Há quinze ou vinte anos atrás,
nos finais de semana eu participava de um grupo de abnegados que com pás, picos
e enxadas íamos ao banhado do São Donato para “arrobar” as “taipas” e represas
que os fazendeiros e outros invasores faziam para drenar o banhado e depois colocarem
gado ou lavouras.
Depois de muita luta foi
criado a reserva ambiental do banhado de São Donato http://www.wittler.com.br/engenharia/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=705273
, portanto, de propriedade de cada um e de todos nós.
Neste banhado, que quando o
rio Uruguai “enche” os peixes se reproduzem. O rio baixa e os alevinos ficam no banhado
crescendo e protegidos. Na próxima enchente o banhado alaga e os novos alevinos
já crescidos e com capacidade de sobrevivência são levados pela água repovoando
o rio. Além disso esta reserva é um regulador das chuvas na região.
Ontem passei no banhado e
triste vi ele abandonado e povoado de gado.
Como as autoridades não estão preocupados
com essa invasão, sugiro que cidadãos das
comunidades, pescadores ou outros, na defesa da integridade do banhado, abatam e
consuma a carne daqueles animais que estão ilegalmente depredando o que é nosso
e destruindo patrimônio fundamental para o futuro do Uruguai e de toda a
região.
Há uns 20 anos atrás fomos à Itaqui num protesto coordenado pelo CPERS sindicato e Conselho Municipal de Meio Ambiente de São Borja, nesta um latifundiário de lá disse: -O que vocês fazem aqui, estas terras nem pertencem à São Borja. Aí levantei e falei : Porque tudo isso é um patrimônio da humanidade, nem nosso e muito menos de vocês.
ResponderExcluirSaímos de lá decepcionados com a falta de sensibilidade e cuidado com o bem mais precioso que existe.