quarta-feira, 21 de março de 2012

Militares repudiam tortura e defendem Comissão da Verdade

O bom senso existe e é defendido na caserna

Independente dos juízos de valores e opiniões,  eleita pela vontade soberana do voto e após a posse, hoje a chefe suprema das forças armada é a Presidente Dilma.
O Passado embora distante, quando mal resolvido fica como brasa num braseiro. O povo Brasileiro quer julgar os crimes cometidos e enterrar os mortos dequele período.
Não há como negar os crimes cometidos por uma parte pequena de militares que tomaram de assalto o Brasil. Este grupo, tenta esconder-se por detrás dos 95% restantes das forças armadas que cumprem e lei e não pactuam com criminosos.
Estes bandidos criaram a tese de defesa, onde afirmam que “as forças armadas pensam assim ou assado, estão ofendidas ou agredida”. Falam como se 95% das forças armadas comungassem com seus pensamentos, interesses pessoais e concordassem com seus atos no passado!
Isso, nada mais é, do que a tentativa de proteção indevida utilizando instituições sérias e respeitadas, na ânsia de acobertarem  seus crimes, se protegerem da justiça e ficarem impunes!
A eleição passou. Sei o quanto à companheira Dilma foi agredida, afrontada e caluniada.
Quando da eleição passada, mantivemos-nos dentro das linhas da legislação eleitoral, defendemos nosso projeto que estava sendo implementado no Brasil pelo companheiro Lula, e queríamos reelegê-lo através de Dilma. O povo aprovou o projeto e elegeu Dilma.
 Durante a campanha vi fatos que me deixaram  de cabelo em pé. Lembro de um deles que é emblemático e simboliza a truculência deste grupo de militares de pijamas tentam subvertes as instituições e utilizar as forças armadas em prol de seus interesses.
 Na minha cidade, existe uma unidade militar chamado 2º RCMEC. Durante a campanha de 2010 o comandante da unidade reuniu seus comandados, num salão dentro do quartel, e lá foi apresentado um militar da reserva. Presumo ser um general. Este militar da turma dos bandidos, começou um verdadeiro show de pirotecnia frente a guarnição ali reunida para ouvi-lo. Atacou a então candidata Dilma, acusando de todas as barbaridades possíveis. Na sua palestra o general mentiu, ofendeu, e para finalizar, num ato circense tirou a camisa e mostrou "um furo de bala" de um tiro que tinha recebido da “terrorista Dilma”.
Tudo dentro de uma unidade militar!
O General de pijamas... virou piada na unidade!
Os militares ouviram, viram e depois votaram maciçamente na candidata Dilma, que em São Borja fez 60% dos votos contra 40% do Serra, no segundo turno.
Vivemos num país, em pleno estado democrático de direito, tutelado pelas instituições e pelo povo brasileiro.
Bom senso é fundamental, e 95% dos militares o tem!

René Ribeiro

 Outro lado: militares repudiam tortura e defendem Comissão da Verdade

Tortura Nunca Mais 

Surpresa? 

Novo manifesto de militares rechaça atitude dos saudosos da ditadura e questiona: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”

Militares respondem militares: 
tortura nunca mais!

Os defensores dos torturadores e dos agentes da repressão da ditadura militar de 1964 não falam pelos militares brasileiros. Um grupo de militares da reserva, entre eles um herói da Segunda Guerra Mundial, divulgou um manifestou em resposta ao documento dos clubes militares que atacou as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Mulheres), que criticaram a ação repressiva durante a ditadura militar e apoiaram a investigação daqueles crimes pela Comissão da Verdade.
O novo manifesto foi articulado pelos capitães de mar e guerra Luiz Carlos de Souza e Fernando Santa Rosa e tem o apoio de militares como o brigadeiro Rui Moreira Lima, de 93 anos de idade e herói da Segunda Guerra Mundial: ele é um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram de ações da Força Aérea Brasileira (FAB) na Itália, tendo cumprido 94 missões de combate; ele foi condecorado com a Cruz de Combate (Brasil), a Croix de Guerre avec Palmes (França) e a Distinguished Flying Cross (EUA) por heroísmo.
Lima apoia a Comissão da Verdade. “Ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática da tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares”, disse. Embora defenda o direito dos militares da reserva de se manifestarem, Lima e os militares que assinam o novo manifesto não se sentem à vontade em endossar um documento na companhia de torturadores. “Eles citam o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, diz o pesquisador Paulo Cunha, da Unesp, para quem este novo manifesto “mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes.” Os articuladores do documento dizem que seus colegas da reserva não falam pelos militares da ativa nem mesmo por muitos daqueles que estão na reserva. O capitão de mar e guerra Fernando Santa Rosa não escolhe as palavras: quem está por trás do documento são “os fascistas, os saudosos da ditadura”, disse.
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se ‘anistiados’, permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/03/ex-torturadores-enraivecidos-clamam-contra-o-governo-dilma-e-a-comissao-da-verdade.html 

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