Com falsas verdades, a administração municipal continua tentando justificar a privatização da água em São Borja.
Importante salientar, que esta “sede privatista”, não é uma fatalidade, mas uma política de governo, articulada no seio da coligação que elegeu o atual prefeito.
Para tanto, o Governo municipal, possui o PSDB e PPS como núcleo duro do poder e tem como líder de governo na Câmara, Geovane Contreira, Vereador do PPS.
Neste último período o Prefeito criou uma frente para tentar cooptar o PT para compor a coligação. Para isso tenta dizer que a questão da retirada da CORSAN do município, é “coisa do passado”, não é “bem entendida”, que é “questão de justiça” e não política, que o PT nem os petistas não devem “temer compor seu governo” etc...
Esta questão de privatizar o saneamento em São Borja (tirando a CORSAN e entregando a iniciativa privada) é sim uma questão política. È meta do governo municipal e atuação obrigatória e incansável de todos seus membros, visando este objetivo.
A realidade é dura, e não deixa dúvidas. Basta olhar a matéria abaixo:
Na Zero Hora de domingo dia 19 de junho, na página 27 fica bem claro, qual é a intenção da administração: Privatizar!
Zero Hora de domingo dia 19 de junho, na página 27
Zero Hora de domingo dia 19 de junho, na página 27
“A GESTÃO DA ÁGUA
Corsan pode perder 1 milhão de usuários
Por que abandonar a Corsan?
SÃO LUIZ GONZAGA Em busca de menor preço e maior qualidade no saneamento de água, o prefeito de São Luiz Gonzaga, Vicente Diel, aguarda que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) analise o edital para que o pedido de concessão seja avaliado pelo TCE:– O gargalo na questão está no fato de que a Corsan arrecada em nosso município e investe em outras cidades.A população paga o mesmo valor pelo serviço sem a qualidade necessária.Para o prefeito, quem ganhar a licitação deverá prestar um melhor serviço com menor preço.– Tudo se encaminha para a privatização. Com outra prestadora de serviços, ou até mesmo com a Corsan, caso ela participe, haverá maior dedicação com as questões básicas como o esgoto.
SÃO BORJA O secretário de Planejamento, Léo Tatsch, espera encaminhar em breve ao TCE o edital que pode passar à iniciativa privada os serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. Segundo o secretário, há 10 anos a Corsan não investe na cidade.– Aqui a Corsan tem receita liquida de R$ 600 mil, mas só temos 12% de esgoto canalizado.
SANTA CRUZ DO SUL As constantes reclamações sobre falta de água e buracos abertos na cidade foram os principais motivos que levaram o município de Santa Cruz do Sul a abrir uma licitação para prestação dos serviços de água e esgoto.– Como a rede é antiga, é preciso abrir a todo momento para fazer a manutenção, e acaba gerando esse tipo de problema – explica o procurador-geral do município, Luciano Almeida.Os dados do município apontam que, de toda água tratada no município, 58% se perde devido a problemas na rede. O saneamento básico é outro ponto questionado. Apenas 7% do esgoto é tratado atualmente na cidade.No edital, a prefeitura fez exigências, entre elas o aumento de investimento na rede de água e esgoto.”
CONSIDERAÇÕES:
CONTRARIANDO A INFORMAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO, ESTA É A VERDADE:
1- Sobre Obras da CORSAN no município:
1. ESTAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE AGUA JUNTO AO RIO URUGUAI.
( Edificação, Engenharia e Operação Automatizado considerado um dos mais Moderno do Estado)
INAUGURADO 09/09/2004.
VALOR DE AVALIAÇÃO R$ 5.970.000, ( Cfe. avaliação ENGEBÊ - Empresa Brasileira de Engenharia Econômica em 18/02/2011).
2. INTERLIGAÇÃO DO EMISSÁRIO DE ESGOTO RUA CAMPO OSÓRIO COM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA RUA PAROBÉ.
OBRA REALIZADA EM 02/02/2005.
COM EXTENSÃO DE 600 m.
VALOR INVESTIDO R$ 600.000,00
3. OUTRAS OBRAS:
Rede de água em toda extensão da Theobaldo P. Klaus, Vila Kilka, Vila Marrocos, e nas Vilas Leonel Brizola e Mario R. Weis. Troca de tubulação na rua Cabo Pedroso e Venâncio Aires, entre tantas outras obras.
2- Sobre os 12% do esgoto canalizado no município:
Veja na página 34, do estudo da própria Prefeitura abaixo:
“ Com relação à instalação sanitária, os dados oficiais informavam que a forma
predominante era a fossa rudimentar, utilizada em 37,4% dos municípios em 2000, como
mostra a Tabela 16.
Tabela 16 - Proporção de moradores por tipo de instalação sanitária no município no período 1991/2000
Instalação Sanitária 1991 2000
Rede geral de esgoto ou pluvial 13,02 27,0
Fossa séptica 50,73 30,9
Fossa rudimendar 32,88 37,4
Vala 0,68 1,7
Rio, lago ou mar - - 0,0
Outro escoadouro 0,01 0,8
Não sabe o tipo de escoadouro 0,04 -
Não tem instalação sanitária 2,65 2,2
Fonte: Brasil (2006).
Na visita domiciliar, contudo, constatou-se que 48,5% dos domicílios são contemplados pela rede geral de esgoto e 50,5% possuem fossa séptica.”
DIAGNÓSTICO LOCAL DE SAÚDE
São Borja
Responsáveis pelo Projeto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
Escola de Administração.
Equipe de Trabalho:
Márcia Hentschke
Annelise Barreto Krause
Rachel Fontoura
Luciano Vieira
Neide Ana Spinato
Suzane de Mendonça e Silva
Sabrina Letícia Couto da Silva
Rafael Kruter Flores
Jéferson Miola
Coordenação: Profa. Dra. Maria Ceci Araújo Misoczky
Responsáveis pelo Projeto no Município
Prefeito Municipal: Mariovane Gottfried Weis
Secretário Municipal de Saúde (período da pesquisa): Ana Cristina Cadó Lul
Secretário Municipal de Saúde: Paulo Alcindo Trindade Davida
Coordenadoras do SIS no município: Dílson Weber
Assessoria Técnica: Traudi Eloiza Figur, Claudia Marli Rabuske
Sobre o percentual de rede de esgoto, existem dois percentuais divulgados pela prefeitura. Um usado pela administração para desqualificar a CORSAN, onde diz que somente 12% do esgoto é canalizado (não se sabe, a origem da informação). Outro presumivelmente pago pela verba pública, e realizado por órgãos sérios (UFRGS, Escola de Adm. da UFRGS e Sistema Integrado de Saúde de Fronteiras-SISF), afirma que em 1991 era 12% e em 2000 chegou a 27% o percentual de “Rede Geral de Esgoto ou Pluvial”.
Este último dado depõe contra as "intenções privatistas" da administração, e desta forma, é “escondido” do debate e da opinião pública de São Borja.
Onde esta a verdade? A quem interessa estes movimentos? Quem está ganhando? Quanto estão ganhando?
O tempo dirá!
Renê Ribeiro
Vice-Presidente do PT de São Borja
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