segunda-feira, 15 de junho de 2015

Coragem da Islândia para enfrentar bancos

Esta fórmula não faria mal ao Brasil!

O primeiro ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlugsson, do Partido do Progresso, no poder desde 2013, declarou semana passada no Guardian londrino que a saída para os países emergentes que se encalacraram na bancarrota capitalista global de 2007-2008, cujas consequências persistem, destruidores, é controlar a entrada de capital especulativo na economia. Ao mesmo tempo, faz-s necessário desvalorizar a moeda, para aumentar exportações e recuperar as forças produtivas internas. O preço a pagar por isso é o aumento da inflação, mas esse sacrifício é menor do que ficar suportando arrochos macroeconômicos que nunca tem fim e cuja consequência e sinalizar tendência de destruição e não de construção econômica, jogando a sociedade no pessimismo. Controlar entrada de capital especulativo, que está sendo produzido pelas expansões monetárias adotadas pelas potências ricas, de modo a desvalorizar suas moedas, favorecendo exportações, e colocando taxas de juros no patamar zero ou negativo, que implica em não pagar rendimentos aos detentores dos títulos públicos, reduzindo dívidasdeu entrevista ao Guardian londrino semana passada
A RESISTÊNCIA ISLANDESA À TERAPIA NEOLIBERAL SE TRADUZ EM RECUPERAÇÃO ECONÔMICA COM MAIOR VOLUME DE RECURSOS PARA OS SETORES SOCIAIS EM LUGAR DE PRIORIDADE AOS INTERESSES DOS CREDORES. O primeiro ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlugsson, do Partido do Progresso, no poder desde 2013, declarou semana passada no Guardian londrino que a saída para os países emergentes que se encalacraram na bancarrota capitalista global de 2007-2008, cujas consequências persistem, destruidoras, é controlar a entrada e saída de capital especulativo na economia. Ao mesmo tempo, faz-se necessário desvalorizar a moeda, para aumentar exportações e recuperar as forças produtivas internas. O preço a pagar por isso é o aumento da inflação, mas esse sacrifício é menor do que ficar suportando arrochos macroeconômicos que nunca têm fim e cujos resultados são dívidas, juros altos, sobrevalorizações cambiais artificiais, que levam à completa desvalorização do patrimônio público, para ser adquirido a preço barato pelos especualdores internacionais, desnacionalizando, completamente, a economia. A Islândia(323 mil habitantes em 103 mil km2, entre Europa continental e Groelândia, com PIB de 13,8 bilhões de dólares e renda per capital de 43 mil dólares), destacou Gunnlaugsson, disse NÃO aos bancos e partiu para renegociar dívidas com credores de entidades financeirras que quebraram, de modo a criar novo ambiente de recuperação econômica no País. Controlar capital especulativo, que está sendo produzido pelas expansões monetárias adotadas pelas potências ricas, de modo a desvalorizar suas moedas, favorecendo exportações, e colocando taxas de juros no patamar zero ou negativo, que implicam não pagar rendimentos aos detentores dos títulos públicos, reduzindo dívidas, de maneira forçada, é a receita dos ricos, que exportam para os pobres os seus problemas. Para as economias emergentes, portanto, a saída é a coragem política da defesa nacionalista do patrimônio público. Caso contrário, será destruído pela lógica da especulação financeira. Gunnlaugsson faria sucesso absoluto se tivesse sido convidado pelo PT para falar no 5º Congresso Nacional do partido, semana passada, em Salvador, durante o qual os petistas, em vez de assumirem com coragem posições antineoliberais, contra as quais o primier islandês alerta, pelo perigo que representam em termos de empobrecimento da população, preferiram a acomodação. Acreditam em fugaz esperança de que o arrocho levyano representa salvação, na qual os islandeses, por exemplo, não acreditam. Ao contrário, eles, como os gregos, resolveram reagir, para não se sucumbirem.

                                                                                    PorCesar Fonseca em 14/06/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário