segunda-feira, 20 de junho de 2011

Meta: Desqualificar a CORSAN, Privatizar, enganar a população, cooptar petistas, cobrar a fatura e entregar o produto (saneamento)

Com falsas verdades, a administração municipal continua tentando justificar a privatização da água em São Borja.

Importante salientar, que esta “sede privatista”, não é uma fatalidade, mas uma política de governo, articulada no seio da coligação que elegeu o atual prefeito.
Para tanto, o Governo municipal, possui o PSDB e PPS como núcleo duro do poder e tem como líder de governo na Câmara, Geovane Contreira, Vereador do PPS.
Neste último período o Prefeito criou uma frente para tentar cooptar o PT para compor a coligação. Para isso tenta dizer que a questão da retirada da CORSAN do município, é “coisa do passado”, não é “bem entendida”, que é “questão de justiça” e não política, que o PT nem os petistas não devem “temer compor seu governo” etc...
Esta questão de privatizar o saneamento em São Borja (tirando a CORSAN e entregando a iniciativa privada) é sim uma questão política. È meta do governo municipal e atuação obrigatória e incansável de todos seus membros, visando este objetivo.
A realidade é dura, e não deixa dúvidas. Basta olhar a matéria abaixo:
Na Zero Hora de domingo dia 19 de junho, na página 27 fica bem claro, qual é a intenção da administração: Privatizar!

Zero Hora de domingo dia 19 de junho, na página 27 

“A GESTÃO DA ÁGUA

Corsan pode perder 1 milhão de usuários

Por que abandonar a Corsan?

SÃO LUIZ GONZAGA Em busca de menor preço e maior qualidade no saneamento de água, o prefeito de São Luiz Gonzaga, Vicente Diel, aguarda que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) analise o edital para que o pedido de concessão seja avaliado pelo TCE:– O gargalo na questão está no fato de que a Corsan arrecada em nosso município e investe em outras cidades.A população paga o mesmo valor pelo serviço sem a qualidade necessária.Para o prefeito, quem ganhar a licitação deverá prestar um melhor serviço com menor preço.– Tudo se encaminha para a privatização. Com outra prestadora de serviços, ou até mesmo com a Corsan, caso ela participe, haverá maior dedicação com as questões básicas como o esgoto.

SÃO BORJA O secretário de Planejamento, Léo Tatsch, espera encaminhar em breve ao TCE o edital que pode passar à iniciativa privada os serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. Segundo o secretário, há 10 anos a Corsan não investe na cidade.– Aqui a Corsan tem receita liquida de R$ 600 mil, mas só temos 12% de esgoto canalizado.

SANTA CRUZ DO SUL As constantes reclamações sobre falta de água e buracos abertos na cidade foram os principais motivos que levaram o município de Santa Cruz do Sul a abrir uma licitação para prestação dos serviços de água e esgoto.– Como a rede é antiga, é preciso abrir a todo momento para fazer a manutenção, e acaba gerando esse tipo de problema – explica o procurador-geral do município, Luciano Almeida.Os dados do município apontam que, de toda água tratada no município, 58% se perde devido a problemas na rede. O saneamento básico é outro ponto questionado. Apenas 7% do esgoto é tratado atualmente na cidade.No edital, a prefeitura fez exigências, entre elas o aumento de investimento na rede de água e esgoto.”


CONSIDERAÇÕES:

CONTRARIANDO A INFORMAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO, ESTA É A VERDADE:

1- Sobre Obras da CORSAN no município:

1.       ESTAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE AGUA JUNTO AO RIO URUGUAI.
 ( Edificação, Engenharia e  Operação Automatizado considerado um dos mais Moderno do Estado)
INAUGURADO  09/09/2004.
VALOR DE AVALIAÇÃO R$ 5.970.000, (  Cfe. avaliação ENGEBÊ  - Empresa Brasileira de Engenharia Econômica em 18/02/2011).

2.        INTERLIGAÇÃO DO EMISSÁRIO DE ESGOTO  RUA CAMPO OSÓRIO COM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA RUA PAROBÉ.
OBRA REALIZADA EM 02/02/2005.
COM EXTENSÃO DE 600 m.
VALOR INVESTIDO R$ 600.000,00

3.         OUTRAS OBRAS:

Rede de água em toda extensão da Theobaldo P. Klaus, Vila Kilka, Vila Marrocos, e nas Vilas Leonel Brizola e Mario R. Weis. Troca de tubulação na rua Cabo Pedroso e Venâncio Aires, entre tantas outras obras.

2- Sobre os 12% do esgoto canalizado no município:

Veja na página 34, do estudo da própria Prefeitura abaixo:

“ Com relação à instalação sanitária, os dados oficiais informavam que a forma
predominante era a fossa rudimentar, utilizada em 37,4% dos municípios em 2000, como
mostra a Tabela 16.

Tabela 16 - Proporção de moradores por tipo de instalação sanitária no município no período 1991/2000

Instalação Sanitária                          1991                          2000
Rede geral de esgoto ou pluvial         13,02                         27,0
Fossa séptica                                    50,73                          30,9
Fossa rudimendar                             32,88                         37,4  
Vala                                                    0,68                          1,7
Rio, lago ou mar -                              -                               0,0
Outro escoadouro                              0,01                          0,8
Não sabe o tipo de escoadouro          0,04                             -
Não tem instalação sanitária             2,65                           2,2
Fonte: Brasil (2006).
Na visita domiciliar, contudo, constatou-se que 48,5% dos domicílios são contemplados pela rede geral de esgoto e 50,5% possuem fossa séptica.”

DIAGNÓSTICO LOCAL DE SAÚDE
São Borja

Responsáveis pelo Projeto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
Escola de Administração.

Equipe de Trabalho:
Márcia Hentschke
Annelise Barreto Krause
Rachel Fontoura
Luciano Vieira
Neide Ana Spinato
Suzane de Mendonça e Silva
Sabrina Letícia Couto da Silva
Rafael Kruter Flores
Jéferson Miola
Coordenação: Profa. Dra. Maria Ceci Araújo Misoczky

Responsáveis pelo Projeto no Município
Prefeito Municipal: Mariovane Gottfried Weis
Secretário Municipal de Saúde (período da pesquisa): Ana Cristina Cadó Lul
Secretário Municipal de Saúde: Paulo Alcindo Trindade Davida
Coordenadoras do SIS no município: Dílson Weber
Assessoria Técnica: Traudi Eloiza Figur, Claudia Marli Rabuske

Sobre o percentual de rede de esgoto, existem dois percentuais divulgados pela prefeitura. Um usado pela administração para desqualificar a CORSAN, onde diz que somente 12% do esgoto é canalizado (não se sabe, a origem da informação). Outro presumivelmente pago pela verba pública, e realizado por órgãos sérios (UFRGS, Escola de Adm. da UFRGS e Sistema Integrado de Saúde de Fronteiras-SISF), afirma que em 1991 era 12% e em 2000 chegou a 27% o percentual de “Rede Geral de Esgoto ou Pluvial”.
Este último dado depõe contra as "intenções privatistas" da administração, e desta forma, é “escondido” do debate e da opinião pública de São Borja.

Onde esta a verdade? A quem interessa estes movimentos? Quem está ganhando? Quanto estão ganhando?

O tempo dirá!

Renê Ribeiro
Vice-Presidente do PT de São Borja

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