sábado, 25 de outubro de 2014

DIREITA INESCRUPULOSA TENTA ATINGIR DILMA COM "BALA DE BOSTA"

Lula Miranda

Enquanto “Veja” e a elite casuísta a que representa se afundam, irremediavelmente, em suas próprias imundícies, Dilma cresce e se fortalece

Como se sabe, em toda eleição existe o mito da “bala de prata”. Essa expressão, já bastante conhecida e até já um tanto “batida”, desgastada que remete a uma lendária bala forjada à prata e utilizada por caçadores muito especiais (ou especializados) para matar vampiros, lobisomens e outras criaturas bestiais do rico imaginário universal – esse vocábulo já deve até integrar os manuais de marketing político e os glossários da Ciência Política. 
Seria algo como uma denúncia divulgada de última hora, nos dias que antecedem uma eleição. Sim, de última hora, com o exato propósito de não dar tempo para uma explicação ou reação por parte do acusado – sem dar tempo inclusive para um direito de resposta ou uma ação na Justiça. 
Ou seja: atirou, PUM, liquidou.
E Veja tentou atingir e “liquidar” Dilma, Lula e o PT com uma única bala, pretensamente “certeira” e no momento capital – porém, a bala não era de “prata”, a bala era “de bosta”. 
Outra: a bala errou o alvo. Atingiu e sujou apenas a quem a disparou. 
E, pior ainda, seria uma bala do tipo “dundum”. Daquela que explode e joga estilhaços para tudo quanto é lado, causando danos irreparáveis. A direita pretendia espalhar caca para tudo quanto é lado. Mas foi apenas mais um tiro no pé dos inescrupulosos de sempre, sempre de plantão.
E por que a bala da Veja é “de bosta”?
Porque esse projétil não tem qualquer direção, nem valor algum. Não tem consistência. Apenas,como disse, pretendia espalhar sujeira (ou desconfiança) para tudo quanto é lado – do lado de cá, é claro.
A bala de revista “Veja” é, reitero, “de bosta”. Porque, note bem, um dos principais atributos e, digamos, característica ou qualidade da presidente Dilma é exatamente a sua lisura e o trato republicano com a coisa pública. A presidente tem ódio e verdadeira aversão à corrupção, e não tem complacência para com aqueles que se envolvem em falcatruas ou malfeitos. Acredito que até o mais odiento e maquiavélico de seus opositores no fundo reconhece isso. 
Especificamente, com relação a essas denúncias (seletivas e oportunistas, diga-se) de propinas na Petrobras, a presidente está muito “pê” da vida e não vê a hora de passar o processo eleitoral para se debruçar – institucionalmente, por suposto – sobre esse caso. Já até pediu à Justiça acesso a essa tal “delação” premiada. No que ainda não foi a tendida. O acesso só é franqueado aos repórteres e editores da Veja? Quem está mentindo: o repórter, que redigiu a matéria, ou o suposto denunciante?
Dilma, assim como a maioria de nós, cidadãos de bem, deseja que tudo seja investigado e que todos sejam devida e exemplarmente responsabilizados pelos seus atos e punidos pela Justiça. 
Mas a revista “Veja”, não. 
Não procura responsabilizar os culpados, tampouco quer Justiça. Tampouco está se lixando de fato para o combate a corrupção. A revista “Veja” não tem, nunca teve, compromisso com os fatos, nem com a verdade. Muito menos com a República e com a democracia. Quem construiu a democracia fomos nós, o povo brasileiro – Dilma, Lula e o PT à testa.
“Veja” publicou uma suposta denúncia sem a mínima comprovação ou sequer verossimilhança. Esse panfleto marrom, a serviço da direita inescrupulosa e do “jornobanditismo” brasileiro, parece utilizar-se de todo o tipo de sordidez e excrementos, que boiam no rio Pinheiros, como tinta em suas rotativas. 
“Veja” é o protótipo da imprensa marrom. 
Mas, como já se perguntou à larga: quem lê a revista “Veja”?!
E desses [que a leem] quem acredita de fato nas notícias que empestam e envenenam as suas páginas e enlameiam, ainda mais, a sua (falta de) reputação e de seus “jornalistas” e editores?
Não esqueço nunca do dia em que o dono de uma banca de revistas, perto da minha casa, contou-me que um provecto jornalista da mídia brasileira, egresso da Rede Globo e hoje um “progressista”, havia, ali mesmo, na sua frente e na frente de todos que por ali passavam, em pleno sábado ou domingo, naquela movimentada banca de revistas do bairro de Higienópolis, em frente à padaria Aracaju, advertido, em alto e bom som, um casal dos evidentes riscos de se comprar (e ler – afinal, poucos leem) a tal revista:
– Cuidado, meu senhor! Cuidado, minha senhora! Pois quem folheia essa revista pode ficar com sérios problemas nos dedos, podendo até vir a gangrenar e causar a queda ou amputação dos dedos – disse o provecto jornalista em tom sério.
Credo!!!
Não é preciso contaminar os seus dedos ou gangrenar a sua moral e/ou a sua inteligência para saber que aquele veículo peçonhento não presta nem para limpar bunda de mendigo. Não tem mais a mínima credibilidade.
A suposta denúncia estampada na capa de “Veja” não merece crédito – por óbvio. Merece apenas escárnio e desprezo.
A denúncia não pretende ferir de morte a candidatura Dilma, mas apenas borrar, momentaneamente, a sua imaculada reputação e trajetória na vida pública. É uma mera tentativa de confundir ou enganar o eleitor. Pretende, quem sabe, apenas causar algum mau cheiro e confusão na reta final da eleição. 
Mas não apenas isso.
Por que “Veja” faz isso? 
Outro provecto jornalista já nos contou em seu “Balaio do Kotscho” (republicado aqui, recentemente, no Brasil 247) as diversas ocasiões em que o dono da Abril tentou agendar uma reunião com Lula, negada reiteradas vezes. Certamente queria pedir para seu grupo empresarial as mesmas regalias e benesses com as quais os governos dos militares e os tucanos tinham lhe favorecido – e ainda favorecem em SP. Lula se negou a favorecer Civita. Aí começou o ódio dos Civita a Lula e ao PT. E agora, Dilma.
Os jornalistas e editores da Veja inocularam, diariamente, sua peçonha e vileza na classe média brasileira, tornando, também esta, pobre coitada, vil e odienta. Sem sequer perceber.
Desconfio que essa elite inescrupulosa, peçonhenta e venenosa já está semeando, novamente, sua peçonha e/ou veneno para depois da eleição. 
A jogada de “Veja”, e de seus replicadores e rola-bostas, já é por demais conhecida, manjada mesmo: é coisa de gente calculista, maquiavélica e... previsível. 
É, pois, devidamente calculada. E fétida.
Enquanto “Veja” e a elite casuísta a que representa se afundam, irremediavelmente, em suas próprias imundícies, Dilma cresce e se fortalece, junto ao povão, ao ritmo alegre e irreverente do “passinho” e mandando “beijinho no ombro” para a galera.
No domingo a gente saberá ao lado de quem afinal está o povo e a voz da razão e da Justiça.

LULA MIRANDA

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