Joaquim Barbosa e o mensalão tucano
“E sobre o outro, vocês não vão perguntar
nada?”. Segundo a colunista, o ministro recebe como resposta “sorrisos
amarelos”
Relator de ambos os
mensalões no STF, o ministro Joaquim Barbosa assume a presidência do
tribunal em novembro e, segundo informações da colunista Mônica Bergamo,
da Folha de S.Paulo, não deve levar os processos que estão sob sua
responsabilidade para relatar. Dessa forma, a relatoria do mensalão
mineiro ficará nas mãos do ministro que a presidente Dilma Rousseff
nomeará no lugar do atual presidente da corte, o ministro Carlos Ayres
Britto, que se aposenta em novembro.
Segundo Joaquim Barbosa,
“a imprensa nunca deu bola ao ‘mensalão mineiro’”. As informações também
são da coluna de Bergamo. A colunista informa que Barbosa acredita que o
risco de prescrição no mensalão tucano é até maior do que havia no
mensalão federal. O ministro ainda teria dito a interlocutores que, se
no caso do mensalão petista tudo quase sempre foi aprovado por
unanimidade no STF, no mineiro as dificuldades sempre foram maiores.
O futuro presidente do
STF também questiona a imprensa em relação ao mensalão mineiro. Quando
procurado por repórteres para falar do processo contra petistas,
provoca, ao fim da entrevista: “E sobre o outro, vocês não vão perguntar
nada?”. Segundo a colunista, o ministro recebe como resposta “sorrisos
amarelos”.
Mensalão do DEM
Outro esquema de
corrupção que ganhou a alcunha “mensalão” foi o que envolveu a cúpula do
governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal, entre 2007 e 2010. O
mensalão do DEM do DF, como ficou conhecido, veio a público no final de
2009 por meio da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF),
tendo como base depoimentos do então secretário de Relações
Institucionais do Governo, Durval Barbosa, que aceitou colaborar com a
PF em troca de redução da pena em caso de condenação.
Apesar de ser chamado de
mensalão do DEM, envolveu políticos de outros partidos. Entre os
supostos envolvidos destacavam-se: o então governador do DF, José
Roberto Arruda; o seu vice, o empresário Paulo Octávio; o então
presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente;
o deputado distrital Júnior Brunelli (PSC); o então deputado federal
Augusto Carvalho (PPS); e a então líder do governo na Câmara Legislativa
na época, Eurides Brito (PMDB).
Quase três anos após a
operação Caixa de Pandora, o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra
37 acusados (veja a lista completa de acusados aqui).
Os crimes pelos quais eles serão investigados são: corrupção – ativa e
passiva –, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denúncia será
apreciada e julgada pelo STJ porque um dos envolvidos é conselheiro de
tribunal de contas e tem direito àquele foro privilegiado.
Estamos vendo que Arruda é inocente... tudo armação.. vamos ver como isso termina...
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