidente —
chamemo-la como quer — do STF poderia refletir sobre a frase de Sêneca.
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Responderemos em breve.
Atenciosamente,
Supremo Tribunal Federal
Edifício Anexo II, Térreo, Sala C 011
Brasilia (DF) - CEP: 70175-900”