O bom senso existe e é defendido na
caserna
Independente dos
juízos de valores e opiniões, eleita pela vontade soberana do voto e após a posse, hoje a
chefe suprema das forças armada é a Presidente Dilma.
O Passado
embora distante, quando mal resolvido fica como brasa num braseiro. O povo
Brasileiro quer julgar os crimes cometidos e enterrar os mortos dequele período.
Não há como
negar os crimes cometidos por uma parte pequena de militares que tomaram de
assalto o Brasil. Este grupo, tenta esconder-se por detrás dos 95% restantes
das forças armadas que cumprem e lei e não pactuam com criminosos.
Estes bandidos
criaram a tese de defesa, onde afirmam que “as forças armadas pensam assim ou
assado, estão ofendidas ou agredida”. Falam como se 95% das forças armadas
comungassem com seus pensamentos, interesses pessoais e concordassem com seus
atos no passado!
Isso, nada
mais é, do que a tentativa de proteção indevida utilizando instituições sérias
e respeitadas, na ânsia de acobertarem
seus crimes, se protegerem da justiça e ficarem impunes!
A eleição
passou. Sei o quanto à companheira Dilma foi agredida, afrontada e caluniada.
Quando da
eleição passada, mantivemos-nos dentro das linhas da legislação eleitoral, defendemos nosso projeto que estava sendo implementado no Brasil pelo
companheiro Lula, e queríamos reelegê-lo através de Dilma. O povo aprovou o
projeto e elegeu Dilma.
Durante a campanha vi fatos que me deixaram de cabelo em pé. Lembro de um deles
que é emblemático e simboliza a truculência deste grupo de militares de pijamas
tentam subvertes as instituições e utilizar as forças armadas em prol de seus
interesses.
Na minha
cidade, existe uma unidade militar chamado 2º RCMEC. Durante a campanha de 2010 o comandante da
unidade reuniu seus comandados, num salão dentro do quartel, e lá
foi apresentado um militar da reserva. Presumo ser um general. Este militar da
turma dos bandidos, começou um verdadeiro show de pirotecnia frente a guarnição
ali reunida para ouvi-lo. Atacou a então candidata Dilma, acusando de todas as barbaridades
possíveis. Na sua palestra o general mentiu, ofendeu, e para finalizar, num ato
circense tirou a camisa e mostrou "um furo de bala" de um tiro que tinha
recebido da “terrorista Dilma”.
Tudo dentro de
uma unidade militar!
O General de
pijamas... virou piada na unidade!
Os militares
ouviram, viram e depois votaram maciçamente na candidata Dilma, que em São Borja fez 60% dos
votos contra 40% do Serra, no segundo turno.
Vivemos num
país, em pleno estado democrático de direito, tutelado pelas instituições e
pelo povo brasileiro.
Bom senso é
fundamental, e 95% dos militares o tem!
René Ribeiro
Outro lado: militares repudiam tortura e defendem Comissão da Verdade
Surpresa?
Novo manifesto de militares rechaça atitude dos saudosos da ditadura e questiona: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”
Os defensores dos torturadores e dos agentes da repressão da ditadura militar de 1964 não falam pelos militares brasileiros. Um grupo de militares da reserva, entre eles um herói da Segunda Guerra Mundial, divulgou um manifestou em resposta ao documento dos clubes militares que atacou as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Mulheres), que criticaram a ação repressiva durante a ditadura militar e apoiaram a investigação daqueles crimes pela Comissão da Verdade.O novo manifesto foi articulado pelos capitães de mar e guerra Luiz Carlos de Souza e Fernando Santa Rosa e tem o apoio de militares como o brigadeiro Rui Moreira Lima, de 93 anos de idade e herói da Segunda Guerra Mundial: ele é um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram de ações da Força Aérea Brasileira (FAB) na Itália, tendo cumprido 94 missões de combate; ele foi condecorado com a Cruz de Combate (Brasil), a Croix de Guerre avec Palmes (França) e a Distinguished Flying Cross (EUA) por heroísmo.
Lima apoia a Comissão da Verdade. “Ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática da tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares”, disse. Embora defenda o direito dos militares da reserva de se manifestarem, Lima e os militares que assinam o novo manifesto não se sentem à vontade em endossar um documento na companhia de torturadores. “Eles citam o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, diz o pesquisador Paulo Cunha, da Unesp, para quem este novo manifesto “mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes.” Os articuladores do documento dizem que seus colegas da reserva não falam pelos militares da ativa nem mesmo por muitos daqueles que estão na reserva. O capitão de mar e guerra Fernando Santa Rosa não escolhe as palavras: quem está por trás do documento são “os fascistas, os saudosos da ditadura”, disse.
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se ‘anistiados’, permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/03/ex-torturadores-enraivecidos-clamam-contra-o-governo-dilma-e-a-comissao-da-verdade.html
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