segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quando a dura realidade atropela a utopia

Muitos de nós abdicaram  tudo, em prol de tentar transformar o mundo!
          Para isso, buscamos formas e instrumentos para realizar as transformações.
          No Brasil, na década de 60 e 70 muitos optaram pela resistência armada contra o regime golpista, para construir a democracia. 
         Outros optaram pela linha do enfrentamento político conforme as regras impostas pelos golpistas.
        Graças a estas formas, a democracia foi restituída.
        A minha geração, por lógica, optou pela luta democrática do voto. 
       Nosso instrumento para chegar ao poder era a mobilização popular, diálogo com a sociedade em geral e movimentos organizados, a construção de projetos de governos, que levados à disputa eleitoral, seriam colocado em prática, nos governos institucionais os quais fossemos vencedores, através do voto convencido e conquistado.
        Triste é ver, depois de tudo, parte das nossas utopias serem atropeladas pela realidade!
        Então, para que serve as utopias? Será que é para serem destruídas pela realidade?
        O escritor Uruguaio Eduardo Galeano diz que:
                     "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."
Com certeza iremos continuar caminhando, com calos nos pés, lagrimas no rosto e tristeza no coração, 
mas caminhando... 

Um comentário:

  1. Caminhando e tentando acreditar que possa existir algo ou mundo melhor, que um dia as pessoas busquem isso, em São Borja deixei de crer que isso aconteça, o que vale aqui é o que tu tem no bolso, tu querer algo melhor e procurar pode se rconsiderado louco e anarquista, pois a cultura política e social que o povo acredita aqui é muito mais forte, mas seguimos adiante com a consciência de que nossa parte foi feita. Quem sabe um dia...

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